Nome da Atividade
DOCUMENTOS DE TRABALHO
CÓDIGO
1448070
Carga Horária
34 horas
Tipo de Atividade
DISCIPLINA
Periodicidade
Semestral
Modalidade
PRESENCIAL
Unidade responsável
CARGA HORÁRIA OBRIGATÓRIA
2
CARGA HORÁRIA TEÓRICA
2
CRÉDITOS
2
FREQUÊNCIA APROVAÇÃO
75%
Ementa
Estudo dos Documentos de trabalho como parte do processo de trabalho que se situa no limiar da concepção da obra propriamente dita, como anotações, fotografias pessoais, objetos ou imagens apropriadas que povoam ou circundam o espaço e o imaginário do artista, e que são passíveis de auxiliar na proposição de conceitos operatórios no estudo de uma produção em artes visuais.
Objetivos
Objetivo Geral:
.Conteúdo Programático
1. O que são documentos e o que são Documentos de Trabalho? Conceitos de aproximação para o estudo dos documentos de trabalho a partir de textos do professor e imagens. a) A função fantasmática dos DT; b) A memória c) O colecionismo transformado em ação de apropriação; d) o gabinete de curiosidades como metáfora da reunião de referências numa produção em arte.
2. Uma concepção de tempo, mente e experiência: o tempo em Santo Agostinho, Kant e Peirce. Como uma concepção de tempo afeta uma concepção de mente e de experiência?
3. As imagens dialéticas 1: o que é uma imagem? Algumas reflexões sobre as origens teológicas do conceito de imagem.
4. As imagens dialéticas 2: Walter Benjamin, Rainer Rochlitz e Georges Didi-Huberman.
5. O conceito psicanalítico de fantasma e a criação artística.
6. Estratégias de construção de imagens 1: colagem, apropriação, paródia, bricolagem.
7. Estratégias de construção de imagens 2: a alegoria. O conceito de alegoria em Walter benjamin.
8. Arte e documento: estudo das formas e proposições envolvendo DT.
9. Interpretação de documentos: Manhein e a documentação das visões de mundo.
10. Interpretação de documentos2: estudos de iconografia e de leitura de imagens.
11. O Arquivo: “O homem que nunca jogou nada fora”, de Ilya Kabakov e “Mal de arquivo” de Jacques Derrida.
12. a 17. Seminários de apresentação dos documentos de trabalhos referentes à produção em arte dos alunos participantes e de resumos críticos dos conceitos operatórios identificados nesse material.
2. Uma concepção de tempo, mente e experiência: o tempo em Santo Agostinho, Kant e Peirce. Como uma concepção de tempo afeta uma concepção de mente e de experiência?
3. As imagens dialéticas 1: o que é uma imagem? Algumas reflexões sobre as origens teológicas do conceito de imagem.
4. As imagens dialéticas 2: Walter Benjamin, Rainer Rochlitz e Georges Didi-Huberman.
5. O conceito psicanalítico de fantasma e a criação artística.
6. Estratégias de construção de imagens 1: colagem, apropriação, paródia, bricolagem.
7. Estratégias de construção de imagens 2: a alegoria. O conceito de alegoria em Walter benjamin.
8. Arte e documento: estudo das formas e proposições envolvendo DT.
9. Interpretação de documentos: Manhein e a documentação das visões de mundo.
10. Interpretação de documentos2: estudos de iconografia e de leitura de imagens.
11. O Arquivo: “O homem que nunca jogou nada fora”, de Ilya Kabakov e “Mal de arquivo” de Jacques Derrida.
12. a 17. Seminários de apresentação dos documentos de trabalhos referentes à produção em arte dos alunos participantes e de resumos críticos dos conceitos operatórios identificados nesse material.
Bibliografia
Bibliografia Básica:
- BASCHET, Jérôme. L’iconographie Mediévale. Editions Gallimard, Paris, 2008.
- BENICHOU, Anne (ed.). Ouvrir le document: enjeux et pratiques de la documentation dans les arts visuels contemporains. Les Presses du Réel, Montréal, 2010.
- BENJAMIN, Walter. Origem do Drama Barroco Alemão. Editora Brasiliense, São Paulo, 1984.
