Nome do Projeto
DO PINCEL AO PÍXEL: sobre as (re)apresentações de sujeitos/mundo em imagens
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
24/05/2021 - 31/12/2024
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Linguística, Letras e Artes
Resumo
Dos níveis iniciais até a universidade, os estudantes representam as primeiras gerações que cresceram e se socializaram utilizando os computadores e outros brinquedos e ferramentas da era digital. Temos, portanto, novas máquinas e tecnologias, novíssimas formas de comunicação centradas na produção incessante de imagens. E num mundo no qual realidade e virtualidade/ficção se fundem, a Imagem assume um papel de destaque ímpar que faz dela um tema fundamental a ser tratado na escola. Frente às novas tecnologias e seus produtos imagéticos, um desafio que se apresenta à formação docente em Artes Visuais diz respeito à significação do manancial imagético produzido através dos novos aparatos. Isso compreende o entendimento da formação e leitura das imagens, em prol do desenvolvimento da sensibilidade ao visível de sujeitos ativos na transformação do mundo ao redor. Na análise de tal situação os pesquisadores do PhotoGraphein perceberam que é imperativa tal discussão a partir do caráter interdisciplinar da Imagem, congregando outras áreas para nos ajudarem a expandir os questionamentos, cientes de que é preciso considerar a existência de um campo de intercâmbio entre as imagens e os espectadores, constituído por estímulos e respostas. A pesquisa considera, principalmente, as ideias de Bachelard (1993), Durand (2000), Dubois (1984) e Fabris (2012), buscando, a partir deles, dar visibilidade a discussões interdisciplinares acerca da Imagem, seus meios de produção e circulação. Nas pesquisas desenvolvidas no PhotoGraphein privilegiamos o sentido de imaginário derivado de Gilbert Durand (2000), segundo o qual o Imaginário resulta do conjunto formado pelo percebido e o herdado. Portanto, ele pode ser considerado um substrato simbólico de ampla natureza que admite a imagem fotográfica como parte integradora do “Museu do Imaginário”. Ele floresce das linguagens verbais e não verbais que nos possibilitam a leitura dos contextos vivenciais. Através do imaginário é possível revelar e interpretar as modalidades de atuação e compreensão do ser no mundo, instaurando as diferentes formas de sentir, pensar e agir, como um canal privilegiado das relações do sapiens com o mundo e consigo mesmo. Das estratégias didáticas constam: discussões coletivas; produções textuais e imagéticas, individuais e coletivas; incentivo à pesquisa de materiais como complementação às discussões em curso; avaliação crítica dos processos em andamento; viagens de estudo; realização de seminários, deambulações e intervenções urbanas; planejamento, gravação e divulgação de podcasts; planejamento, produção e publicação da Revista Eletrônica Arqueologias do Olhar. O tema investigado é atual, e sobre o qual ainda não temos parâmetros suficientes para avaliação. Nesse sentido, é possível afirmar de antemão a relevância de uma investigação que se propõe a adentrar numa área ainda em construção, principalmente, por sua atualidade.

Objetivo Geral

Compreender e sistematizar conhecimentos sobre a produção e circulação de Imagens na contemporaneidade, fomentando uma cultura de cunho simbiótico entre a visão funcionalista e as visões estéticas e simbólicas dos elementos sociais que constituem os espaços urbanos contemporâneos, a partir de um ponto de vista interdisciplinar.

Justificativa

O projeto se justifica por sua colaboração para a construção de saberes estéticos, artísticos e pedagógicos que consideram a mediação das imagens em processos de investigação, pessoais e coletivos, e compreensão dos códigos contemporâneos. Ele amplia o espaço de aprendizagem de disciplinas curriculares do curso de Artes Visuais – Modalidade Licenciatura e do Pós-Graduação em Artes Visuais, do Centro de Artes, aprofundando conhecimentos sobre a Imagem, em especial a fotográfica, no cotidiano das práticas acadêmicas. Refletindo criticamente sobre temas pertinentes à formação docente em Artes Visuais, a proposta possibilita a (auto)construção do conhecimento, também através da criação de suportes simbólicos para o pensamento crítico/reflexivo, estimulando pesquisas teóricas e poéticas.

