Nome do Projeto
Epistemologia Africana: a importância da Filosofia para o reconhecimento global do homem
Ênfase
ENSINO
Data inicial - Data final
12/04/2016 - 23/12/2016
Unidade de Origem
Área CNPq
Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
Resumo
O Continente Africano, junto com o resto do mundo, está passando por um processo de globalização. Alguns filósofos africanos estão estudando estas questões que, por serem complexas, persistem na atualidade e, de certo modo, com questões mais profundas. Dentre esses filósofos destacam-se: Severino Ngoenha, onde numa primeira fase, na obra 'Filosofia Africana: Das Independências as Liberdades' mostra-se apologista da conciliação da tradição com a modernidade, defendendo que a ciência e a técnica, pelas quais os africanos foram dominados no passado, constituem instrumentos de libertação para os africanos de hoje e, posteriormente, na sua obra 'O retorno do bom Selvagem', apresenta uma ideia contrária a esta, afirmando que a modernidade é uma época que se impôs de tal forma que ainda que os africanos mostrem-se indiferentes, nada será como era antes, pois ela transformou não só a estrutura social, politica e religiosa, modificou, sobretudo, as mentalidades e os espíritos dos africanos, esta constatação levou-o a recorrer a questão que outrora fora colocada por Cheik Amadou Kane: não é possível aprender isto sem esquecer aquilo, será que vale a pena esquecer valores da tradição para aprender os da modernidade? Onde Ngoenha chega a conclusão de que, é impossível estar neste mundo, com a pretensão de ser indiferente a ele, portanto, os africanos devem tomar as inovações e descobertas da modernidade como se fossem suas. Mucale na sua obra, 'Afrocentricidade: complexidade e liberdade', concorda com a posição tomada por Ngoenha , 'Das independências as liberdades', porém reconhece que esta conciliação poderá conhecer dificuldades que são internas a própria cultura africana, mas a técnica e a ciência junto à tradição devem servir ao homem, e não renunciar a cultura africana.

Objetivo Geral

Compreender a importância da Filosofia Africana, vinculada ao reconhecimento global do homem.

Justificativa

O projeto de ensino justifica-se pelo fluxo de docentes e discentes que estão envolvidos no Projeto de Cooperação Internacional CAPES/AULP, com a Universidade Eduardo Mondlane, de Moçambique/África.

Metodologia

A partir da leitura, da hermenêutica textual das obras escolhidas, procuramos analisar de que forma a tradição pode ser conciliada à modernidade; explicar em que medida a modernidade (não) deve subjugar a tradição.

Resultados Esperados

Que os indivíduos envolvidos percebam que, enquanto a tradição reconhece, exprime e vive uma síntese, uma mediação do material (visível) e imaterial (invisível), do celestial e do terreno, do qualitativo e do quantitativo, a modernidade se restringe ao material, terreno e quantitativo. A Tradição, devido à sua dimensão vertical, tem como elemento constitutivo o sagrado, o objeto sagrado e o espaço sagrado. Pelo contrário, o moderno apenas conhece o mundano e material, econômico e etnologicamente útil quer para o progresso quer para o mercado. Por isso, o homem na sua integridade encontra-se hoje subvertido pela relação monetária.

Indicadores, Metas e Resultados

* Em maio estaremos recebendo os docentes e os discentes africanos que, certamente, muito contribuirão para a pesquisa.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
CESAR CALÇADA RADTKE2012/04/201623/12/2016
FLÁVIA FERREIRA TRINDADE212/04/201623/12/2016
KELIN VALEIRAO112/04/201623/12/2016
Luis Mendonça da Silva1012/04/201623/12/2016
MONIQUE NAVARRO SOUZA112/04/201623/12/2016

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