Nome da Atividade
ANTROPOLOGIA E ARQUEOLOGIA DO COLONIALISMO
CÓDIGO
1678120
Carga Horária
51 horas
Tipo de Atividade
DISCIPLINA
Periodicidade
Semestral
Unidade responsável
CARGA HORÁRIA TEÓRICA
2
CARGA HORÁRIA PRÁTICA
1
FREQUÊNCIA APROVAÇÃO
75%
CARGA HORÁRIA OBRIGATÓRIA
3
CRÉDITOS
3

Ementa

Origens e desenvolvimento da antropologia e da arqueologia do colonialismo. Os contatos interétnicos e o colonialismo como objeto de investigação científica e como conceitos subjacentes à própria conformação dos campos da antropologia e da arqueologia. Colonialismo global, movimentos indígenas, feminismo e vozes de sujeitos coloniais. Contato, etnicidade, territorialização e novas modalidades de colonialismo. Saberes administrativos, processos políticos, poder e produção de laudos antropológicos e arqueológicos. Descolonização de saberes e (re) aproximação dos campos da antropologia e da arqueologia no Brasil: arqueologia colaborativa, arqueologia indígena, etnoarqueologia e etno-história como história indígena.

Objetivos

Objetivo Geral:

Estudar as origens e desenvolvimento da antropologia e da arqueologia do colonialismo.

Conteúdo Programático


1.Compreendendo a antropologia e a arqueologia do colonialismo.

2.Contatos interétnicos, situação colonial e colonialismo interno.

3.Encontro colonial e vozes de sujeitos coloniais.

4.Colonialismo global, movimentos indígenas e feminismo

5.Etnicidade, territorialização e novas modalidades de colonialismo.

6.Descolonização de saberes e a pluralização de tradições antropológicas e arqueológicas.

7.Indigenismo, saberes administrativos e processos políticos.

8.Poder e produção de laudos antropológicos e arqueológicos.

9.A (re) aproximação dos campos da antropologia e da arqueologia no Brasil.

10.Arqueologia colaborativa, arqueologia indígena, etnoarqueologia e etno-história como história indígena.

Bibliografia

Bibliografia Básica:

  • ASAD, Talal. 1993. Genealogies of religion. Discipline and reasons of power in Christianity and Islam. Baltimore/London, The Johns Hopkins University Press. ATALAY, Sonya. 2006. Indigenous Archaeology as Decolonizing Practice. The American Indian Quarterly, 30(3-4): 280-310. BABHA, Homi K. 2007. O local da cultura. Tradução de Myriam Ávila et al. 4ª reimp. Belo Horizonte, Editora UFMG. BALANDIER, Georges. 1993 [1951]. A noção de situação colonial. Tradução de Nicolás Nyimi Campanário. Revisão de Paula Monteiro. Cadernos de Campo, São Paulo, 3:107-131. BALÉE, William. 2009. The four-field model of Anthropology in the United States. Amazônica, Revista de Antropologia, Belém, 1 (1): 28-53. BARLOW, Tani E. 2005. Eugenic woman, semicolonialism, and colonial modernity as problems for postcolonial theory. In: LOOMBA, Ania et al. (ed.). Postcolonial studies and beyond. Durham/London, Duke University Press, pp.359-384. BEZERRA, Márcia. 2008. Bicho de Nove Cabeças: os cursos de graduação e a formação de arqueólogos no Brasil. Revista de Arqueologia, São Paulo, 21 (2): 139-154. CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto. 1978. A sociologia do Brasil indígena. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro; Brasília, Editora UnB. COOPER, Frederick. 2005. Postcolonial studies and the study of history. In: LOOMBA, Ania et al. (ed.). Postcolonial studies and beyond. Durham/London, Duke University Press, pp.401-422. DÁVALOS, Pablo. 2005. Movimientos indígenas en América Latina: el derecho a la palabra. In: DÁVALOS, Pablo (comp.). Pueblos indígenas, Estado y democracia. Buenos Aires, CLACSO, pp.17-33. DAVID, Nicholas & KRAMER, Carol. 2001. Ethnoarchaeology in Action. Cambridge, Cambridge University Press. DAVID, Nicholas. 2002. Teorizando a Etnoarqueologia e analogia. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, 8(18): 13-60.
  • DIETLER, Michael. 2005. The Archaeology of Colonization and the Colonization of Archaeology: Theoretical Challenges from an Ancient Mediterranean Colonial Encounter. In: STEIN, Gil (ed.). The Archaeology of Colonial Encounters. Santa Fe, School of American Reseach, pp.33-68. EREMITES DE OLIVEIRA, Jorge & PEREIRA, Levi M. 2010. Reconhecimento de territórios indígenas e quilombolas em Mato Grosso do Sul: desafios para a antropologia social e a arqueologia em ambientes colonialistas. In: AGUIAR, Rodrigo Luiz S. et al. (org.). Arqueologia, Etnologia e Etno-história em Iberoamérica: fronteiras, cosmologia e antropologia em aplicação. Dourados, Editora UFGD, pp. 185-208. FANON, Frantz. 1968. Os condenados da terra. Prefácio de Jean-Paul Sartre. Tradução de Laurênio de Melo. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira. FERREIRA, Lucio M. & NOELLI, Francisco S. 2007. A persistência da teoria da degeneração e do colonialismo nos fundamentos da Arqueologia Brasileira. História, Ciências, Saúde –Manguinhos, Rio de Janeiro, 14: 1239-1264. FERREIRA, Lucio M. 2010. Arqueología comunitaria, arqueología de contrato y educación patrimonial en Brasil. Jangwa Pana: Revista del Programa de Antropología de la Universidad del Magdalena, Santa Marta (Colombia), 9: 95-102. GONZÁLEZ CASANOVA, Pablo. 2002. Exploração, colonialismo e luta pela democracia na América Latina. Tradução de Ana Carla Lacerda. Introdução de Marcos Roitman Rosenmann. Petrópolis, Vozes; Rio de Janeiro, LPP; Buenos Aires, CLACSO. GONZÁLEZ CASANOVA, Pablo. 2006. Colonialismo interno (uma redefinição). In: BORON, Atilio A. et al. (org.). A teoria marxista hoje: problemas e perspectivas. Buenos Aires, CLACSO, pp. 395-419. GONZÁLEZ RUIBAL, Alfredo. 2003. La experiencia del otro. Una introducción a la etnoarqueología. Madrid, Akal Ediciones. GOULD, Richard A. (ed.). 1978. Explorations in Ethnoarchaeology. Albuquerque, University of New Mexico Press.
  • HALL, Stuart. 2009. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Organização de Liv Sovik. Tradução de Adelaine La Guardia Resende et al. Belo Horizonte, Editora UFMG. JONES, Siân. 1997. The Archaeology of Ethnicity. Constructing identities in the past and present. New York, Routledge. KRAMER, Carol. 1979. Introduction. In: KRAMER, Carol. (ed.). Ethnoarchaeology: Implications of Ethnography for Archaeology. New York, Columbia University, pp. 1-20. LEITE, Ilka Boaventura. 2005. (org.). Laudos periciais antropológicos em debate. Florianópolis, Nuer/ABA. LYONS, Claire & PAPADOPOULOS, John K. 2001. Archaeology and Colonialism. In: LYONS, Claire & PAPADOPOULOS, John K. (ed.). The Archaeology of Colonialism. Los Angeles, Getty Research Institute, pp.1-23. OBEYESEKERE, Gananath. 1997. The Apotheosis of Captain Cook. European Mythmaking in the Pacific. Princeton, Princeton University Press. PACHECO DE OLIVEIRA, 1998. “Uma etnologia dos ‘índios misturados’? Situação colonial, territorialização e fluxos culturais”. Mana, Rio de Janeiro, 4(1):47-77. PACHECO DE OLIVEIRA, João. 1988. “O Nosso Governo”: os Ticuna e o Regime Tutelar. São Paulo, Marco Zero/MCT-CNPq. PACHECO DE OLIVEIRA, João. 2006. “Una etnografía de las tierras indígenas: procedimientos administrativos y procesos políticos”. In: PACHECO DE OLIVEIRA, João (comp.). Hacia uma Antropologia del Indigenismo. Rio de Janeiro, Contra Capa; Lima, Centro Amazónico de Antropología y Aplicación Práctica, pp.15-49. PALACIOS, Paulina. 2005. “Construyendo la diferencia en diferencia: mujeres indígenas y democracia plurinacional”. In: DÁVALOS, Pablo (comp.). Pueblos indígenas, Estado y democracia. Buenos Aires, CLACSO, pp.311-339. PELS, Peter. 1997. “The anthropology of colonialism: culture, history, and the emergence of Western Governmentality”. Annual Reviews of Anthropology, Palo Alto, 26:163-183.
  • SAID, Edward W. 2007. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. Tradução de Rosaura Eichenberg. São Paulo, Companhia de Bolso. SCOTT, David. 2005. “The social construction of postcolonial studies”. In: LOOMBA, Ania et al. (ed.). Postcolonial studies and beyond. Durham/London, Duke University Press, pp.385-400. SCOTT, James C. 1990. Domination and arts of resistence. Hidden transcripts. New Haven/London, Yale University Press. SILVA, Fabíola A. 2009. Etnoarqueologia: uma perspectiva arqueológica para o estudo da cultura material. Métis: História & Cultura, Caxias do Sul, 8: 121-139. SILVA, Fabíola A.; BESPALEZ, Eduardo & STUCHI, Francisco F. 2011. Arqueologia colaborativa na Amazônia: Terra Indígena Koatinemu, Rio Xingu, Pará. Amazônica. Revista de Antropologia, Belém, 3: 32-59. SILVA, Fabíola A.; BESPALEZ, Eduardo; STUCHI, Francisco F. & PONGET, F. C. 2007. Arqueologia, Etnoarqueologia e História Indígena – um estudo sobre a ocupação indígena em territórios do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul: a terra indígena Kayabi e a aldeia Lalima. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 17: 509-514. SILVERMAN, Sydel. 2005. “The United States”. In: BARTH, Fredrik et al. (org.). One discipline, four ways: British, German, French, and American Anthropology. With a foreword by Chris Hann. Chicago, The University of Chicago Press, pp. 255-347. SMITH, Linda Tuhiwai. 2005. Descolonizing methodologies: research and indigenous peoples. 8ª imp. London, Zed Books Ltd; Dunedin, University of Otago Press. SOUZA LIMA, Antonio Carlos de. 2006. El indigenismo en Brasil: migración y reapropriaciónes de un saber administrativo. In: PACHECO DE OLIVEIRA, João (comp.). Hacia uma Antropologia del Indigenismo. Rio de Janeiro, Contra Capa; Lima, Centro Amazónico de Antropología y Aplicación Práctica, pp.97-125. SPIVAK, Gayatri Chakravorty. 2003. ¿Puede hablar el subalterno? Nota Introductoria de Santiago Giraldo. Revista Colombiana de Antropología, Caracas, 39: 297-364.
  • STOLER, Ann Laura. 1995. Rethinking colonial categories: European communities and the boundaries of rule. In: DIRKS, Nicholas B. (ed.). Colonialism and culture. Ann Arbor, The University of Michigan Press, pp.319-352.