Metodologia

Os procedimentos metodológicos do projeto dividem-se em três etapas, a saber. Inicialmente recorreremos ao levantamento bibliográfico sobre o tema Imagem, avaliando os resultados de pesquisas anteriores desenvolvidas no Núcleo, e analisando as características de uma formação docente em Artes Visuais em sintonia com as solicitações das novas tecnologias da informação e da comunicação. Também constam da proposta deambulações pelo espaço urbano das cidades de Pelotas e Rio Grande, buscando subsídios para a análise do impacto das imagens nesses contextos, angariando inspirações e imagens para futuras exposições. Da segunda etapa constam: a divulgação das pesquisas dos professores colaboradores para a equipe acadêmica através de seminários abertos à comunidade, com o intuito de analisar o tema pelo viés interdisciplinar; e a realização de deambulações e intervenções artísticas urbanas. A terceira etapa contempla a sistematização dos dados angariados; e o planejamento e divulgação da Revista Eletrônica semestral intitulada Arqueologias do Olhar, cujo número inicial será composto por artigos dos envolvidos no projeto.

Indicadores, Metas e Resultados

A informação é incontestavelmente a “matéria prima” mais apreciada e disputada, expondo a necessidade de exercitarmos a capacidade de seguir aprendendo ao longo de toda a vida. Portanto, hoje somos conscientes de que a formação docente é um processo contínuo que não se encerra com a formação universitária. Os questionamentos que balizam esta pesquisa referem-se à necessidade da ampliação dos debates acerca da Imagem, seus meios de produção e circulação. Nesse sentido, com as práticas propostas espera-se: Colaborar para o crescimento na qualidade da formação dos acadêmicos do curso de Artes Visuais – Licenciatura e do Pós-Graduação em Artes Visuais da UFPel; Estimular o exercício reflexivo e crítico quanto a questões fundamentais relacionadas à Arte/Educação, ampliando significativamente os horizontes dos diálogos; Comprovar que as interações cognitivas baseadas na interdisciplinaridade estimulam o estabelecimento de inter-relações, atuando diretamente na formação da inteligência coletiva, assim como defendem Edith Litwin (2005) e David Buckingham (2008); Confrontar os resultados dos estudos e práticas artísticas com as possíveis dificuldades encontradas pelos envolvidos ao lidarem com a Imagem como mediadora de processos pedagógicos na área do ensino de Artes; Produzir conhecimentos na área de Artes Visuais, Formação Docente e Fotografia, que permitam a elaboração de artigos científicos e capítulos de livros; Instigar processos de formação continuada e a construção de saberes sobre práticas pedagógicas contemporâneas em Artes Visuais, com ênfase no estudo da Imagem, da Fotografia e das Novas Tecnologias; Consolidar relações interinstitucionais, aproximando significativamente pesquisadores de diferentes universidades.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
AMANDA RIBEIRO CORRÊA
Ana Beatriz Reinoso Rosse
Ana Paula Necchi Ribeiro
Ariadne Silveira Terra
BERENICE KNUTH BAILFUS
Bruna Vieira Dorneles
CLAUDIA MARIZA MATTOS BRANDAO3
CLAUDIO TAROUCO DE AZEVEDO
DHARA FERNANDA NUNES CARRARA
GERSON LUÍS TROMBETTA
GUSTAVO REGINATO
HELENE GOMES SACCO1
MARCIA REGINA PEREIRA DE SOUSA1
NILVO LOPES DA ROSA JUNIOR
TATIANA BRANDÃO DE ARAUJO
WESLEY PADILHA BLANKE

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