Nome do Projeto
Encruzilhadas de Barro: o ateliê como espaço de vivência, troca de saberes e experimentações em cerâmica - UFPel.
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
06/06/2025 - 04/06/2029
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Linguística, Letras e Artes
Eixo Temático (Principal - Afim)
Cultura / Tecnologia e Produção
Linha de Extensão
Artes visuais
Resumo
Cerâmica é a arte ou a técnica de produção de artefatos e objetos tendo a argila como matéria-prima. O fazer cerâmico envolve saberes que vão desde a coletas ou escolha das argilas, para composição de massas, passando pela modelagem, secagem e queimas. Embora a cerâmica seja utilizada no nosso cotidiano, seus processos muitas vezes industriais são de difícil acesso para a comunidade em geral. Buscando difundir a pesquisa e o conhecimento cerâmico, o projeto possui o objetivo de compartilhar as experiências desenvolvidas dentro e fora do ateliê, desde a preparação da massa, técnicas e tecnologias de modelagem, queima e esmaltação de forma a possibilitar autonomamente a realização de todas as etapas. O projeto pretende realizar oficinas presenciais e remotas além de divulgar através de manuais e blogs os conhecimentos acumulados.

Objetivo Geral

Transformar o ateliê de cerâmica da UFPel em um espaço dinâmico de convivência e experimentações com o barro, livre de finalidades rígidas e focado na troca de saberes e nos processos criativos.
Específicos:
• Estimular práticas colaborativas e coletivas em torno da cerâmica.
• Valorizar conhecimentos populares, ancestrais e locais relacionados ao barro.
• Promover encontros intergeracionais e interculturais.
• Fomentar o ateliê como espaço de afeto, escuta e transformação.
• Compreender a cerâmica como uma ferramenta pedagógica de insubordinação e transgressão das hierarquias do poder.
• Registrar os processos e vivências por meio de escrita e da produção de imagens.

Justificativa

o projeto nasce do desejo de reconectar o fazer cerâmico à sua dimensão ancestral, comunitária e sensível, ressignificando o ateliê como lugar de encruzilhadas – onde mãos, ideias, histórias e territórios se cruzam. Em vez de seguir um itinerário técnico ou produtivista, propõe-se um espaço-processo aberto à experimentação, ao erro e à escuta, valorizando a convivência e o saber compartilhado, ao invés de um produto pronto e acabado. A noção de “Encruzilhada” se aproxima de uma abordagem pedagógica que explora a educação de forma mais ampla e complexa, compreendendo a Educação Libertadora como aquela comprometida com a superação da cominação colonial (Rufino, 2021, p. 35-36). Na obra de Paulo Freire encontramos o conceito de Educação Libertadora como sendo aquela que busca a emancipação do educando por meio da conscientização sobre sua realidade e da sua capacidade de transformar o mundo. Outros autores como Antônio Bispo dos Santos (Nego Bispo) e Ailton Krenak contribuem com reflexões sobre maneiras de romper com a visão linear e monolítica na qual se estrutura a sociedade, reconhecendo a pluralidade de saberes, fazeres e experiências em diversos contextos. Ao diversificar o público, agregando diferentes pessoas no Ateliê de Cerâmica, a Universidade justifica o seu papel social de promover Ensino, Pesquisa e Extensão, no diálogo franco e aberto às comunidades. Em última instância, o projeto “Encruzilhadas de Barro” é de grande importância para a formação complementar dos estudantes, além de incluir os saberes e as trocas com a comunidade local. Considera os novos paradigmas de atuação no campo das artes visuais e da cerâmica artística, com ênfase nas relações humanas e no ateliê como lugar de convivência afetiva e de vivência dos processos criativos emergentes e das discussões inerentes ao contemporâneo.

Metodologia

O projeto se organizará por meio de rodas de conversa, oficinas abertas, vivências com mestres/as do barro, momentos de livre experimentação e registros criativos. Não haverá uma sequência linear de conteúdos, mas sim uma abertura a temas emergentes a partir das demandas trazidas pelos próprios participantes. A metodologia busca oportunizar a conquista da autonomia de cada membro do grupo, seja trabalhando a argila ou discutindo teorias. As constantes trocas de experiências vão modelando o percurso individual de cada membro, enquanto fortalece o sentido de coletividade. Assim, a cerâmica é concebida como uma ferramenta de expressão que extrapola o contato com sua matéria prima.
Princípios orientadores:
• Horizontalidade e escuta ativa;
• Acolhimento da diversidade de experiências;
• Ênfase no processo em vez do produto;
• Valorização dos saberes tácitos e do corpo como forma de conhecimento.

Indicadores, Metas e Resultados

• Ateliê reconfigurado como espaço comunitário e criativo;
• Produções cerâmicas coletivas e experimentais;
• Relatos e registros das vivências;
• Fortalecimento de vínculos entre universidade e comunidade.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
ANA LUIZA FERNANDES FERREIRA
AYRA FILIPE OSCHIRO DE JESUS
BRENDA DOS SANTOS
CECILIA DA SILVA BASSI
DANIEL BORGES PIAZER DE SOUZA
DANIELA SILVEIRA OLIVEIRA
Diego Machado da Silva
ENZO JUAN XAVIER KARNOPP
FERNANDA MADRUGA KEGLIS
GABRIELA DE MORAES DAMÉ
GUILHERME COLVARA DA SILVA
HUMBERTO LEVY DE SOUZA
IAMARA RODRIGUES ACOSTA
JAILSON VALENTIM DOS SANTOS
JOAO VITOR VAZ VELLAR
JOSE LUIZ DE PELLEGRIN
JULIANA FALCKE ARGOU
LUANA PIASSI OUTEIRO
MARIA CLARA LEIRIA DOS SANTOS
MARIA DE FATIMA JOAO MARQUES
MARIA DE FÁTIMA ALVES VIEIRA
MARIA ELISABETE KLAUS CORRÊA
MIGUEL DE CASTRO CORREA
MIGUEL LISBÔA FURTADO
PALOMA NOGUEIRA GOMES OSCHIRO
PAULO RENATO VIEGAS DAME4
Patricia Fantinatti Guimarães
SERGIO OTTO DA SILVA
WALDO ANTONIO DE OLIVEIRA GOUVEIA

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