Nome da Atividade
ETNOMUSEOLOGIA
CÓDIGO
10790093
Carga Horária
60 horas
Tipo de Atividade
DISCIPLINA
Periodicidade
Semestral
Modalidade
PRESENCIAL
Unidade responsável
CARGA HORÁRIA OBRIGATÓRIA
4
CARGA HORÁRIA TEÓRICA
4
CRÉDITOS
4
FREQUÊNCIA APROVAÇÃO
75%
NOTA MÉDIA APROVAÇÃO
7
Ementa
Disciplina de introdução à etnomuseologia que enfoca sua conceituação, seu histórico e desenvolvimentos em museus indígenas, comunitários e etnológicos.
Desde a concepção e primeira aplicação da etnomuseologia por Georges Henri Rivière entre 1935 e 1937, a noção passou por reformulações importantes na América Latina e noutras regiões, transitando da condição de formadora dos “arquivos de Humanidade”, capazes de animar os objetos e trazer o exterior para dentro do museu, para o reconhecimento de formas eminentemente críticas e autônomas de musealização.
Desde a concepção e primeira aplicação da etnomuseologia por Georges Henri Rivière entre 1935 e 1937, a noção passou por reformulações importantes na América Latina e noutras regiões, transitando da condição de formadora dos “arquivos de Humanidade”, capazes de animar os objetos e trazer o exterior para dentro do museu, para o reconhecimento de formas eminentemente críticas e autônomas de musealização.
Objetivos
Objetivo Geral:
Geral:Cabe a uma disciplina de etnomuseologia o estudo daqueles modos de ver, expor e salvaguardar objetos que se façam críticos à formação de coleções etnográficas em contexto colonial; que enfatizem os usos dos objetos para as populações que os criaram; ou que promovam a valorização de tais acervos, e das culturas que os originaram.
Específicos:
. Apresentar os conceitos de Etnologia, Etnografia e Etnomuseologia e suas inter-relações.
- Apresentar e debater o histórico da inter-relação entre os trabalhos de Etnólogos e Museólogos.
. Debater os processos de musealização de acervos indígenas ou aborígenes nas Américas e noutros contextos coloniais.
. Analisar estudos de caso de etnomuseologia, seus pressupostos e repercussões sociais e culturais.
. Compreender a noção combiante de arte indígena, bem como seus desdobramentos museológicos.
. Debater a dimensão museal da antropologia dos objetos e da arqueologia das coisas.
- Apresentar e debater as políticas de reconhecimento e repatriação em museus etnográficos.
. Debater a musealização de acervos etnográficos e comunitários por meios autóctones, bem como seus desdobramentos patrimoniais.
Conteúdo Programático
Unidade 1. Conceitos Fundamentais para a etnomuseologia (etnologia, etnografia, museologia, socio-museologia).
Unidade 2. Histórico das coleções etnográficas, dos museus etnológico, e a emergência do olhar do outro.
Unidade 3. Musealização de acervos etnográficos e Descolonização.
Unidade 4. Estudos de caso em etnomuseologia: museus de povos indígenas das Américas e demais populações autóctones.
Unidade 5. Diversidade e problemática das concepções de Arte Indígena e Arte Primitiva.
Unidade 6. Antropologia dos objetos e Arqueologia das coisas: abordagens contrárias ao antropocentrismo, ao eurocentrismo e ao determinismo.
Unidade 2. Histórico das coleções etnográficas, dos museus etnológico, e a emergência do olhar do outro.
Unidade 3. Musealização de acervos etnográficos e Descolonização.
Unidade 4. Estudos de caso em etnomuseologia: museus de povos indígenas das Américas e demais populações autóctones.
Unidade 5. Diversidade e problemática das concepções de Arte Indígena e Arte Primitiva.
Unidade 6. Antropologia dos objetos e Arqueologia das coisas: abordagens contrárias ao antropocentrismo, ao eurocentrismo e ao determinismo.
