Nome da Atividade
ABORDAGEM A PROBLEMAS METABÓLICOS
CÓDIGO
07450038
Carga Horária
30 horas
Tipo de Atividade
DISCIPLINA
Periodicidade
Semestral
Modalidade
A DISTÂNCIA
Unidade responsável
CARGA HORÁRIA PRÁTICA
6
CARGA HORÁRIA TEÓRICA
18
CARGA HORÁRIA OBRIGATÓRIA
30
CARGA HORÁRIA EXERCÍCIOS
6

Ementa

Os problemas metabólicos são altamente prevalentes, compõem as principais causas de morbidade e mortalidade na população brasileira e possuem extrema relevância na formação dos médicos, devido às suas repercussões clínicas. A compreensão e o manejo adequado dos problemas mais frequentes no contexto da Atenção Primária à Saúde é competência essencial a ser adquirida para que o médico de família e comunidade atue em prol da qualidade de vida do paciente e da comunidade que assiste. Este módulo visa qualificar o conhecimento desse médico da Atenção Primária para lidar com os motivos de consulta mais comuns relacionados ao sistema metabólico.

Inicialmente, será abordado o rastreamento dos problemas metabólicos. As orientações preventivas e a promoção de hábitos de vida saudáveis são pilares fundamentais na abordagem desses problemas e serão discutidas em uma unidade própria. O tratamento medicamentoso do diabetes e o manejo de suas principais complicações são assuntos densos e serão pormenorizados em uma unidade cada um. Por fim, as tireoidopatias e a obesidade terão unidades individuais para discussão detalhada do diagnóstico e da abordagem terapêutica com os recursos disponíveis na APS.

Objetivos

Objetivo Geral:

Qualificar o conhecimento do médico da Atenção Primária para lidar com os motivos de consulta mais comuns relacionados ao sistema metabólico;

Orientar sobre o rastreamento dos problemas metabólicos;

Conteúdo Programático

UNIDADE 1. Rastreamento do diabetes mellitus (DM) no adulto e estratificação de risco baseada em evidência = 3 horas

1.1 Abordagem comunitária no contexto dos riscos para DM

1.1.1 Trabalho multiprofissional na busca ativa e no acolhimento aos pacientes com diabetes mellitus.

1.1.2 Estimativa de prevalência de DM na comunidade

1.1.3 Instrumento para identificação de risco na população - FINDRISK

1.1.4 Uso de ferramentas de análise clínica: IMC, Circunferência Abdominal

1.2 Diagnóstico e Estratificação

1.2.1 Quando solicitar exames

1.2.2 Exames essenciais para diagnóstico

1.2.3 Exames complementares

1.2.4 Intervalo para reavaliação

1.2.5 Estratificação de risco para DM

1.2.6 Seguimento adequado e compartilhado dos pacientes

1.3 Abordagem inicial em DM

1.3.1 Papel da prevenção quaternária

1.3.2 Perspectivas para o cuidado através da Mudança de Estilo de Vida em DM



UNIDADE 2. Estratégias preventivas e abordagem para mudanças de estilo de vida (MEV) = 3 horas

2.1 Quais fatores influenciam no risco para DM e como atuar sobre eles

2.1.1 Recomendações sobre Dieta e o Guia Alimentar para a População Brasileira

2.1.2 Mudança de hábitos: tabagismo, sedentarismo

2.1.3 Atividade Física

2.2 Mudança no Estilo de Vida e o contexto de cada indivíduo

2.2.1 Atividades longitudinais de Promoção à Saúde

2.2.2 Estágios motivacionais, consciência corporal e autocuidado

2.2.3 Trabalho multiprofissional e suporte psíquico ao paciente

2.2.4 Contexto cultural da alimentação e opções razoáveis condizentes com as diferentes realidades do território brasileiro

2.3 Impacto da MEV no tratamento e seguimento

2.3.1 Avaliação de risco na Atividade de Física

2.3.2 Perspectiva de redução na dependência de medicamentos



UNIDADE 3. Tratamento farmacológico do diabetes mellitus e insulinoterapia = 3 horas

