Nome da Atividade
S.A.: IDENTIDADE SINGULAR-PLURAL EM MARIE-CHRISTINE JOSSO E IDENTIDADE NARRATIVA EM PAUL RICOEUR
CÓDIGO
17360199
Carga Horária
68 horas
Tipo de Atividade
DISCIPLINA
Periodicidade
Semestral
Modalidade
SEMIPRESENCIAL
Unidade responsável
CARGA HORÁRIA TEÓRICA
3
CARGA HORÁRIA PRÁTICA
1
FREQUÊNCIA APROVAÇÃO
75%
CARGA HORÁRIA OBRIGATÓRIA
4
CRÉDITOS
4
Ementa
A disciplina objetiva o desenvolvimento de um estudo e reflexão crítica de conceitos do Paradigma da Identidade Evolutiva Singular Plural, de Marie-Christine Josso em diálogo com a hermenêutica da identidade do si-mesmo como um outro, elemento compreenivo da identidade narrativa, em Paul Ricoeur, mediante o aporte em narrativas (auto)biográficas, auscultando novas possibilidades de criação de temposespaços reflexivos sobre as mudanças inevitáveis que estão se constituindo neste período de incertezas à procura de um futuro sustentável voltado aos sentidos da sobrevivência da vida biológica e ambiental, sociocultural, econômica e espiritual para as pessoas. A invenção de si é conceito estruturante do Paradigma da Existencialidade Singular-Plural Evolutiva, resultante da unificação do Paradigma do Singular-Plural e do Paradigma do Experiencial. Esse paradigma é entendido pela autora em uma perspectiva transdisciplinar, considerando o sujeito (auto)biográfico na globalidade da própria história, por isso a invenção de si dá-se informada por vivências que, narradas reflexivamente, se transmutam em experiências formadoras no tempo na/da existencialidade evolutiva singular-plural desse sujeito. A invenção de si, nessa acepção, evidencia, segundo Josso, uma identidade epistemológica, advinda da presença consciente de si, dos outros e do ambiente humano e natural, constituindo-se em uma identidade epistemológica multifacetária, integrada e integradora de diversas evidências do ser (auto)biográfico. É essa identidade epistemológica multifacetária – consciente da consciência de si, dos outros e do ambiente humano e natural que propicia a conceptualização jossoniana de identidade evolutiva singular-plural. Em decorrência, a identidade evolutiva singular-plural vai abrigar os conceitos de identidade para si e identidade para o outro. Esses conceitos ficam opercionalizados nos Seminários de Pesquisa-Formação, por Josso, desenvolvidos na Univerdidade de Genebra, modus operandi que utilizaremos com os participantes dessa disciplina para vivencia-los na prática, integrandos os conceitos jossonianos com os conceitos ricoeurianos, trabalhados a seguir.
Em lógica que também trata de cosnstrução identitária, Ricoeur considera a identidade pessoal como mesmidade, fruto da dialética entre identidade-idem e identidade-ipse referente à permanência no tempo – mas não estáticos – de traços pessoais físicos bem como de características de caráter, para além, portanto, da identidade do eu, desde que, para Ricoeur falar do eu é diferente de falar do si, sujeito da categoria gramatical reflexiva si (si mesmo). Mediante uma dialética complementar à anterior – a do si constituído na alteridade – Ricoeur nos oferece o conceito de identidade narrativa, aquela que se constitui narrativamente entre identidade-ipse e o outro que não o si. A dimensão conceitual da alteridade, como constitutiva da identidade narrativa, nos leva a considerar a dimensão ética do reconhecimento do outro conducente à solicitude como componente sine qua non da alteridade do si mesmo como um outro e sua reversibilidade. A hermenêutica da identidade do si-mesmo como um outro entendida na reversibilidade, acrescida pela solicitude na mutualidade, inspirada na perspectiva ética, nos faz perceber, em Ricoeur, a visada da “perspectiva da ‘vida boa’ com e para outros nas instituições justas”. O bem-viver, a vida boa segundo Ricoeur, implica o sentido de justiça, para além das relações interpessoais, na visada de instituições da sociedade, que operem com o constructo igualdade, o que reflete, ao colocar a norma moral na sequência da perspectiva ética, em uma determinação nova do si: a de cada um o seu direito.
A proposta da disciplina é a de ativar a compreensão dos doutorandos referente à potência dessas duas hermenêuticas em diálogo – jossoniana e ricoeuriana – para o entendimento de possibilidades formativas em alteridade do sujeito da formação continuada nesses tempos tão incertos.
Em lógica que também trata de cosnstrução identitária, Ricoeur considera a identidade pessoal como mesmidade, fruto da dialética entre identidade-idem e identidade-ipse referente à permanência no tempo – mas não estáticos – de traços pessoais físicos bem como de características de caráter, para além, portanto, da identidade do eu, desde que, para Ricoeur falar do eu é diferente de falar do si, sujeito da categoria gramatical reflexiva si (si mesmo). Mediante uma dialética complementar à anterior – a do si constituído na alteridade – Ricoeur nos oferece o conceito de identidade narrativa, aquela que se constitui narrativamente entre identidade-ipse e o outro que não o si. A dimensão conceitual da alteridade, como constitutiva da identidade narrativa, nos leva a considerar a dimensão ética do reconhecimento do outro conducente à solicitude como componente sine qua non da alteridade do si mesmo como um outro e sua reversibilidade. A hermenêutica da identidade do si-mesmo como um outro entendida na reversibilidade, acrescida pela solicitude na mutualidade, inspirada na perspectiva ética, nos faz perceber, em Ricoeur, a visada da “perspectiva da ‘vida boa’ com e para outros nas instituições justas”. O bem-viver, a vida boa segundo Ricoeur, implica o sentido de justiça, para além das relações interpessoais, na visada de instituições da sociedade, que operem com o constructo igualdade, o que reflete, ao colocar a norma moral na sequência da perspectiva ética, em uma determinação nova do si: a de cada um o seu direito.
A proposta da disciplina é a de ativar a compreensão dos doutorandos referente à potência dessas duas hermenêuticas em diálogo – jossoniana e ricoeuriana – para o entendimento de possibilidades formativas em alteridade do sujeito da formação continuada nesses tempos tão incertos.
Objetivos
Conteúdo Programático
Bibliografia
Turmas Ofertadas
Turma | Período | Vagas | Matriculados | Curso / Horários | Professores | ||||||
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01 | 2025 / 1 | 7 | 7 |
Educação (Doutorado) Educação (Mestrado acadêmico) Horários
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Maria Helena Menna Barreto Abrahão Professor responsável pela turma |