Nome do Projeto
MICRORGANISMOS ISOLADOS NO SETOR DE PÓS-OPERATÓRIO DE PEQUENOS ANIMAIS DE UM HOSPITAL E SUSCETIBILIDADE ANTIMICROBIANA DAS BACTÉRIAS IDENTIFICADAS
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
09/08/2021 - 20/12/2021
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
No ambiente hospitalar estão presentes agentes microbianos capazes de infectar pacientes e equipe de trabalho. Estes microrganismos são potencialmente causadores de infecções nosocomiais e elevam a morbidade e mortalidade em pacientes. Dentre os microrganismos mais comuns, as bactérias que acarretam infecções hospitalares (IH) são frequentemente resistentes a múltiplos antibióticos, tornando-se um sério e crescente problema de saúde pública. Neste sentido é relevante conhecer os fatores que contribuem na contaminação hospitalar, porém a incidência da IH não está bem estabelecida na Medicina Veterinária, principalmente devido à falta de dados. Baseado neste fato, este projeto objetiva isolar e identificar os microrganismos patogênicos presentes no ambiente pós-operatório do Hospital de Clínicas Veterinárias (HCV) da Faculdade de Veterinária da UFPel, antes e após a desinfecção de rotina, verificar a resistência bacteriana aos principais antimicrobianos frequentemente prescritos e correlacionar com a casuística de infecção cirúrgica em pacientes internados neste setor no período do estudo.
Objetivo Geral
Isolar e identificar os microrganismos patogênicos presentes no ambiente pós-operatório do Hospital de Clínicas Veterinárias (HCV) da Faculdade de Veterinária da UFPel, antes e após a desinfecção de rotina e correlacionar com a casuística de infecção cirúrgica em pacientes internados neste setor no período do estudo.
Justificativa
No ambiente hospitalar de atenção à saúde humana e veterinária estão presentes agentes microbianos disseminados pelo ar, água e nas superfícies inanimadas e os mesmos podem colonizar os pacientes e todos os integrantes que exercem suas atividades nestes locais. Estes microrganismos são potencialmente causadores de infecções nosocomiais e elevam a morbidade e mortalidade em pacientes pós-cirúrgicos, imunodeprimidos, endocrinopatas, queimados e aqueles submetidos a cuidados de terapia intensiva. Como agravante, dentre os microrganismos mais comuns, as bactérias que acarretam infecções hospitalares (IH) são frequentemente resistentes a múltiplos antibióticos, tornando-se um sério e crescente problema de saúde pública. Os antimicrobianos estão entre os fármacos mais prescritos para os pacientes em cuidados intensivos e são determinantes no prognóstico, objetivam erradicar a infecção de forma segura e minimizar o desenvolvimento de resistência bacteriana, entretanto, é relevante conhecer os fatores que contribuem para sua ocorrência, identificar os microrganismos e traçar o perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos no ambiente hospitalar. Concomitante à possibilidade de infecções hospitalares, existe o problema do uso indiscriminado de antimicrobianos para o tratamento dessas situações. O controle da contaminação hospitalar é fundamental e requer medidas de prevenção e proteção do paciente e dos profissionais por meio do uso equipamentos de proteção individual (EPI), limpeza, desinfecção e esterilização das superfícies e equipamentos, descarte apropriado de resíduos hospitalares e, principalmente, a padronização destas atividades. A escolha adequada dos agentes desinfetantes e a seleção e capacitação dos profissionais responsáveis pela limpeza é essencial para o controle de infecções. A água utilizada e a utilização dos germicidas conforme recomendações dos fabricantes também são imprescindíveis no processo de limpeza, uma vez que os padrões microbiológicos e físico-químicos, diluições dos produtos e o tempo de contato com as superfícies, interferem diretamente na qualidade da desinfecção.
A incidência da IH não está bem estabelecida na Medicina Veterinária, principalmente devido à falta de dados estatísticos e escassez de Comissões de Controle de Infecção Hospitalar, neste sentido, reconhecer as causas da exposição e o diagnóstico etiológico são fundamentais para estabelecer medidas de prevenção.
A incidência da IH não está bem estabelecida na Medicina Veterinária, principalmente devido à falta de dados estatísticos e escassez de Comissões de Controle de Infecção Hospitalar, neste sentido, reconhecer as causas da exposição e o diagnóstico etiológico são fundamentais para estabelecer medidas de prevenção.
