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Em face da complexidade do conhecimento hoje, que aponta cada vez mais para a integralidade de práticas, justifica-se a inserção, o desenvolvimento e a qualificação da sensibilidade como um saber tanto cognitivo quanto o intelectual. Isto, feito através da arte, demanda estratégias de intervenção no sentido de criar processos em direção á integralidade - unindo sensível e inteligível-onde se possa desenvolver a sensibilidade, a criação coletiva e a interação entre os participantes e demais alunos da UFPel, em especial os alunos da Pedagogia e das Artes Visuais. Essas estratégias envolvem a utilização de um espaço, de um lado, físico, já existente na FaE, para a exposição de trabalhos de artistas/alunos da cidade. Paralelamente, serão realizadas oficinas nas linguagens de trabalho dos expositores, para trabalhar conceitos visuais e experiências com a visualidade,visto que em geral esta possui pouco espaço na formação de professores. De outro, é de suma importância a construção e sedimentação de um espaço simbólico para a inserção de outros saberes além da leitura, escrita e oralidade.
O campo de formação de professores necessita de outros saberes geralmente distantes das práticas mais cotidianas das licenciaturas, razão pela qual vivenciar, interagir, conhecer e desenvolver saberes em Oficinas de Criação Coletiva e Seminários passa a ser relevante num espaço pedagógico.
O trabalho reverbera também nas futuras práticas dos alunos/docentes, uma vez que lhes permite desenvolver referenciais para trabalhar com a arte na Educação, além de um incremento à pesquisa e à produção teórico-crítica na área. Permite ainda compreender o papel da criação, da imaginação , ampliando repertório visual e linguagens pessoais através dos processos da arte;
-Compreender o papel da imaginação, da criação e da inovação como importantes no cotidiano docente. O trabalho, da forma como está posto, alcança elementos para pesquisar, conhecer e experenciar esteticamente materiais, técnicas, processos e atividades artísticas desenvolvendo o senso e o juízo estéticos. As trocas elencadas e desejadas nesse processo também visam atender a uma das demandas importantes na construção de referenciais afetivos, de laços e vínculos entre os participantes, quiçá também a de uma ética de auto-compreensão, solidariedade e convivência respeitosa os participantes.

-Organização e realização semanal de exposições com artistas/alunos convidados/selecionados em edital próprio;
-Operacionalização concomitante de Oficinas de Criação Coletiva com estes mesmos artistas;
-Organização de mediações culturais com monitores escolhidos por edital próprio;
-Criação de espaços de discussão da arte na educação através de rodas de conversa, bate-papo com o artista etc.
-Avaliação das atividades através de registro em instrumentos próprios.

Espera-se que o trabalho desencadeie outros processos culturais, éticos e estéticos junto aos alunos/participantes, que permitam a ampliação e a troca de saberes, conhecimentos, experiências etc. que comprometam os futuros docentes com as práticas que futuramente realizarão com seus alunos, práticas estas que se deseja envolverem as sensíveis, em face da necessidade integralidade de hoje requerida pela complexidade do saberes.