Nome da Atividade
ATENÇÃO ÀS SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIA
CÓDIGO
07450047
Carga Horária
15 horas
Tipo de Atividade
DISCIPLINA
Periodicidade
Semestral
Modalidade
A DISTÂNCIA
Unidade responsável
CARGA HORÁRIA PRÁTICA
3
CARGA HORÁRIA TEÓRICA
9
CARGA HORÁRIA OBRIGATÓRIA
15
CARGA HORÁRIA EXERCÍCIOS
3

Ementa

Este módulo tem por finalidade fornecer subsídios para que o profissional estudante identifique situações de violência em âmbito individual, familiar, social/comunitário, bem como seus fatores de risco intrafamiliar e abordagem na APS e também comunitário. Este módulo aborda a violência como fenômeno complexo e de alta prevalência no Brasil. Tem como finalidade um convite à reflexão sobre sua prática e as possibilidades de atuar frente a esta problemática pouco visível no contexto de atuação dos profissionais de APS. Destacamos que o atendimento em rede de saúde pode ser a primeira oportunidade de revelação de situação de violência, e para isso, apresentamos as particularidades no atendimento à crianças e adolescentes, mulheres, homens e pessoas idosas. Apresentaremos o conceito e princípios da cultura da paz. O desafio desse módulo é que o profissional estudante reconheça a violência como questão de saúde e de sua competência, partindo do acolhimento, escuta, identificação, consulta e atuação em rede.

Objetivos

Objetivo Geral:

- Identificar situações de violência em âmbito individual, familiar, social/comunitário, bem como seus fatores de risco intrafamiliar e abordagem na APS e também comunitário.
- Abordar a violência como fenômeno complexo e de alta prevalência no Brasil.
- Refletir sobre a prática médica e as possibilidades de atuar frente a esta problemática pouco visível no contexto de atuação dos profissionais de APS.
- Apresentar as particularidades no atendimento à crianças e adolescentes, mulheres, homens e pessoas idosas e violência.
- Apresentar o conceito e princípios da cultura da paz.
- Reconhecer a violência como questão de saúde e de sua competência, partindo do acolhimento, escuta, identificação, consulta e atuação em rede.

Conteúdo Programático

UNIDADE 1. Violência e Atenção Primária à Saúde = 3 horas

1.1 Violência - breve contextualização

1.1.1 Definições de violência

1.1.2 Tipos de violência

1.2 Violência e saúde

1.2.1 A epidemiologia da violência

1.2.2 Os efeitos da violência na saúde dos sujeitos, suas famílias e na comunidade

1.2.3 A importância da Estratégia de Saúde da Família e da Atenção Primária à Saúde no cuidado às vítimas de violência

1.2.4. A consulta em uma situação de violência

1.2.3.1 Assistência humanizada

1.2.3.2 Importância da comunicação clínica efetiva


UNIDADE 2. Atenção à saúde das pessoas em situação de violência nas fases do curso de vida = 3 horas

2.1 Atenção à criança e adolescente em situação de violência (Breve contextualização, consequências, principais agressores)

2.1.1 Estratégias e desafios de identificação da violência

2.1.1.1 Indicadores de violência contra criança e adolescente(Sintomas, sinais corporais e comportamentais, hábitos, conduta dos responsáveis, sinais de negligência)

2.1.2 Atenção e abordagem de crianças e adolescentes em situação de violência

2.1.2.1 Acolhimento

2.1.2.2 Plano terapêutico: exames, notificação e construção de fluxo de cuidado.

2.1.2.3 Critérios de encaminhamento aos outros níveis de atenção.

2.1.2.4 Aspectos éticos e legais

2.2 Atenção à mulheres e homens em situação de violência (Breve contextualização, identificar os tipos de violência mais prevalentes com mulheres e homens e os principais agressores)

2.2.1 Estratégias e desafios na identificação da violência

2.2.1.1 Indicadores de violência contra mulheres e homens (pontos importantes para se observar na anamnese, sinais de alerta clínicos, psicossomáticos e sociais)

