Nome da Atividade
ESTUDOS ANTROPO DE GÊNERO E TEORIA FEMINISTA
CÓDIGO
1670058
Carga Horária
68 horas
Tipo de Atividade
DISCIPLINA
Periodicidade
Semestral
Unidade responsável
CARGA HORÁRIA TEÓRICA
4
FREQUÊNCIA APROVAÇÃO
75%
CARGA HORÁRIA OBRIGATÓRIA
4
CRÉDITOS
4

Ementa

Esta disciplina visa realizar um diálogo entre as abordagens antropológicas
do gênero e a antropologia feminista. Introduzirá a trajetória dos estudos
antropológicos de gênero e da antropologia feminista a partir dos anos 70.
Abordará o gênero não apenas como um objeto da investigação
antropológica, mas como um paradigma de análise. Serão estudados temas
centrais como: natureza e cultura; corpo e saúde; raça, classe e geração;
gênero, poder e masculinidades; sexualidade e etnicidade.

Objetivos

Objetivo Geral:

Adquirir uma visão histórica e conjuntural das abordagens antropológicas
sobre o gênero enquanto categoria social de diferenciação através da
análise das principais correntes teóricas, problemáticas e metodologias de
investigação.

Conteúdo Programático

1. Diferentes abordagens das teorias feministas e diálogos com a
antropologia.
2. Origens da discussão a respeito da antropologia da mulher e dos papéis
sexuais.
3. O debate natureza/cultura como paradigma da diferença.
4. O desenvolvimento dos estudos sobre gênero: sociedade civil,
movimentos feministas e antropologia.
5. Sexualidade nos estudos antropológicos.
6. Desnaturalização das diferenças corporais.
7. O gênero como categoria de diferenciação social.
8. Gênero, trabalho e educação.
9. Gênero, etnia e poder.
10. Gênero, violências e emoção.
11. Gênero nas concepções de corpo e de saúde

Bibliografia

Bibliografia Básica:

  • ALMEIDA, Miguel Vale de. Senhores de si: uma interpretação antropológica da masculinidade. Lisboa: Fim de Século, 1995.
  • BUTLER, Judith. Inscrições corporais, subversões performativas. In: Problemas de Gênero. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
  • CARNEIRO, Sueli. Gênero e raça. in BRUSCHINI, Cristina; UNBEHAUM, Sandra G. (orgs). Gênero, democracia e sociedade brasileira. São Paulo: Fundação Carlos Chagas; Editora 34, 2002.
  • KOFES, Suely. Mulher, mulheres: identidade, diferença e desigualdade na relação entre patroas e empregadas. Campinas: Editora da Unicamp, 2001.
  • CORREA, Marisa. Antropólogas e Antropologia. 1. ed. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2003.
  • COSTA, Claudia de Lima. O sujeito no feminismo: revisitando os debates. Cadernos Pagu, n.19. Campinas, 2002.
  • FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade I. Rio de Janeiro: Graal, 2005.
  • FRANCHETTO, Bruna, CAVALCANTI, Maria Laura V. C.; HEILBORN, Maria Luiza. Antropologia e feminismo. Perspectivas Antropológicas da Mulher 1. Rio de Janeiro: Zahar, 1981.
  • GROSSI, Miriam; PEDRO, Joana (orgs.). Masculino, feminino, plural. Florianópolis: Editora Mulheres, 1998.
  • HOLLANDA, Heloisa Buarque de (org.). Tendências e Impasses: o feminismo como critica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.
  • LAGARDE, Marcela. Los cautiverios de las mujeres: de madresposas, monjas, presas, putas y locas. México: UNAM, 1997.
  • LEAL, Ondina Fachel (org.). Corpo e significado: ensaios de Antropologia Social. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1995.
  • MEAD, Margareth. Sexo e temperamento. São Paulo: Perspectiva, 1988.
  • PISCITELLI, Adriana. Nas fronteiras do natural: gênero e parentesco. Estudos Feministas, vol.6, n.2. Florianópolis, 1998.
  • ROSALDO, Michelle; LAMPHERE, Louise. A mulher, a cultura e a sociedade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
  • SANTIN, Myriam Aldana (org.). Revista Grifos, v. 16 (Dossiê Gênero e Cidadania). Chapecó: Argos, 2004.
  • SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação e Realidade, v.16, n.2. Porto Alegre, 1990.
  • SOUZA-LOBO, Elisabeth. O gênero da representação: movimento de mulheres e representação politica no Brasil (1980-1990). Revista Brasileira de Ciências Sociais, n.17, ano 6. São Paulo, 1991.
  • STRATHERN, Marilyn. O gênero da dádiva. Campinas: Editora da Unicamp, 2006.

Bibliografia Complementar:

  • ALMEIDA, Miguel Vale de. Gênero, masculinidade e poder: revendo um caso do Sul de Portugal. Anuário Antropológico 95. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1996.
  • CASTRO, Eduardo Viveiros de. “A relação apihi-pihã: fintando a afinidade”. In: Araweté: os deuses canibais. Rio de Janeiro: Zahar, 1986.
  • CHODOROW, Nancy. Psicanálise da maternidade. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1980.
  • FONSECA, Claudia. Cavalo amarrado também pasta: honra e humor em um grupo popular brasileiro. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 6, n. 15. São Paulo, 1991.
  • GOLDBERG, Anette. Tudo começou antes de 1975: idéias inspiradas pelo estudo da gestação de um feminismo 'bom para o Brasil'. In: Relações Sociais de Gênero X Relações de Sexo. São Paulo: Nucleo de Estudos da Mulher e Relações Sociais de Gênero (USP), 1989.
  • GREGORI, Maria Filomena. Cenas e queixas: mulheres e relações violentas. Rio de Janeiro: Paz e Terra; São Paulo: ANPOCS, 1993.
  • LAQUEUR, Thomas W. Inventando o sexo: corpo e gênero, dos gregos a Freud. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2001.
  • MALINOWSKI, Bronislaw. A vida sexual dos selvagens. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1983.
  • MALUF, Sônia Weidner. Políticas e teorias do sujeito no feminismo contemporâneo. In: KAMITA, Rosana; SILVA, Cristiane Bereta da; ASSIS, Gláucia de Oliveira (orgs.) Gênero em movimento: novos olhares, muitos lugares. Florianópolis: Editora Mulheres, 2007, volume 1.
  • NICHOLSON, Linda. Interpretando o gênero. Estudos Feministas. v. 11, n.2. Florianópolis, 2000.
  • ROHDEN, Fabíola. A questão da diferença entre os sexos: redefinições noséculo XIX. In: Uma ciência da diferença. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2001.
  • ROSALDO, Michelle. O uso e o abuso da Antropologia: reflexões sobre o feminismo e o entendimento intercultural. Horizontes Antropológicos, ano 1, n. 1. Porto Alegre, 1995.
  • RUBIN, Gayle. O trafico de mulheres: notas sobre a “economia politica” do sexo. Recife: SOS Corpo, março de 1993. (Documento mimeografado).
  • SCOTT, Joan. O enigma da igualdade. Estudos Feministas, v.13, n.1. Florianópolis, 2005.
  • SOUZA-LOBO, Elisabeth. A classe operária tem dois sexos. São Paulo: Brasiliense, 1991.
  • UZIEL, Anna Paula; MELLO, Luiz. Conjugalidades, parentalidades e identidades lésbicas, gays e travestis. Rio de Janeiro: Garamond, 2007.
  • VANCE, Carole. A Antropologia redescobre a sexualidade: um comentário teórico. Physis – Revista de Saúde Coletiva, v. 5, n.1. Rio de Janeiro, 1995.

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