Portal InstitucionalUFPEL

Este projeto de Ateliê aberto se justifica pela dinâmica de um acompanhamento estendido. Ele posiciona-se sob a reafirmação do ateliê como um lugar que requer um tempo contínuo para que a prática e a reflexão se instalem como um processo ativo. O ateliê como espaço de diálogo e trocas, é diferenciado por este aspecto temporal, das disciplinas oferecidas no currículo do curso, com prazos e objetivos mais fechados, prevendo uma avaliação sistematizada por notas. A avaliação aqui se coloca através do envolvimento de cada aluno, da percepção da relação estreita entre frequência e ganho de maturidade. Nesse sentido, ao estimular a prática e a discussão sob este viés mais comprometido, coloca-se em andamento também um aspecto mais crítico sobre o próprio gerenciamento da produção. O que por fim ressignifica o processo de desenvolvimento do aluno, qualificando sua formação e por consequência, o próprio curso de graduação.

O projeto acontece através de encontros semanais, no ateliê de Escultura, no Centro de Artes. Para o andamento do projeto é necessário que os integrantes estejam comprometidos com suas práticas artísticas, que já se percebam envolvidos por um fazer que aponta um processo criativo.
Os encontros são propostos para estimular este estado de troca e consequente crescimento que advém da atenção que se deposita sobre a prática. É a produção que encadeia as aproximações e os afastamentos discutidos no grupo, as articulações possíveis no que tange ao próprio trabalho bem como em relação a artistas de referência ou autores que possam ampliar as interlocuções. Trata-se de um ateliê para alunos com trabalho em andamento.
A cada semana é explorado o crescimento em relação às necessidades que cada integrante, a partir de seu trabalho, aponta. Caberá ao coordenador promover este espaço de estímulo e diálogo, sempre pontuando aspectos que ampliam as possibilidades do fazer e suas demandas reflexivas.

Esse projeto de ensino espera gerar uma formação complementar que eleve a qualidade das discussões no que diz respeito à produção em ateliê, instigando os alunos a buscarem soluções para os questionamentos que advém da prática de forma cada vez mais autônoma. Tais discussões perspectivam um posicionamento crítico da compreensão dos aspectos que cabem ao artista, redesenhando os anseios em relação à graduação.
Para tanto, é a possibilidade de acompanhamento junto ao grupo, do compartilhamento, da exposição dialogada, que permite reforçar aspectos que sustentem essa autonomia em uma construção paulatina.