Metodologia
A execução do projeto iniciará em agosto de 2021, período em que serão coletadas amostras para análise microbiológica obtidas da água, ar e superfícies, exclusivamente no setor de internação pós-operatório do HCV-UFPel.
As coletas serão realizadas uma vez por semana, toda quarta-feira, durante 30 dias, em duas etapas diárias, a primeira no início da manhã, antecedendo a limpeza do ambiente e a segunda imediatamente após a finalização.
As superfícies analisadas incluirão assoalhos e grades de cinco baias, duas calhas de rejeitos, uma mesa de curativo, maçaneta interna e externa da porta e quatro pisos do ambiente. Cabe esclarecer que as baias estão distribuídas em dois andares, sendo três delas em andar superior com uma calha de rejeito e as demais em andar inferior também contendo uma calha de rejeito. As baias e calha de rejeito superior serão coletadas na primeira e terceira semana, enquanto que as localizadas no andar inferior serão coletadas na segunda e quarta semana do experimento.
Para as coletas das superfícies será aplicada a técnica de American Public Health Association adaptada (1998), método no qual serão utilizados swabs estéreis contendo meios de armazenamento em tubo até o momento da inoculação. Serão colocados moldes estéreis sobre a superfície em estudo de 25 cm2 para limitação da área de coleta, em seguida, um swab estéril para cada superfície será friccionado 20 vezes no sentido da direita para a esquerda e, após, de cima para baixo e reposicionados na embalagem com meio.
Para avaliação da contaminação do ar ambiente, será empregada a técnica de sedimentação simples em placa, preconizada pela APHA (1998), onde será exposto duas placas de Petry com meio de cultura Ágar Sangue e Ágar Sabouraud abertas, dispostas na mesa de curativos às 8 horas da manhã permanecendo por 15 minutos.
Para a análise microbiológica da água, a torneira será inicialmente higienizada com álcool 70o e deixada aberta para correr a água durante 10 segundos, a seguir, será coletada 125 ml da amostra em um frasco estéril.
Os swabs e as placas de Petry serão encaminhados para o Departamento de Microbiologia e Parasitologia, no Instituto de Biologia da UFPel, e submetidas a cultura bacteriana e fúngica em meios apropriados. Os isolados bacterianos serão submetidos ao antibiograma utilizando discos de antibióticos frequentemente prescritos na rotina, como as penicilinas, cefalosporinas e tetraciclinas.
As colônias isoladas serão purificadas por meio do esgotamento por estrias (Ribeiro & Soares 2002) e posteriormente incubadas por 72 horas em um ambiente controlado. Na sequência, serão transferidas para meios específicos e identificadas.
As amostras de água serão encaminhadas para o Departamento de Veterinária Preventiva da Faculdade de Veterinária da UFPel, e serão submetidas às analises microbiológicas para pesquisa de coliformes termotolerantes (NMP/ml), coliformes totais (NMP/ml) e contagem de bactérias heterotróficas (UFC/ml), conforme a metodologia de APHA (1998).
Os resultados obtidos das culturas e antibiogramas serão dispostos em duas planilhas em Excel, uma referente às amostras prévias a limpeza e outra referente as amostras coletadas após a higienização ambiental, distribuídas por classe de bactérias e fungos com respectivo local isolado.
Estes resultados serão confrontados com aqueles obtidos das culturas e antibiogramas requeridos na rotina, dos pacientes internados que apresentarem infecção pós-cirúrgica no período do experimento.
As coletas serão realizadas uma vez por semana, toda quarta-feira, durante 30 dias, em duas etapas diárias, a primeira no início da manhã, antecedendo a limpeza do ambiente e a segunda imediatamente após a finalização.
As superfícies analisadas incluirão assoalhos e grades de cinco baias, duas calhas de rejeitos, uma mesa de curativo, maçaneta interna e externa da porta e quatro pisos do ambiente. Cabe esclarecer que as baias estão distribuídas em dois andares, sendo três delas em andar superior com uma calha de rejeito e as demais em andar inferior também contendo uma calha de rejeito. As baias e calha de rejeito superior serão coletadas na primeira e terceira semana, enquanto que as localizadas no andar inferior serão coletadas na segunda e quarta semana do experimento.
