Nome da Atividade
SOM, RACIALIDADE E TERRITÓRIO: PERSPECTIVAS AFRODIASPÓRICAS
CÓDIGO
99980011
Carga Horária
68 horas
Tipo de Atividade
DISCIPLINA
Periodicidade
Semestral
Modalidade
PRESENCIAL
Unidade responsável
CARGA HORÁRIA PRÁTICA
1
CARGA HORÁRIA EXERCÍCIOS
1
CARGA HORÁRIA OBRIGATÓRIA
4
CARGA HORÁRIA TEÓRICA
2
CRÉDITOS
4
FREQUÊNCIA APROVAÇÃO
75%
Ementa
A presente disciplina parte de perspectivas afrodiaspóricas para investigar os campos problemáticos da
arte sonora, da música e dos estudos do som. Tem como centro as relações raciais e seus
desdobramentos políticos, artísticos e sociais. Para tanto, partiremos do estudo do som enquanto um
elemento constituinte das relações raciais, por meio do entendimento da escuta como um processo
perceptivo diretamente conectado a noções socialmente compartilhadas: informações sobre fontes
sonoras, reconhecimento de timbres específicos, sistemas linguísticos e musicais, dentre outras. Ao se
conectar diretamente às estruturas sociais, o som pode atuar como substituto dos marcadores raciais,
reforçando binarismos conceituais e criando hierarquizações epistemológicas.
Se, por um lado, o som pode atuar em sistemas ideológicos discriminatórios, por outro lado, este tem
importância fundamental em espaços de reorganização política e cultural de grupos historicamente
silenciados. Neste sentido, também nos dedicaremos a uma análise das relações entre a produção de
conhecimentos sonoros e musicais e a formação de tais territórios, especificamente aqueles formados na
diáspora africana no Brasil, durante o período colonial brasileiro até os dias atuais.
arte sonora, da música e dos estudos do som. Tem como centro as relações raciais e seus
desdobramentos políticos, artísticos e sociais. Para tanto, partiremos do estudo do som enquanto um
elemento constituinte das relações raciais, por meio do entendimento da escuta como um processo
perceptivo diretamente conectado a noções socialmente compartilhadas: informações sobre fontes
sonoras, reconhecimento de timbres específicos, sistemas linguísticos e musicais, dentre outras. Ao se
conectar diretamente às estruturas sociais, o som pode atuar como substituto dos marcadores raciais,
reforçando binarismos conceituais e criando hierarquizações epistemológicas.
Se, por um lado, o som pode atuar em sistemas ideológicos discriminatórios, por outro lado, este tem
importância fundamental em espaços de reorganização política e cultural de grupos historicamente
silenciados. Neste sentido, também nos dedicaremos a uma análise das relações entre a produção de
conhecimentos sonoros e musicais e a formação de tais territórios, especificamente aqueles formados na
diáspora africana no Brasil, durante o período colonial brasileiro até os dias atuais.
Objectives
Objetivo Geral:
.Conteúdo Programático
Perspectiva estética da colonialidade (Parte I)
Perspectiva estética da colonialidade (Parte II)
Perspectiva estética da colonialidade (Parte III)
Conhecimento, escritas e oralidades
Performances do tempo espiralar
Contra-colonialidade e quilombismo: processos de resistência e reorganização social
O papel da música e das sonoridades no processo de diáspora africana no Atlântico Negro.
A diáspora africana no Brasil: conceitos gerais (Parte I)
A diáspora africana no Brasil: conceitos gerais (Parte II)
Música, sonoridades e espiritualidade: entre orixás, voduns, nkisis e santos (Parte I)
Música, sonoridades e espiritualidade: entre orixás, voduns, nkisis e santos (Parte II)
Epistemologias sonoras e musicais africanas e afrobrasileiras (Parte I)
Epistemologias sonoras e musicais africanas e afrobrasileiras (Parte II)
Mediação tecnológica e experimentalismo (Parte I)
Mediação tecnológica e experimentalismo (Parte II)
Apresentação dos trabalhos teóricos-reflexicos desenvolvidos na disciplina
Apresentação dos trabalhos práticos desenvolvidos na disciplina
Perspectiva estética da colonialidade (Parte II)
Perspectiva estética da colonialidade (Parte III)
Conhecimento, escritas e oralidades
Performances do tempo espiralar
Contra-colonialidade e quilombismo: processos de resistência e reorganização social
O papel da música e das sonoridades no processo de diáspora africana no Atlântico Negro.
A diáspora africana no Brasil: conceitos gerais (Parte I)
A diáspora africana no Brasil: conceitos gerais (Parte II)
Música, sonoridades e espiritualidade: entre orixás, voduns, nkisis e santos (Parte I)
Música, sonoridades e espiritualidade: entre orixás, voduns, nkisis e santos (Parte II)
Epistemologias sonoras e musicais africanas e afrobrasileiras (Parte I)
Epistemologias sonoras e musicais africanas e afrobrasileiras (Parte II)
Mediação tecnológica e experimentalismo (Parte I)
Mediação tecnológica e experimentalismo (Parte II)
Apresentação dos trabalhos teóricos-reflexicos desenvolvidos na disciplina
Apresentação dos trabalhos práticos desenvolvidos na disciplina
Bibliografia
Bibliografia Básica:
- AGAWU, Kofi. Representing African Music – postcolonial notes, queries, positions. London; AGAWU, Kofi. Tonality as a colonizing force in Africa. In: RADANO, Ronald; OLANIYAN, GILROY, Paul. O Atlântico negro: modernidade e dupla consciência. São Paulo: Editora MARTINS, Leda Maria. Afrografias da Memória. Belo Horizonte: Mazza Edições, 1997. HALL, Stuart. Da Diáspora: Identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Ed. UFMG, GALANTE, Rafael. Da cupópia da cuíca: a diáspora dos tambores centro-africanos de LOPES, NEI. Enciclopédia brasileira da diáspora africana. São Paulo: Selo Negro, 2011. LOPES, Nei; SIMAS, Luiz. Dicionário da história social do samba. Rio de Janeiro: Editora LOPES, NEI; SIMAS, Luiz Antônio. Filosofias africanas: uma introdução. Rio de Janeiro: SIMAS, LUIZ ANTONIO. O corpo encantado das ruas. Rio de janeiro: Civilização PEREIRA, Edmilson de Almeida e GOMES Núbia Pereira de Magalhães. Ouro Preto da KUBIK, Gerhard. Angola in the black cultural expressions in Brazil. New Yorok: Diasporic KUBIK, Gerhard. Extensions of African Cultures in Brazil. New York: Diasporic Africa AMORIM, Humberto. “A carne mais barata do mercado é a carne negra”: comércio e DO NASCIMENTO, Abdias. O quilombismo: documentos de uma militância pan-africanista. STOEVER, Jennifer Lynn. The Sonic Color Line: Race and the Cultural Politics of LOPES, Adriana Carvalho. Funk-se quem quiser: no batidão negro da cidade carioca. Rio SILVA, Rosa Aparecida do Couto. Fela Kuti: contracultura e (con)tradição na música popular