Bibliografia Complementar:

  • EREMITES DE OLIVEIRA, Jorge & PEREIRA, Levi Marques. 2012. Terra Indígena Buriti: perícia antropológica, arqueológica e histórica sobre uma terra terena na Serra de Maracaju, Mato Grosso do Sul. Dourados, Editora UFGD. EREMITES DE OLIVEIRA, Jorge. 2007. Cultura material e identidade étnica na arqueologia brasileira: um estudo por ocasião da discussão sobre a tradicionalidade da ocupação Kaiowá da Terra Indígena Sucuri’y. Cultura e sociedade, Goiânia, 10(1): 95-113. EREMITES DE OLIVEIRA, Jorge. 2012. A história indígena no Brasil e em Mato Grosso do Sul. Espaço Ameríndio, Porto Alegre, 6: 178-218. FABIAN, Johannes. 1991. Time and the work in Anthropology: critical essays 1971-1991. Chur (Switzerland), Harwood Academic Publishers GmbH. FABIAN, Johannes. 2001. Anthropology with an attitude. Critical essays. Stanford, Stanfor University Press. FABIAN, Johannes. 2002. Time and the other. How anthropology makes its objects. New York, Columbia University Press. PACHECO DE OLIVEIRA, João. 2004. Pluralizando tradições etnográficas: sobre um certo mal estar na antropologia. In: LANDDON, Esther Jean & GARNELO, Luiza (Org.). Saúde dos povos indígenas: reflexões sobre antropologia participativa. Rio de Janeiro, Contra Capa Livraria/ABA, pp. 9-32. PELS, Peter. 2008. “What has anthropology learned from the anthropology of colonialism”. Social Anthropology, London, 16(3): 280-290. ROGERS, J. Daniel. 2005. Archaeology and the Interpretation of Colonial Encounters. In: STEIN, Gil (ed.). The Archaeology of Colonial Encounters. Santa Fe, School of American Reseach, pp.331-354.

Página gerada em 19/04/2024 01:42:31 (consulta levou 0.178345s)