Nome da Atividade
A LEITURA CRÍTICA: MODOS DE VER, MODOS DE LER, MODOS DE ESCREVER
CÓDIGO
05001884
Carga Horária
68 horas
Tipo de Atividade
DISCIPLINA
Periodicidade
Semestral
Modalidade
PRESENCIAL
Unidade responsável
CARGA HORÁRIA TEÓRICA
4
CARGA HORÁRIA OBRIGATÓRIA
4
CRÉDITOS
4
FREQUÊNCIA APROVAÇÃO
75%

Ementa

Disciplina visando à reflexão histórico-teórico-crítica, a partir do campo das Artes Visuais Contemporâneas, com ênfase na contemporaneidade brasileira. As práticas de leitura e de escritura, verbais e não-verbais, ao longo da história – a ação do lector/leitor/espectador frente à ação do escriba/escritor/autor. Estudo das principais correntes teóricas sobre a leitura na contemporaneidade. Estudo de leituras críticas e de ensaios reflexivos, de grandes intérpretes da realidade – ênfase nos intérpretes do Brasil e na produção das Artes Visuais e da Literatura. A expressão crítica como prática de leitura política do mundo. A arte da representação literária, a “interpretação do lugar”, e a produção de sentidos. A leitura frente à tecnologia na contemporaneidade.

Objetivos

Objetivo Geral:

.

Conteúdo Programático

As formas do olhar
I. A leitura e o olhar: processos e práticas; limites
II. Suportes de escrituras e protocolos de leituras (dos papiros à prensa de Gutenberg)
III. A história cultural moderna da leitura literária no ocidente (do fólio à tela do ipod)

Os sentidos das leituras
IV. A produção de sentidos nas Artes Visuais e sua aproximação com a Literatura: palavra & imagem. Leitura de obras
V. O leitor e uma “semiótica perceptiva”: “intertextualidade”; “intermidialidade”; “funções da pintura na narrativa”; o “pictural”; o “enquadramento”; a “ecfrase”. A expressão literária e as outras expressões artístico-culturais na construção da imagem.
VI. Leitura e produção de sentido na contemporaneidade: as mídias do texto literário (a “interface” como conceito expandido)

A literatura como arte visual
VII. O ensaio crítico-reflexivo como resultado de “práticas de leitura”;
VIII. As práticas de escritura e de leitura como a “intervenção e interpretação do lugar/país”, e como “invenção da realidade legível”
XIX. O “espectador” produtor de sentidos

Bibliografia

Bibliografia Básica:

  • Barthes, Roland. O império dos signos. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2007 (coleção Roland Barthes). 156p.
  • BAXANDALL, Michael. Padrões de intenção: a explicação histórica dos quadros. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. 213p.
  • CAMPOS, Augusto. O anticrítico. São Paulo: Companhia das Letras, 1986. 232p.
  • FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. 5ªed. São Paulo: Martins Fontes, 1990. 407p.
  • LEÃO, Lúcia (org.). O chip e o caleidoscópio: reflexões sobre as novas mídias. São Paulo: ed. SENAC, 2005. 608p.
  • MANDEL, Ladislas. Escritas, espelho dos homens e das sociedades. São Paulo: edições Rosari, 2006. 191p.
  • RALLO, Elisabeth Ravoux. Métodos de crítica literária. São Paulo: Martins Fontes, 2005. 290p.
  • SOUZA, Gilda de Mello e. Exercícios de leitura. São Paulo: Duas Cidades; Ed.34, 2008. 368p.
  • SUSSEKIND, Flora e DIAS, Tânia (org). A historiografia literária e as técnicas de escrita. Rio de Janeiro: Ed. Casa de Rui Barbosa, 2004. 676p

Bibliografia Complementar:

  • ADORNO, Theodor. Notas de literatura I. S.P.: Duas Cidades; Ed. 34. 176p.
  • AGAMBEN, Giorgio. “O fim do pensamento”. trad. Alberto Pucheu. in: Revista Terceira Margem, PPG-Ciência da Literatura, UFRJ, nº VIII, nº11. Rio de Janeiro: Ed. 7 letras, 2004. p.157-164
  • AGAMBEN, Giorgio. O uso dos corpos: Homo Sacer IV, 2. S.P.: Boitempo, 2018. 324p.
  • AGAMBEN, Giorgio. O fogo e o relato: ensaios sobre criação, escrita, artes e livros. São Paulo: Boitempo, 2018. 166p.
  • BARTHES, Roland. Mitologias. Rio de Janeiro: DIFEL, 2002. 258p.
  • CALVINO, Ítalo. Seis propostas para o próximo milênio. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. 141p.
  • CHARTIER, Roger. A aventura do livro: do leitor ao navegador. São Paulo: Ed. UNESP, 1999.159p.
  • COLLOT, Michel. “O sujeito lírico fora de si”. trad. Alberto Pucheu. in: Revista Terceira Margem, PPG-Ciência da Literatura, UFRJ, nº VIII, nº11. Rio de Janeiro: Ed. 7 letras, 2004. P.165-177.
  • DELEUZE, Gilles. Crítica e clínica. São Paulo: Ed. 34, 1997. 196p.
  • DELEUZE, Gilles. Conversações. São Paulo: Ed. 34, 1992.232p.
  • DIDI-HUBERMAN, George. Quando as imagens tomam posição. O olho da história, I. Belo horizonte: Ed. UFMG, 2017. 279p.
  • KITTLER, Friedrich. Gramofone, filme, typewriter. BH: Ed. UFMG; RJ: Ed.UERJ, 2019. 414p.
  • KITTLER, Friedrich. Mídias ópticas. RJ: Contraponto, 2016.
  • FLEURY, Cynthia. Le soin est un humanisme. Paris: Gallimard (Tracts), 2019. 43p.
  • FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: o nascimento da prisão. (42ªed.). Rio de Janeiro: Ed. Vozes, 2014. 296p.
  • FOUCAULT, Michel. O nascimento da clínica. Rio de Janeiro: Forense universitária, 1977. 241p.
  • OLIVEIRA, Solange. O alvoroço da criação: a arte na ficção de Clarice Lispector. BH: Ed.UFMG (Humanitas), 2019.
  • RANCIÈRE, Jacques. O espectador emancipado. São Paulo: Martins Fontes, 2014. 128p.
  • RANCIÈRE, Jacques. O inconsciente estético. São Paulo: Ed.34, 2009. 80p.
  • RANCIÈRE, Jacques. Os nomes da história: um ensaio de poética do saber. São Paulo: Ed.PUC-SP; Pontes. 1994. 116p.
  • SAMOYAULT, Tiphaine. A intertextualidade. São Paulo: Ed. Hucitec, 2008. 158p.
  • SIMONDON, Gilbert. A individuação à luz das noções de forma e de informação. São Paulo: Editora 34, 2020. 624p.
  • SIMONDON, Gilbert. Do modo de existência dos objetos técnicos. Rio de Janeiro: Contraponto, 2020.

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