Para as coletas das superfícies será aplicada a técnica de American Public Health Association adaptada (1998), método no qual serão utilizados swabs estéreis contendo meios de armazenamento em tubo até o momento da inoculação. Serão colocados moldes estéreis sobre a superfície em estudo de 25 cm2 para limitação da área de coleta, em seguida, um swab estéril para cada superfície será friccionado 20 vezes no sentido da direita para a esquerda e, após, de cima para baixo e reposicionados na embalagem com meio.
Para avaliação da contaminação do ar ambiente, será empregada a técnica de sedimentação simples em placa, preconizada pela APHA (1998), onde será exposto duas placas de Petry com meio de cultura Ágar Sangue e Ágar Sabouraud abertas, dispostas na mesa de curativos às 8 horas da manhã permanecendo por 15 minutos.
Para a análise microbiológica da água, a torneira será inicialmente higienizada com álcool 70o e deixada aberta para correr a água durante 10 segundos, a seguir, será coletada 125 ml da amostra em um frasco estéril.
Os swabs e as placas de Petry serão encaminhados para o Departamento de Microbiologia e Parasitologia, no Instituto de Biologia da UFPel, e submetidas a cultura bacteriana e fúngica em meios apropriados. Os isolados bacterianos serão submetidos ao antibiograma utilizando discos de antibióticos frequentemente prescritos na rotina, como as penicilinas, cefalosporinas e tetraciclinas.
As colônias isoladas serão purificadas por meio do esgotamento por estrias (Ribeiro & Soares 2002) e posteriormente incubadas por 72 horas em um ambiente controlado. Na sequência, serão transferidas para meios específicos e identificadas.
As amostras de água serão encaminhadas para o Departamento de Veterinária Preventiva da Faculdade de Veterinária da UFPel, e serão submetidas às analises microbiológicas para pesquisa de coliformes termotolerantes (NMP/ml), coliformes totais (NMP/ml) e contagem de bactérias heterotróficas (UFC/ml), conforme a metodologia de APHA (1998).
Os resultados obtidos das culturas e antibiogramas serão dispostos em duas planilhas em Excel, uma referente às amostras prévias a limpeza e outra referente as amostras coletadas após a higienização ambiental, distribuídas por classe de bactérias e fungos com respectivo local isolado.
Estes resultados serão confrontados com aqueles obtidos das culturas e antibiogramas requeridos na rotina, dos pacientes internados que apresentarem infecção pós-cirúrgica no período do experimento.
Indicadores, Metas e Resultados
Após a execução deste projeto, espera-se que os resultados contribuam na rotina do HCV-UFPel, por meio dos os dados obtidos, permitindo:
1) Elencar os principais fatores de riscos causadores de contaminações;
2) Solucionar os fatores de riscos envolvidos;
3) Fornecer dados para elaboração de protocolos de desinfecção e limpeza;
4) Contribuir na prevenção de infecções hospitalares;
5) Minimizar a disseminação de bactérias resistentes;
6) Evitar o uso indiscriminado de antibióticos;
7) Propor a criação de Procedimentos Operacionais Padrão (POP’s);
8) Propor a criação de uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar no HCV-UFPel.
1) Elencar os principais fatores de riscos causadores de contaminações;
2) Solucionar os fatores de riscos envolvidos;
3) Fornecer dados para elaboração de protocolos de desinfecção e limpeza;
4) Contribuir na prevenção de infecções hospitalares;
5) Minimizar a disseminação de bactérias resistentes;
6) Evitar o uso indiscriminado de antibióticos;
7) Propor a criação de Procedimentos Operacionais Padrão (POP’s);
8) Propor a criação de uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar no HCV-UFPel.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
DANIELA ISABEL BRAYER PEREIRA | 1 | ||
FRANCISCO DE ASSIS ARAÚJO CAMELO JÚNIOR | |||
JOSAINE CRISTINA DA SILVA RAPPETI | 1 | ||
MARTIELO IVAN GEHRCKE | 1 | ||
MICAL CIPRIANO FELIPE | |||
PATRICIA SILVA VIVES | 4 | ||
THOMAS NORMANTON GUIM | 1 | ||
TIAGO TRINDADE DIAS | |||
VITTÓRIA BASSI DAS NEVES |