2.2.2 Atenção e abordagem à mulheres e homens em situação de violência

2.2.2.1 Acolhimento

2.2.2.2 Plano terapêutico: exames, notificação e construção de fluxo de cuidado.

2.2.2.3 Critérios de encaminhamento aos outros níveis de atenção.

2.2.2.4 Aspectos éticos e legais

2.3 Atenção a pessoas idosas em situação de violência (breve contextualização sobre violência contra idoso, destacar as consequências, identificar os principais agressores)

2.3.1 Estratégias e desafios na identificação da violência

2.3.1.1 Indicadores de violência contra idoso

2.3.2 Atenção e abordagem de pessoas idosas em situação de violência

2.1.2.1 Acolhimento

2.1.2.2 Plano terapêutico: exames, notificação e construção de fluxo de cuidado.

2.1.2.3 Critérios de encaminhamento aos outros níveis de atenção.

2.1.2.4 Aspectos éticos e legais


UNIDADE 3. Redes de atenção a violência = 3 horas

3.1 Redes de enfrentamento à violência

3.1.1 Conhecendo os componentes da rede de atenção às pessoas em situação de violência

3.1.1.1 Serviços Intrassetoriais

3.1.1.2 Serviços Intersetoriais

3.2 A importância e as estratégias do cuidado ao agressor

3.3 Prevenção da violência

3.4 Promoção da cultura de paz


Atividade de Desafio Prático de Trabalho = 3 horas

Fórum do Módulo = 2 horas

Prova online e Prova Presencial Digital = 1 horas

Bibliografia

Bibliografia Básica:

  • 1. GUSSO, Gustavo; LOPES, José MC, DIAS, Lêda C, organizadores. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: ARTMED, 2019, 2388 p.
  • 2. BRASIL. Ministério da Saúde. Violência intrafamiliar: orientações para prática em serviço. Brasília: Ministério da Saúde, 2002.
  • 3. BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: princípios e diretrizes. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
  • 4. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria 528 de 01 de abril de 2013. Define regras para habilitação e funcionamento dos serviços especializados de atenção integral a pessoas em situação de violência sexual no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União. Brasília, DF, 02 abr. 2013.
  • 5. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e suas famílias em situação de violências: orientação para gestores e profissionais de saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2010.
  • 6. BRASIL. Portaria GM/MS nº 936, de 18 de maio de 2004. Dispõe sobre a Estruturação da Rede Nacional de Prevenção da Violência e Promoção da Saúde e a Implantação e Implementação de Núcleos de Prevenção à Violência em Estados e Municípios. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 19 maio 2004.
  • 7. CARREIRA, D.; PANDJIARJIAN, V. Vem pra roda! Vem pra Rede! Guia de apoio à construção de redes de serviços para o enfrentamento da violência contra a mulher. São Paulo, SP: Rede Mulher de Educação,2003.
  • 8. CHAUÍ, M. Participando do debate sobre mulher e violência. In: FRANCHETTO, B.; CAVALCANTI, M. L.V.C.; HEILBORN, M.L. (Orgs.). Perspectivas antropológicas da mulher. Rio de Janeiro: Zahar, 1984. v.4. p.23-62.
  • 9. FERRANTE, F.G.; SANTOS, M.A.; VIEIRA, E.M. Violence against women: perceptions of medical doctors from primary healthcare units in the city of Ribeirão Preto, São Paulo. Interface - Comunic., Saúde, Educ., v.13, n.31, p.287-99, out./dez. 2009.
  • 10. GUSSO, Gustavo; LOPES, José MC, DIAS, Lêda C, organizadores. Tratado de Me
  • 11. KRUG, E. G. et al. Lozano R. Relatório mundial sobre violência e saúde. Geneva: World Health Organization, 2002. p. 380.
  • 12. SCHRAIBER, L.B. et al. Violência contra a mulher: estudo em unidade de Atenção primária à saúde. Rev. Saúde Pública, v.36, n.4, p.470-7, 2002.
  • 13. SCHRAIBER, L.B.; D´OLIVEIRA, A.F.P. L. O que devem saber os profissionais de saúde para promover os direitos e a saúde as mulheres em situação de violência doméstica. São Paulo, SP: Faculdade de Medicina USP: Departamento de Medicina Preventiva, 2003.
  • 14. SILVA, T.C. Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. Brasília, DF: Presidência da República, 2011. (Coleção Enfrentamento à Violência contra as mulheres).

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