3.1 Tratamento farmacológico do diabetes

3.2 Antidiabéticos orais

3.2.1 Sulfonilureias

3.2.2 Metiglinidas

3.2.3 Biguanidas

3.2.4 Inibidores da alfaglicosidase

3.2.5 Glitazonas

3.2.6 Gliptinas

3.2.7 Análogos do GLP-1

3.2.8 Inibidores da SGLT2

3.3 Insulinoterapia

3.3.1 Insulinização no DM1

3.3.2 Insulinização no DM2

3.4 Critérios de encaminhamento para outros níveis de atenção



UNIDADE 4. Prevenção e manejo de complicações agudas e crônicas do DM = 3 horas

4.1 Complicações agudas do DM

4.1.1 Hipoglicemia

4.1.2 Cetoacidose

4.1.3 Coma hiperosmolar

4.2 Complicações crônicas do DM

4.2.1 Nefropatia

4.2.2 Retinopatia

4.2.3 Neuropatia

4.2.4 Vasculopatia

4.3 Critérios de encaminhamento para outros níveis de atenção



UNIDADE 5. Manejo das tireoidopatias mais comuns = 3 horas

5.1 Epidemiologia das tireoidopatias e nódulos tireoidianos

5.2 Hipotireoidismo

5.2.1 Rastreamento

5.2.2 Avaliação diagnóstica e etiológica

5.2.3 Abordagem terapêutica

5.2.4 Critérios de encaminhamento para outros níveis de atenção

5.3 Tireotoxicose

5.3.1 Avaliação diagnóstica e etiológica

5.3.2 Abordagem terapêutica

5.3.3 Critérios de encaminhamento para outros níveis de atenção

5.4 Nódulos tireoidianos

5.4.1 Avaliação diagnóstica

5.4.2 Abordagem terapêutica

5.4.3 Critérios de encaminhamento para outros níveis de atenção



UNIDADE 6. Obesidade e indicações a cirurgia bariátrica e cirurgia metabóica = 3 horas

6.1 Epidemiologia da obesidade

6.2 Conceitos de prevenção primária secundária e terciária aplicados à obesidade

6.3 Avaliação diagnóstica

6.4 Condições de saúde associadas à obesidade

6.5 Abordagem terapêutica medicamentosa e não medicamentosa

6.6 Critérios de encaminhamento para outro nível de atenção.

6.7 Legislação, critérios de inclusão e exclusão para indicações de cirurgia bariátrica, segundo CFM.

6.7.1 Cirurgia bariátrica

6.7.2 Cirurgia metabólica



Atividade de Desafio Prático de Trabalho = 6 horas

Fórum do Módulo = 4 horas

Prova online e Prova Presencial Digital = 2 horas

Bibliografia

Bibliografia Básica:

