Nome do Projeto
A Monitoria como auxiliar no processo de ensino-aprendizagem para o ensino de Bioquímica
Ênfase
ENSINO
Data inicial - Data final
02/03/2015 - 16/12/2016
Unidade de Origem
Área CNPq
Ciências Biológicas - Bioquímica
Resumo
A prática da monitoria não é algo recente. Sob diversos formatos, historicamente, a compreensão de que o ensino não é tarefa única e exclusiva do professor, acompanha a história da educação humana em contextos sistemáticos e assistemáticos. A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996), se refere à existência do monitor nos seguintes termos: “os discentes da educação superior poderão ser aproveitados em tarefas de ensino e pesquisa pelas respectivas instituições, exercendo funções de monitoria, de acordo com seu rendimento e seu plano de estudos” (Art.84). No ensino, as tarefas assumidas pelos alunos monitores têm como objetivo auxiliar o docente. Nessa perspectiva, o monitor atua como co-partícipe das propostas de ensino, quer junto a pequenos grupos, quer organizando atividades com a turma toda. Ademais, o monitor precisa de acompanhamento pedagógico para que não repita a ação de "depositar conteúdos", repetindo a pedagogia bancária, conforme classificava Paulo Freire. Assim, a ação docente no sentido de orientação e discussão das atividades desenvolvidas pelos alunos monitores e o estabelecimento de relações entre o conteúdo estudado e as ações cotidianas é essencial para que este tipo de programa consiga atingir seus objetivos.

Objetivo Geral

- Utilizar o recurso da monitoria na disciplina de Bioquímica para aperfeiçoar o processo de ensino-aprendizagem, fomentando o aprendizado dos discentes através do apoio aos professores no desenvolvimento de suas atividades docentes teóricas e práticas, e permitindo a integração dos discentes nas disciplinas atendidas.

Justificativa

As mudanças ocorridas na educação superior na última década têm exigido das universidades uma postura mais ativa no sentido de acompanhar a dinâmica acadêmica, resultado direto das transformações e exigências da sociedade. Dentro deste contexto, a monitoria consiste numa atividade acadêmica de natureza complementar, na qual o aluno tem a oportunidade de desenvolver e ampliar os conhecimentos adquiridos na academia por meio do apoio ao docente na condução da disciplina. Respaldada em lei, essa estratégia é prevista nos Regimentos das Instituições e nos Projetos Pedagógicos Institucionais. O projeto de monitoria visa propiciar a interdisciplinaridade e unir teoria e prática durante as atividades desenvolvidas, auxiliando o docente, facilitando e maximizando o aprendizado dos alunos, despertando o interesse na importância da disciplina acadêmica. Além de promover o enriquecimento da vida acadêmica do educando, a atividade de monitoria possibilita, por meio da relação de cooperação existente entre docente e o aluno monitor, o aprimoramento da qualidade de ensino da disciplina, uma vez que favorece a adoção de novas metodologias de ensino, bem como impulsiona o exercício das atividades de pesquisa e extensão, permitindo uma contínua associação entre teoria e prática. Nos cursos superiores, essa modalidade de trabalho tem sido utilizada com muita frequência, como estratégia de apoio ao ensino. Percebe-se, em sua aplicabilidade, que ela conserva a concepção original, pela qual os estudantes de semestres mais adiantados, auxiliam na instrução e na orientação de seus colegas e que o professor orientador inúmeras vezes assume o papel de líder, de forma a orientar, mediar e coordenar efetivamente as aprendizagens, utilizando-a como estratégia para possibilitar melhorias no processo de ensino-aprendizagem. Ainda, a monitoria consiste numa estratégia que colabora para a promoção dos processos de autorregulação da aprendizagem, porque valoriza o ensino entre pares e a discussão de estratégias de autorrevelação aplicadas a situações concretas, ou seja, a prática autorrefletida. Segundo FRISON & MORAES (2010) “O papel principal do professor, na promoção da aprendizagem autorregulada, consiste em ajudar o aluno a assumir as suas responsabilidades no seu próprio processo de aprendizagem”. A associação entre os aprendizes tem um objetivo comum: o aprender. E este aprender não se resume apenas aos conteúdos relativos a fatos e conceitos, pois o aluno, ao assumir a docência na monitoria, envolve-se com conteúdos procedimentais - ao elaborar textos, questões e até experimentos. Nessa perspectiva é que se insere o projeto de monitoria no Ensino Superior: espaço de cooperação em que os educandos assumem a docência para compartilhar saberes das disciplinas juntamente com os docentes. Não como um espaço em que o aluno “mais forte ajuda o mais fraco”, mas em que o ensinar está indissociavelmente ligado ao aprender. Esta prática alinha-se, perfeitamente, ao compromisso das instituições em oferecer um ensino superior de qualidade, formando profissionais capazes de promover a adequada utilização do conhecimento teórico às mais diversas situações encontradas no seu ambiente de trabalho, como também favorecer o desenvolvimento de habilidades relacionais, pelo fato de estar o monitor em constante interação com outros educandos. Da mesma forma, é a atividade de monitoria um grande passo em direção à atividade de docência e à prática de investigação científica. Complementarmente, o aluno monitor, é constantemente estimulado a desenvolver habilidades que lhe permitam aprofundar seus conhecimentos e sua compreensão em relação aos assuntos abordados; a cooperar para a produção do conhecimento acadêmico-científico, buscando em atividades de caráter prático e/ou teórico as interfaces dos conteúdos pertinentes ao ensino, à pesquisa e à extensão. Ao estreitar seus vínculos com a docência, o monitor pode buscar estratégias que contribuam para ampliar a atuação da monitoria nos componentes curriculares envolvidos. A monitoria também propicia reavaliação dos métodos de ensino empregados nos componentes curriculares, criando um ambiente favorável ao aperfeiçoamento das práticas desenvolvidas. Acredita-se que, com o auxílio do monitor, os acadêmicos possam sentir-se mais a vontade para expor suas dificuldades e, ainda, estimular-se a estudar com mais afinco. Dessa forma, acredita-se que as ações do projeto de monitoria possam contribuir ao aperfeiçoamento das atividades técnico-didáticas, ampliando-se o espaço de cooperação acadêmica entre discentes e docentes, de modo a subsidiar a produção científica, a formação universitária crítica, a reflexão sobre questões pertinentes ao ensino, à pesquisa e à extensão.

