Nome do Projeto
Avaliação do uso de Plinia cauliflora em bactérias causadoras de mastite
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
15/10/2025 - 15/10/2027
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
A mastite é a principal enfermidade das vacas leiteiras. É causada principalmente por agentes bacterianos. Será avaliada a ação bactericida de extrato da flor e da casca da jabuticabeira (Plinia claudiflora) sobre bactérias causadoras de mastite. Os extratos serão avaliados quanto a sua ação inibitória em diferentes concentrações sobre o crescimento bacteriano em meio de cultivo líquido. Os isolados bacterianos selecionados serão testadas em duplicata. A análise dos resultados será expressa em inibição ou não inibição conforme a diluição do extrato puro.

Objetivo Geral

Avaliar se o extrato de flores e decocto da casca da fruta da jabuticaba (Plinia cauliflora) tem efeito bactericida em bactérias causadoras de mastite.

Justificativa

Considerando o aumento da resistência aos antimicrobianos convencionais, espera-se que os resultados evidenciem a eficácia dos compostos naturais da jabuticaba como agentes inibidores do crescimento bacteriano.
A utilização de recursos fitoterápicos regionais representa uma estratégia promissora para o controle de infecções em animais de produção, com reflexos positivos na saúde coletiva ao reduzir o uso indiscriminado de antibióticos, minimizar os riscos de resistência microbiana fortalecendo práticas sustentáveis que beneficiam tanto os profissionais da cadeia produtiva quanto os consumidores finais.

Metodologia

Amostras
Bactérias
As amostras bacterianas a serem testadas foram isoladas e identificadas
a partir do leite de tanques refrigeradores de leite em propriedades leiteiras de
municípios localizados na região sul do Estado do Rio Grande do Sul.
Serão avaliadas a capacidade bactericida do decocto e do extrato de:
- 10 cepas de Staphylococcus aureus.
- 10 cepas de Streptococcus agalactiae.
- 10 cepas de enterococcus faecalis.
- 10 cepas de Escherichia coli.
Preparo dos extratos alcoólico das cascas e da flor da jabuticaba
As flores e as cascas dos frutos serão secas em ambiente arejado, protegido da luz solar direta. Após a secagem, será realizada a extração alcoólica por meio da imersão do material vegetal em solução de álcool de cereais a 70%, na proporção de 1 parte de planta para 10 partes de álcool. A mistura será mantida sob temperatura controlada de 37 °C por um período de 15 a 20 dias. Decorrido esse tempo, a amostra será submetida à rotaevaporação para remoção do álcool, obtendo-se um concentrado (BRASIL, 2024). Este será acondicionado em frasco previamente autoclavado e armazenado sob refrigeração.
Preparo do decocto das cascas dos frutos das jabuticabas
As cascas de jabuticaba serão inicialmente submetidas à secagem em ambiente ventilado, protegido da luz solar direta. Após a secagem, se realizará a maceração em partículas pequenas. Para o preparo do decocto, será
utilizado a proporção de 10 g da casca da fruta macerada para 100 mL de água destilada. Essa solução será fervida por 20 minutos. Após esse período, o líquido deverá ser resfriado em temperatura ambiente. O conteúdo resfriado deve ser filtrado com gaze estéril e transferido para frascos estéreis previamente preparados. Por fim, o volume original deverá ser completado com água destilada estéril, assegurando a padronização da solução. (Hospital das forças armadas, 2022).
Preparo das suspensões bacterianas
As cepas a serem testadas, armazenadas sob temperatura inferior a -10ºC serão semeadas em meio de cultura Agar Sangue e incubadas em estufa bacteriológica a 37ºC.
Após 24 horas estas colônias serão adicionadas em tubos estéreis com água destilada estéril, na concentração 0,5 da escala de Mc Farland, corresponde a uma suspensão de turbidez que equivale a aproximadamente 1,5 x 10⁸ células bacterianas por mililitro de suspensão.
Testes da CIM dos extratos da flor e das cascas dos frutos das jabuticabas
Para determinar o efeito antimicrobiano dos extratos, estes serão diluídos sucessivamente em tubos contendo água destilada estéril em diferentes concentrações: 50%, 25%, 12,5%, 6,25%, 3,12%, 1,56%, 0,78% e 0,39%. Para o crescimento bacteriano, será preparado o caldo BHI duplo.
Culturas puras de bactérias, previamente cultivadas em Ágar sangue, serão diluídas em água destilada estéril até atingirem turbidez equivalente a 0,5 na escala de McFarland. Todas as cepas bacterianas serão testadas em duplicata.
Em microplacas de poliestireno, serão adicionados 100 μL de BHI duplo, 100 μL dos extratos vegetais nas diferentes concentrações e 10 μL da suspensão bacteriana. Cada microplaca conterá cinco cepas bacterianas distintas para a determinação da concentração inibitória mínima (CIM).
As microplacas serão incubadas por 24 e 48 horas. Após cada período, as alíquotas das amostras serão repicadas em Ágar sangue para verificação da CIM, observando-se a presença ou ausência de crescimento bacteriano. (Karlowsky et al., Richter, 2015). Testes da CIM do decocto das cascas dos frutos das jabuticabas
Para a determinação da atividade antimicrobiana do decocto da casca de jabuticaba, será utilizado o meio de cultura Mueller Hinton Ágar (MHA) em duplicata. O decocto será incorporado ao meio de cultura em diferentes concentrações, na proporção de 1:1 (50% do decocto e 50% do meio MHA). Após a homogeneização, a mistura será vertida em placas de Petri previamente identificadas com as respectivas concentrações do extrato: 50%, 25%, 12,5%, 6,25%, 3,12%, 1,56%, 0,78% e 0,39%.
Para o preparo das amostras bacterianas, estas serão inicialmente cultivadas em Ágar Sangue. Após o crescimento, as colônias serão diluídas em
água destilada estéril até atingirem turbidez equivalente ao padrão 0,5 da escala de McFarland, garantindo uniformidade na inoculação.
A inoculação nos meios contendo o extrato será realizada por pipetagem, utilizando 10 μL da suspensão bacteriana para cada placa. As placas serão então incubadas em estufa a uma temperatura de 37ºC por um período de 24 horas. Após esse intervalo, será realizada a avaliação do crescimento bacteriano, com nova verificação após 48 horas para confirmação dos resultados.(Karlowsky et al., Richter, 2015).

Indicadores, Metas e Resultados

Espera-se que os extratos de jabuticaba tenham ação inibitória sobre bactérias causadoras de mastite.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
GABRIEL DA SILVA ZANI
GABRIELA CAROLINE DUARTE
JOAO LUIZ ZANI8
VIVIANE ULGUIM MORALES

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