Bibliografia
Bibliografia Básica:
- Básica: ANGOTTI-SALGUEIRO, Heliana. Nina Gorgus: Le Magicien des vitrines. Le muséologue Georges Henri-Rivière (resenha). Anais do Museu Paulista v. 14, n. 2, São Paulo: Museu Paulista, 2006, p. 317-322. BESSA FREIRE, José R. A descoberta do Museu pelos Índios. In: ABREU, Regina; CHAGAS, Mário. Memória e Patrimônio – ensaios contemporâneos. Rio de Janeiro: Lamparina, 2009, p. 217-253. BRAGA, S. I. G. Considerações sobre etnomuseologia na Amazônia. In: Atas do colóquio “Povos Indígenas da Amazônia: afirmação de Etnicidade”. Porto: Universidade do Porto, 1994. CLIFFORD, James. Museologia e Contra-história: viagens pela costa dos Estados Unidos. In: ABREU, Regina; CHAGAS, Mário. Memória e Patrimônio – ensaios contemporâneos. Rio de Janeiro: Lamparina, 2009, p. 254-302. CUNHA, Manuela C. da. (org.) História dos Índios do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras/FAPESP/SMC, 1992. CURY, Marília X.; VASCONCELLOS, Camilo de M.; ORTIZ, Joana M. (orgs.) Questões Indígenas e Museus: debates e possibilidades. Brodowski: Secretaria de Estado da Cultura/ACAM/MAE-USP, 2012. 228 p. DURAND, Jean-Yves. Este obscuro objecto do desejo etnográfico: o museu. In: Etnográfica vo. 11 (2), 2012, p. 373-386. GOMES, Alexandre O.; NETO, João Paulo V. Museus e Memória indígena no Ceará: uma proposta em construção. Fortaleza: SECULT, 2009. 263p. GONÇALVES, José Reginaldo dos S. Antropologia dos Objetos: Coleções, Museus e Patrimônio. Rio de Janeiro: IPHAN, 2007. RIBEIRO, Berta G. Etnomuseologia: da coleção à exposição. In: Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP no. 4, São Paulo, 1994, p. 189-201. RIBEIRO, Berta G. Museu e Memória: reflexões sobre o colecionamento. In: Ciência em Museus 1(2). Belém: Museu Goeldi/CNPq, 1989, p. 109-122. RIBEIRO, Berta G. Arte Indígena, Linguagem Visual. Belo Horizonte: Itatiaia/EDUSP, 1989. 186 p.
Bibliografia Complementar:
- Complementar: AMES, M. Museums, the public, and anthropology: a study in the antropology of antropology. Vancouver: UBC Press, 1986. BOAS, Franz. Primitive Art. New York: Dover, 1927. 373 p. HARTMANN, T. Cultura material e etnohistória. In: Revista do Museu Paulista no. 23, São Paulo: Museu Paulista, 1976, p. 177-197. OLIVEIRA, A. E.; HAMÚ, D. (orgs.) Ciência Kayapó: alternativas contra a destruição. Belém: Museu Goeldi, 1992. 51 p. RUBIN, W. Primitivism in twentieth-century art: affinity of the tribal and the modern. New York: Museum of Modern Art, 1984, 2 vols. GROGNET, Fabrice. Le concept de musée: la patrimonialisation de la culture des « autres ». D’une rive à l’autre, du Trocadéro a Branly : histoire de metamorphoses. Thèse de doctorat en Ethnologie. Thèse en deux volumes dirigée par Jean Jamin. École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS). 2009. GORGUS, Nina. Le magicien des vitrines - Le muséologue Georges Henri Rivière. Paris : Éditions de la maison des sciences de l’homme, 2003. p.48. BERGERON, Yves, Naissance de l’ethnologie et émergence de la muséologie au Québec (1936-1945). De l’ ‘autre’ au ‘soi’. In: Rabaska, vol. 3, 2005, p. 7-30. BONNOT, Thierry, L’ethnographie au musée : valeur des objets et sciences sociales. In: Ethnographiques.org n° 11, octobre 2005, Disponível em: http : //www.ethnographiques.org/2006/Bonnot.html . Acesso em 20 de abril de 2015. COLLET, Isabelle, Les premiers musées d’ethnographie régionale en France. In: Muséologie et ethnologie, Paris (RMN), 1987, p. 68-99. DUCLOS, Jean-Claude; VEILLARD, Jean-Yves Musées d’ethnographie et politique. In: Museum n° 175 (vol. XLIV, n°3) 1992, p. 129-132.