Nome do Projeto
O RENASCIMENTO DA FILOSOFIA NO PERÍODO CAROLINGIO
Ênfase
PESQUISA
Data inicial - Data final
01/08/2016 - 31/07/2017
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
Resumo
Severino Boécio é tido como o autor que está na transição entre a Antiguidade e o Medievo, de tal modo que é, comumente chamado, o último dos antigos e o primeiro dos medievais. Após Boécio, contudo, segue-se um período marcado por diminuta fecundidade intelectual. De fato, as circunstâncias históricas, advindas da queda do império romano e da ascensão bárbara impediram, no ocidente latino, uma atuação mais inovadora da atividade filosófica. A alteração desse quadro tem início a partir do chamado Renascimento Carolíngeo. Com efeito, o imperador Carlos Magno, ao levar a cabo, juntamente com Alcuíno , seu projeto de expansão e consolidação de seu vasto império, estabelece escolas nas quais o estudo das Artes Liberais, sobretudo do Trivium, possibilitarão o ambiente indispensável para o resurgimento das discussões filosóficas. Entender melhor e evidenciar este renascimento, a partir do estudo das três artes do trivium (dialética, retórica e gramática) é o escopo maior da presente pesquisa. O ressurgir da filosofia ficará evidenciado por uma série de celeumas que, a seu modo, evidenciam o florescimento dos debates filosóficos e que serão importantes para o amadurecimento da atividade filosófica nos séculos seguintes. Tais querelas acabam por evidenciar, quiçá de um modo um tanto ingênuo, o estabelecimento de um espaço de discussão em que a dialética será utilizada para fundamentar pontos de vista antagônicos. Algumas das mais famosas polêmicas daquele período foram a discussão sobre a consistência do nada e das trevas, aventada por Fredegiso de Tours (c. 384), ou a controvérsia eucarística, travada entre Pascasio Radberto (c.792 – 865) e Ratrammo di Corbie (800 – 868); tal querela será retomada dois séculos depois, na famosa disputa entre Lanfranco  de Pavia (1005 – 1089) e Berengário de Tours (1000 – 1088) e que será, a nosso ver, decisiva para a formulação e compreensão do pensamento de Anselmo de Aosta (1033 – 1109). O trivium, sobretudo através da Dialética, será a fonte do fomento das análises levadas a cabo pelos diferentes protagonistas que buscarão, no pensamento antigo e na autoridade dos Padres, sobretudo de Agostinho, a base teórica capaz de justificar suas respostas aos problemas em voga.

Objetivo Geral

Compreender e evidenciar a influência das artes liberais do trivium no renascimento da Filosofia, ocorrido no Renascimento Carolingeo;
Verificar a fundamentação teórica das disputas travadas no período do Renascimento Carolingeo;

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
BRUNO STRAPAZON FIGUEIREDO301/08/201631/07/2017
MARCOS VINÍCIUS MADRUGA VAZ301/08/201631/07/2017

Página gerada em 19/04/2024 21:20:42 (consulta levou 0.350865s)