  • GUSSO, Gustavo; LOPES, José MC, DIAS, Lêda C, organizadores. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: ARTMED, 2019, 2388 p.
  • DUNCAN BB; SCHMIDT MI; GIUGLIANI ERJ; DUNCAN MS; GIUGLIANI C, organizadores. Medicina Ambulatorial: Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências. 4 ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
  • AURICÉLIO BERNARDO CÂNDIDO, J. et al. FINDRISK: estratificação do risco para Diabetes Mellitus na saúde coletiva. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, v. 30, n. 3, p. 1–8, 29 set. 2017. DOI: http://dx.doi.org/10.5020/18061230.2017.6118
  • BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira. 2. ed., 1. reimpr. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014. 156 p. : il. ISBN 978-85-334-2176-9. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf
  • BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Acolhimento à demanda espontânea: queixas mais comuns na Atenção Básica. 1. ed.; 1. reimp. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 290 p.: il. – (Cadernos de Atenção Básica n. 28, Volume II) Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/acolhimento_demanda_espontanea_queixas_comuns_cab28v2.pdf. Acesso em: 29 nov. 2020.
  • GOLBERT, Airton et al. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020. Brasil, 2019. Disponível em: . Acesso em: 29 nov. 2020.
  • HARZHEIM, Erno et al. Protocolo de encaminhamento para Nefrologia adulto. Telessaúde RS. Porto Alegre, 2018. Disponível em: < https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/protocolos_encaminhamento_nefrologia_20180111_v003.pdf >. Acesso em: 29 nov. 2020.
  • LUTZ, Aline et al. Protocolo de encaminhamento para Oftalmologia adulto. Telessaúde RS. Porto Alegre, 2017. Disponível em: < https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/oftalmologia_adulto.pdf >. Acesso em: 29 nov. 2020.
  • MANTESE, Carlos Eduardo et al. Protocolo de encaminhamento para Cirurgia Vascular. Telessaúde RS. Porto Alegre, 2020. Disponível em: < https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/Protocolo_Cirurgia_Vascular_TSRS_002.pdf >. Acesso em: 29 nov. 2020.
  • MARTINS, Ana Cláudia Magnus et al. Protocolo de encaminhamento para Neurologia adulto. Telessaúde RS. Porto Alegre, 2020. Disponível em: < https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/ptrs_neurologia.pdf >. Acesso em: 29 nov. 2020.
  • TAVARES, Angela Maria Vicente et al. Cadernos de Atenção Básica, n. 36: Diabetes Mellitus. Ministério da Saúde, 2013. Disponível em: . Acesso em: 29 nov. 2020.
  • TELESSAÚDE RS. Resumo Clínico: Diabetes Mellitus. Porto Alegre, 2015. Disponível em: . Acesso em: 29 nov. 2020.
  • MALATY, Wail. Hipotireoidismo primário. BMJ Publishing Group Ltd, 2020. Disponível em: < https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/535/pdf/535/Hipotireoidismo%20prim%C3%A1rio.pdf>. Acesso em: 29 nov. 2020.
  • MARTINS, Ana Cláudia Magnus et al. Telecondutas: Hipotireoidismo. Telessaúde RS. Porto Alegre, 2020. Disponível em: . Acesso em: 29 nov. 2020.
  • RADOS, Dimitris Rucks Varvaki et al. Protocolo de encaminhamento para Endocrinologia adulto. Porto Alegre, 2013. Disponível em: . Acesso em: 29 nov. 2020.
  • RADOS, Dimitris Rucks Varvaki et al. Telecondutas: Hipertireoidismo. Telessaúde RS. Porto Alegre, 2017. Disponível em: . Acesso em: 29 nov. 2020.
  • RADOS, Dimitris Rucks Varvaki et al. Telecondutas: Nódulo de tireoide. Telessaúde RS. Porto Alegre, 2018. Disponível em: . Acesso em: 29 nov. 2020.
  • AGOSTINHO, Milena Rodrigues et al. Resumo Clínico: Obesidade. Telessaúde RS. Porto Alegre, 2019. Disponível em: https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/endocrino_resumo_obesidade_TSRS_190624_rev_005_(2).pdf. Acesso em: 29 nov. 2020.
  • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA O ESTUDO DA OBESIDADE E DA SÍNDROME METABÓLICA. Diretrizes brasileiras de obesidade 2016. 4. ed. São Paulo, SP: ABESO. Disponível em: https://abeso.org.br/wp-content/uploads/2019/12/Diretrizes-Download-Diretrizes-Brasileiras-de-Obesidade-2016.pdf . Acesso em: 29 nov. 2020.
  • BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: obesidade. Brasília: Ministério da Saúde, 2014a. 212 p.: il. – (Cadernos de Atenção Básica, n. 38). Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategias_cuidado_doenca_cronica_obesidade_cab38.pdf Acesso em: 29 nov. 2020
  • BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica. Brasília: Ministério da Saúde, 2014c. 162 p.: il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 35). Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategias_cuidado_pessoa_doenca_cronica_cab35.pdf . Acesso em: 29 nov. 2020.
  • BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Dez passos para uma alimentação adequada e saudável. Junho – SAS – 0215/2015 – Editora MS. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/dez_passos_alimentacao_adequada_saudavel_dobrado.pdf Acesso em: 29 nov. 2020.
  • CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução CFM Nº 2.131/2015. Brasília, 2015. Disponível em: https://sistemas.cfm.org.br/normas/visualizar/resolucoes/BR/2015/2131. Acesso em: 29 nov. 2020.
  • CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução CFM Nº 2.172/2017. Brasília, 2017. Disponível em: https://sistemas.cfm.org.br/normas/arquivos/resolucoes/BR/2017/2172_2017.pdf. Acesso em: 29 nov. 2020.
  • FRANTZIDES, Constantine T. et al. Obesidade em adultos. BMJ Publishing Group Ltd, 2020. Disponível em: https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/211/pdf/211/Obesidade%20em%20adultos.pdf. Acesso em: 29 nov. 2020.

Página gerada em 05/10/2025 15:05:36 (consulta levou 0.077797s)