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Nesta disciplina serão abordadas questões técnicas, teóricas e históricas da relação da
Psicologia (e de seus usuais parceiros profissionais nas áreas da saúde, assistência social e trabalho) com os grupos que por algum motivo são taxados como diferentes, anormais, perigosos, incapazes ou inferiores e que, por isso, são alvo de uma série
de práticas públicas e privadas voltadas tanto para a afirmação da sua identidade, quanto para seu isolamento ou tratamento (visando sua anulação ou seu retorno a um determinado conceito de normalidade socialmente construído). A ideia de um humano universal na modernidade (homem, heterossexual, branco, que siga as normas morais
de conduta) produziu também uma vasta tipologia de anormalidades em relação ao padrão, diferenças as quais deveriam ser alvo de ações que as protegessem da sociedade ou protegessem a sociedade delas. Mulheres, crianças, negros, portadores de transtornos mentais, homossexuais e muitas outras agrupações e pessoas que fogem das normas estabelecidas foram e são alvos de práticas oriundas da psicologia. Desde os encarceramentos que construíram até as políticas de afirmação de
identidades, muitos sãos os modos da psicologia e da sociedade em geral se relacionar com estes segmentos das diferenças. Diante disso, a presentecadeira busca investigar estas práticas, pensando-as de modo crítico para fomentar possíveis novas maneiras da psicologia se relacionar com a diferença na busca de promover cidadania e respeito aos direitos humanos.