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01/03/2024 - 06/03/2026

Ciências Agrárias

Doenças que afetam o sistema nervoso central ou que causem sinais clínicos neurológicos são frequentemente diagnosticadas em bovinos no Rio Grande do Sul (RIET-CORREA et al. 1998, SANCHES et al. 2000) tratando-se de enfermidades economicamente relevantes, de elevada mortalidade (SOUZA, et.al., 2023). Dentre essas doenças, podemos citar a raiva e a listeriose, que além de gerarem perdas econômicas, possuem importância significativa no âmbito da saúde pública, por se tratarem de doenças com potencial zoonótico significativo (BORGES et.al., 2021; SCHILD, 2007). A raiva é transmitida principalmente, através de mordeduras, sendo os carnívoros e os quirópteros os hospedeiros mais importantes na transmissão da doença. Os herbívoros são a fonte de alimento mais frequente de morcegos hematófagos, principalmente o Desmodus rotundus. A agressão por cães, gatos e animais silvestres infectados pelo vírus também podem contaminar os herbívoros. A doença pode cursar com uma forma clínica paralítica e uma furiosa, sendo a primeira geralmente desenvolvida em bovinos, no Brasil (FERNANDES & RIET-CORREA, 2007). Listeria monocytogenes é a bactéria que causa listeriose, tratando-se de um agente ubíquo no ambiente, podendo ser isolado comumente de fezes de animais, no solo, superfície da água, plantas, rações de animais, paredes e pisos de instalações; além de ser capaz de formar biofilme, o que auxilia a sua sobrevivência no ambiente (CONSTABLE, et.al., 2020). O maior risco de contaminação é quando os ruminantes são alimentados com silagem armazenada de forma inadequada, o que resulta em um pH não suficientemente ácido para impedir o supercrescimento da bactéria (ZACHARY & McGAVIN, 2013).