Metodologia

Os monitores reunir-se-ão, em horários opostos às aulas, periodicamente com os colegas da sua sala para tirar as dúvidas, reexplicar os assuntos com uma linguagem mais próxima da do seu colega. Além disto, os monitores podem coletar informações sobre as dificuldades de alguns colegas para auxiliar o professor na ação junto aos educandos que demonstram dificuldade durante as aulas. A nossa experiência com a monitoria tem demonstrado que o monitor pode se constituir em um excelente canal de comunicação entre o educador e a sua turma. Além dos encontros com os colegas, os monitores terão reuniões semanais com o professor-orientador da monitoria para tratar dos avanços, dificuldades e desafios da prática com os colegas na monitoria. Mas, além disso, nestas reuniões serão formados grupos de estudo para discutir temas de interesse comum. Também será um momento em que o professor-orientador ajudará a planejar ações pedagógicas que serão utilizadas com os demais alunos.

Resultados Esperados

Através do desenvolvimento deste projeto espera-se melhorar o processo de ensino-aprendizagem de Bioquímica, fazendo com que o mesmo deixe de estar centrado unicamente no docente, e estimulando a participação ativa do discente no seu processo de aprendizagem, através da busca de atividades de monitoria. Como impacto imediato, espera-se contribuir para a consolidação dos conhecimentos adquiridos, repercutindo na diminuição do índice de discentes reprovados na disciplina de Bioquímica.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
ALEXANDER JOSE DE SENA2002/05/201616/12/2016
ANA ANDREA VARGAS ZORZI2002/05/201616/12/2016
ANA LUCIA SOARES CHAVES102/03/201516/12/2016
ANA PAULA ROZADO GOMES2011/05/201530/12/2015
Arthur dos Santos Amaro da Silveira2011/05/201530/12/2015
BETINA FERNANDA DAMBROS2011/05/201530/12/2015
CAMILA MÜLLER DALLMANN2002/05/201616/12/2016
CARLOS DIONATA COELHO PORTO2011/05/201516/12/2016
CONRADO AFONSO PINTO301/09/201616/12/2016
DENISE DOS SANTOS COLARES DE OLIVEIRA102/03/201516/12/2016
FRANCIELI MORO STEFANELLO102/03/201516/12/2016
GABRIELL DE PAULA TSUKAHARA301/09/201616/12/2016
GIOVANA DUZZO GAMARO102/03/201516/12/2016
INGRID RODRIGUES2011/05/201530/12/2015
JOSÉ RAPHAEL BATISTA XAVIER2002/05/201616/12/2016
KAROLINE KAEFER2002/05/201616/12/2016
LETÍCIA DUMMER VENZKE301/09/201616/12/2016
LUCIANA LOURENÇO DA SILVA801/08/201615/12/2016
LUCIANO DO AMARANTE101/03/201616/12/2016
MARINA CARLA KORNOWSKI301/09/201616/12/2016
MATHEUS ACOSTA SILVA2002/05/201616/12/2016
PAULO HENRIQUE MONTARDO DE MOURA301/09/201616/12/2016
REJANE GIACOMELLI TAVARES202/03/201516/12/2016
ROSELIA MARIA SPANEVELLO102/03/201516/12/2016
TAIANE PORTELLA CANALS DE SOUZA2011/05/201530/12/2015
TOMÁS TREVISAN FRANÇA301/09/201616/12/2016
VICTORIA NOVO SCHMITZ2002/05/201616/12/2016

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