Nome da Atividade
MÚSICA, GÊNERO, RAÇA E SEXUALIDADE
CÓDIGO
05001173
Carga Horária
60 horas
Tipo de Atividade
DISCIPLINA
Periodicidade
Semestral
Modalidade
PRESENCIAL
Unidade responsável
CARGA HORÁRIA OBRIGATÓRIA
4
CARGA HORÁRIA TEÓRICA
4
CRÉDITOS
4
FREQUÊNCIA APROVAÇÃO
75%
NOTA MÉDIA APROVAÇÃO
7
Ementa
Introdução aos Estudos de Gênero, Sexualidade e Relações Raciais aplicados à pesquisa em Música. Discute-se essas questões a partir da leitura crítica de textos atuais das áreas de Musicologia e Etnomusicologia, explorando contextos artísticos diversos em termos culturais e étnico- raciais. Pretende-se situar o aproveitamento das discussões do feminismo, teoria queer e estudos decoloniais para o campo da Música. Busca-se debater as implicações artísticas produzidas por certos agenciamentos de marcadores sociais da diferença tais como gênero, raça e sexualidade. Assim, pretende-se estimular a investigação das possíveis relações entre as ideias de “técnica”, “composição”, “execução”, “interpretação”, “autoria”, “escuta”, “corpo” e “performance” às questões de gênero, raça e sexualidade, entendendo que a música é também atravessada por concepções sociais hierárquicas, que interpelam a produção sonora de compositores, instrumentistas, regentes, arranjadores e cantores.
Objectives
Objetivo Geral:
Gerais- Introduzir debates sobre gênero, raça e sexualidade aplicados à música..
Específicos
- Instrumentalizar os discentes para um debate crítico sobre a relação entre Música, Gênero, Raça e Sexualidade.
- Ler criticamente textos etno/musicológicos que tratam dessas temáticas.
- Fornecer elementos conceituais para uma consciência crítica do campo da pesquisa em Música.
- Problematizar as relações de gênero, o racismo e as hierarquias de sexualidade no contexto musical.
- Discutir possíveis articulações entre estruturas e atividades musicais e noções normativas de gênero, raça e sexualidade.
- Introduzir o debate sobre Música e Decolonialidade
Conteúdo Programático
Bibliografia
Bibliografia Básica:
- BRETT, Philip; WOOD, Elizabeth; THOMAS, Gary (orgs). 2006. Queering the pitch: the new gay and lesbian musicology. New York/London: Routledge. BUTLER, Judith. 2010. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. CUSICK, Suzanne. 1994. Feminist Theory, Music Theory, and the Mind/Body Problem. Perspectives of New Music 32(1): 08-27. ____. 2009. Gênero e música barroca. Per Musi 20: 07-15. DAVIS, Angela. 2016. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo. KOSKOFF, Ellen. 2014. A feminist ethnomusicology: writings on music and gender. Chicago: University of Illinois Press. FOUCAULT, Michel. 1988 [1976]. História da sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Edições Graal. GREEN, Lucy. 2006. Music, gender, education. Cambridge: Cambridge University Press. hooks, bell. 2019. Olhares negros: raça e representação. São Paulo: editora Elefante. KILOMBA, Grada. 2019. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó. LUGONES, María. 2014. Rumo a um feminismo descolonial. Revista Estudos Feministas 22(3): 935-952. MCCLARY, Susan. 1994. Feminine endings: music, gender, and sexuality. Minneapolis: University of Minnesota. MELLO, Maria Ignez Cruz. 2008. Os cantos femininos Wauja no Alto Xingu. In: MATOS, Claudia; TRAVASSOS, Elizabeth; MEDEIROS, Fernanda (orgs). Palavra cantada: ensaios sobre poesia, música e voz. Rio de Janeiro: 7Letras, 238-248. NOGUEIRA, Isabel; FONSECA, Susan (orgs). Estudos de gênero, corpo e música. Goiânia/Porto Alegre: ANPPOM. NOLETO, Rafael da Silva. 2019. Partituras no armário: composição musical e homossexualidade masculina. REBEH 2(3): 81-94. ____. 2016. O canto da laicidade: Daniela Mercury e o debate sobre casamento civil igualitário no Brasil. Religião e Sociedade 36 (2): 136-160. RIBEIRO, Djamila. 2019. Pequeno manual antirracista. São Paulo: Companhia das Letras. ROSA, Laila. 2005. Epahei Iansã! Música e resistência na Nação Xambá: uma história de mulheres. Diss
Bibliografia Complementar:
- BUTLER, Judith. 2015. Relatar a si mesmo: crítica da violência ética. São Paulo: Editora Autêntica. DAS, Veena. 2020. Vida e palavras: a violência e sua descida ao ordinário. São Paulo: Editora UNIFESP. GREEN, James. 2000. Além do carnaval: a homossexualidade masculina no Brasil do século XX. São Paulo: Editora Unesp. LEITE JR. Jorge. 2011. Nossos corpos também mudam: a invenção das categorias “travesti” e “transexual” no discurso científico. São Paulo: Annablume. MCCLARY, Susan. 1993. Reshaping a discipline: musicology and feminism in the 1990s. Feminist studies - women's bodies and the state, 19(2), 399-423. ____. 2011. Feminine Endings at Twenty. TRANS – Revista Transcultural de Música (15): 01-10. NOLETO, Rafael da Silva. 2012. Poderosas, divinas e maravilhosas: o imaginário e a sociabilidade homossexual masculina construídos em torno das cantoras de MPB. Belém: Dissertação de Mestrado em Antropologia, UFPA. RIBEIRO, Djamila. 2018. Quem tem medo do feminismo negro?. São Paulo: Companhia das Letras. ROSA, Laila; NOGUEIRA, Isabel. 2015. O que nos move, o que nos dobra, o que nos instiga: notas sobre epistemologias feministas, processos criativos, educação e possibilidades transgressoras em música. Revista Vórtex 3(2): 25-56. RUBIN, Gayle. 1993 [1975]. O tráfico de mulheres: notas sobre a “economia política” do sexo. Recife: SOS Corpo: 02-32. ____. 1993 [1984]. Thinking sex: notes for a radical theory of the politics of the sexuality. In: Abelove, Henry; Barale, Michéle; Halperin, David (eds.) The lesbian and gay studies reader. New York: Routledge: 143-178. SEGATO, Rita. 2004 [1986]. Inventando a natureza: família, sexo e gênero no Xangô do Recife. In: Moura, Carlos Eugênio Marcondes. (org.) Candomblé: religião do corpo e da alma: tipos psicológicos nas religiões afro-brasileiras. Rio de Janeiro: Pallas: 45-102. SIMÕES, Júlio; FACCHINI, Regina. 2009. Na trilha do arco-íris: do movimento homossexual ao LGBT. São Paulo: Fundação Perseu Abramo. WEEKS, Jeffrey. 2010.