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A decisão de ofertar essa leitura dirigida deve-se a alguns fatores: primeiramente pelo longo convívio com a produção intelectual desse autor, que nos move em muitas ações, com foco na importância de uma visão de ciência para professores, estando em um programa de pós graduação que trata do ensino de ciências e matemática. Pelo clima negacionista que vivenciamos em nossa sociedade e o papel social das Universidades Brasileiras que ao desenvolverem pesquisas fundamentais, melhoram a qualidade de vida de uma nação. A obra de Boaventura suscita a discussão desses temas globais, emergentes e caros para as Ciências Sociais, dentre elas, a Educação – em especial na formação docente – que adquire grande relevância para a leitura e interpretação sobre a realidade e as implicações das pandemias nas diversas sociedades, especialmente em contextos capitalistas. Tomando a educação como fator fundante, essa leitura dirigira pode contribuir com o trabalho dos nossos mestrandos – em boa parte – professores das redes públicas de educação, que precisaram se reinventar, sem ferramentas para atender as demandas que emergiram do cenário pandêmico. Aliás consideramos que a pandemia assumiu uma função alegórica à medida que trouxe à tona invisibilidades.