Nome do Projeto
Variabilidade da Evaporação Potencial no Rio grande do Sul e sua relação com Indicadores Oceânicos
Ênfase
PESQUISA
Data inicial - Data final
03/09/2014 - 31/12/2015
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Exatas e da Terra - Geociências - Meteorologia
Resumo
A prática da irrigação vem sendo incentivada fortemente pelos pesquisadores, especialmente em regiões onde o balanço hídrico aponta déficit, como por exemplo, a metade sul do Estado de novembro a fevereiro. A quantidade necessária de irrigação (manter capacidade de campo constante) é definida em função da evapotranspiração máxima de uma cultura, a qual é dependente da demanda evaporativa da atmosfera. Vários trabalhos já determinaram a relação entre a evaporação do tanque classe A e a evapotranpiração máxima de cultura. Tal relação chamada de coeficiente de cultura, que oscila em função do percentual de solo coberto pela cultura (índice de área foliar). O coeficiente de cultura aumenta desde a emergência até a cobertura total do solo, após decrescendo até a maturação e colheita. Atualmente os modelos climáticos dinâmicos já apresentam melhores resultados nas previsões de longo prazo e para grandes áreas, mas ainda são limitados para pequenas regiões e em pequenos períodos de tempo. Os modelos estatísticos apesar da maior simplicidade tem sido a melhor alternativa para se estimar variabilidades intersazonais em pequenas regiões. Conhecer a relação dos grandes indicadores (teleconecções) com as variações climáticas regionais pode contribuir para melhorar os ajustes nos modelos estatísticos. Há evidências de que as grandes oscilações oceânicas (variações de TSM) influenciam fortemente na variabilidade do clima sobre a América do Sul (ARAGÃO, 1986; MOURA & SHUKLA, 1981). Atualmente são desenvolvidas junto ao Centro de Pesquisas e Previsões Meteorológicas previsões estatísticas, baseadas nas variações das TSM conjuntas dos oceanos Atlântico e Pacifico Sul, para as anomalias de precipitação mensal, de temperatura máxima mensal e de temperatura mínima mensal, com escala temporal de um, dois, e três meses de antecedência. Esta proposta de pesquisa tem por objetivo principal incluir a previsão climática da variável evaporação. Espera-se no final do trabalho obter uma estimativa mais detalhada da relação da evaporação regional com os principais padrões de oscilação das TSM e suas possíveis defasagens temporais. Acredita-se que os resultados possam vir a contribuir significativamente no planejamento da irrigação, visto que o RS sofre freqüentemente com estiagens, as quais afetam fortemente a economia do Estado.

Objetivo Geral

As principais causas de perda na produtividade de grãos no Rio Grande do Sul (RS) são as oscilações climáticas. A evolução dos sub-períodos do desenvolvimento das culturas está diretamente relacionada com predomínio de determinados padrões climáticos, especialmente os relacionados a eventos extremos, como por exemplo, as estiagens prolongadas. Esses períodos de grandes oscilações caracterizam riscos à agricultura, especialmente as culturas de ciclo de primavera-verão, período de grande demanda evaporativa da atmosfera e, por conseqüência, elevado risco de ocorrer deficiências hídricas. Alguns manejos adequados podem minimizar as perdas, no entanto, as previsibilidades destes ventos extremos ainda são incertas. Para minimizar os impactos das estiagens primeiramente faz-se uso do zoneamento agroclimático para cada cultura e quando necessária irrigação complementar. A prática da irrigação vem sendo incentivada fortemente pelos pesquisadores, especialmente em regiões onde o balanço hídrico aponta déficit, como por exemplo, a metade sul do Estado de novembro a fevereiro. A quantidade necessária de irrigação (manter capacidade de campo constante) é definida em função da evapotranspiração máxima de uma cultura, a qual é dependente da demanda evaporativa da atmosfera. Vários trabalhos já determinaram a relação entre a evaporação do tanque classe A e a evapotranpiração máxima de cultura. Tal relação chamada de coeficiente de cultura, que oscila em função do percentual de solo coberto pela cultura (índice de área foliar). O coeficiente de cultura aumenta desde a emergência até a cobertura total do solo, após decrescendo até a maturação e colheita. Bergamaschi et. al. (1992) ressalta que irrigação nos períodos críticos de crescimento (floração e enchimento de grão) define a produtividade final, especialmente na cultura do milho e soja no RS. A partir das informações de evaporação do tanque classe A (disponíveis em estações agroclimatologias de superfície) e o conhecimento do coeficiente de cultura para cada sub-períodos, pode-se estimar a evapotranspiração máxima de cultura, que combinados a precipitação e a capacidade de campo possibilitam o controle do balanço hídrico (irrigação complementar). Para melhor programação das atividades a campo, é importante uma possível previsibilidade climática da demanda evaporativa da atmosfera (evaporação), semelhante a realizada mensalmente para a precipitação no RS, com um, dois e três meses de antecedência.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final

Fontes Financiadoras

Sigla / NomeValorAdministrador
CAPESR$ 26.000,00

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