- BENJAMIN, Walter. Passagens. Editora UFMG, Belo Horizonte, 2006.
- BUCHLOH, Benjamin. Allegorical procedures: appropriation and montage in contemporary art, in Artforum, 21 (September 1982), pp. 43-56.
- CARAËS, Marie-Claude e MARCHAND-ZANARTU, Nicole. Images de Pensée. Réunion des Musées Nationaux, Paris, 2011.
- CHIRON, Eliane. Pas propre, donc propre, in Appropriation, revue du CEREAP – n° 2, septembre 1996, p. 49-52.
- COWAN, Bainard. Walter Benjamin’s Theory of Allegory, in New German Critique, n° 22, Special Issue on Modernism (winter, 1991), pp. 109-122.
- DELEUZE, Gilles. Francis Bacon : logique de la sensation. Editions La différence, Paris, 1984, 2 volumes.
- DIDI-HUBERMAN, Georges. Devant le temps. Éditions du Minuit, Paris, 2000.
- ELSNER, John e CARDINAL, Roger (ed.). The Cultures of Collecting. Reaktion Books, Londres, 1997.
- FONTANILLE, Jacques. La Chute de Lucifer: la fin des évidences et l’avènement de la rhétorique du visible, in Visio: la revue de l’association internationale de sèmiotique visuelle, vol 2, n° 1, 1997.
- FREUD, Sigmund. Un souvenir d’enfance de Léonard de Vinci. Editions Gallimard, édition bilingue, 1991.
- GADAMER, Hans-Georg. Hermenêutica da Obra de Arte. Martins Fontes, São Paulo, 2010.
- KOFMAN, Sarah. A infância da arte : uma interprétação da estética freudiana. Edições Relume-Dumará, RJ, 1996.
- LACAN, Jacques. Le séminaire livre IX : les quatre concepts fondamentaux de la psychanalyse. Editions du Seuil, Paris, 1973.
- MARTINEZ, Amalia Barbosa. Sobre el Método de la Interpretacion Documental y el uso de las Imagenes en la Sociologia : Karl Mannheim, Aby Warburg y Pierre Bourdieu, in Sociedade e Estado, v. 21, n 2, pp. 391-414, mai/ago. Brasília, 2006.
- MITCHELL, W.J. Thomas. Iconology : image, text, Ideology. The University of Chicago Press, Chicago, 1997.
- OWENS, Craig. O impulso Alegórico : sobre uma teoria do pós-modernismo, in Arte Ensaios, Revista do Programa de Pós-graduação em Artes, n° 11, EBA/UFRJ, 2004, pp. 113-125.
- PANOFSKY, Erwin. O Significado nas Artes Visuais. Editora Perspectiva, São Paulo, 2002.
- PAREYSON, Luigi. Estética : teoria da formatividade. Editora Vozes, Petrópolis, RJ, 1993.
- PEARCE, Susan. On Collecting : an investigation into collecting in the european tradition. Routledge, 2005
- RACAMIER, Paul. Sur la fonction du fantasme dans la création artistique et dans la psychose, in Art et fantasme. Editions Champ Vallon, Seyssel, 1984, pp. 41-49.
- RIBETTES, Jean-Michel. La troisième dimension du fantasme, in Art et fantasme. Editions Champ Vallon, Seyssel, 1984, pp. 185-213.
- ROCHLITZ, Rainer. O Desencantamento da arte: a filosofia de Walter Benjamin. Edusc, Bauru, SP, 2003.
- SANTAELLA, Lucia. Peirces’s three Categories and Lacan’s three registers of human condition, in http//www.pucsp.br/~lbraga/percelacan.html
- SANTO AGOSTINHO. Confissões. Editora Nova Cultural, São Paulo, 2004.
- WAJEMAN, Gérard. Narcisse ou le fantasme de la peinture, in Art et fantasme. Editions Champ Vallon, Seyssel, 1984, pp. 107-126
- WIART, Claude. Des fantasmes et des “ismes” en peinture, in Art et fantasme. Editions Champ Vallon, Seyssel, 1984, pp. 25-39.