Portal InstitucionalUFPEL

Apesar dos esforços empreendidos, nas disciplinas obrigatórias oferecidas pela Área de Recursos Hídricos do DER/FAEM, onde são atendidos cerca de 280 estudantes por semestre, em 2018 foram registrados índices de reprovação e evasão que variaram de 10,91% (Irrigação e Drenagem, 2018/1) a 78,26% (Hidrologia, 2018/1).

Os componentes curriculares desta área dizem respeito a aplicações da engenharia à agronomia, fazendo uso tanto de conhecimentos básicos de cálculo e física, como conhecimentos mais avançados de engenharia. Esta característica exige muita dedicação e esforço dos alunos no acompanhamento dos conteúdos. Tradicionalmente são realizadas atividades como aulas práticas, que envolvem o uso dos Laboratórios de Recursos Hídricos e a resolução de listas de exercícios. Entretanto, constata-se entre os alunos uma dificuldade generalizada em compreender princípios básicos relacionados à física, bem como em desenvolver cálculos mais elementares de matemática. Tal situação também é relatada tanto por colegas de outras áreas do departamento, como por colegas de outros departamentos.

Este problema vem sendo recorrentemente discutido no Colegiado de Curso e, mais recentemente, nas discussões para elaboração do Plano de Desenvolvimento da Unidade (PDU). Uma das possíveis causas apontadas para a reprovação e evasão no curso é a deficiência da formação dos estudantes, durante o ensino fundamental e médio. Tal deficiência, além de prejudicar diretamente o rendimento dos alunos, também teria um efeito negativo sobre a autoestima dos estudantes.

Na busca de alternativas para minimizar o problema, são apontadas ações que façam uso das tecnologias de comunicação e do envolvimento dos alunos em atividades práticas, que auxiliem no entendimento dos conhecimentos básicos, em um ambiente extraclasse, que seja mais desafiador e que possibilite a expressão da criatividade dos alunos, como agentes diretos na construção do seu conhecimento.

Durante o período do projeto, os estudantes envolvidos deverão realizar uma série de atividades, organizados em grupos, que contem com a participação de alunos que estejam em diferentes fases do curso, de forma que os alunos que estejam mais avançados possam auxiliar os alunos mais novos.

Os professores participarão na orientação dos grupos, buscando esclarecer dúvidas e sugerir formas de trabalho mais efetivas para o alcance dos objetivos propostos.

Semanalmente ocorrerão reuniões dos grupos, para o planejamento, desenvolvimento e avaliação das ações.

Entre as atividades que deverão ser desenvolvidas pelos grupos estão:
• Realizar estudos sobre aplicações práticas dos princípios teóricos utilizados na área de recursos hídricos;
• Trabalhar no desenvolvimento de materiais didáticos para apoio ao ensino, como mídias, protótipos, modelos reduzidos, maquetes, etc.;
• Participar no planejamento, preparo e condução de aulas práticas;
• Auxiliar na elaboração, aplicação e correção de trabalhos práticos;
• Participar no processo de avaliação da qualidade do ensino;
• Participar de atividades acadêmicas de socialização das experiências de ensino, tais como fóruns, seminários de ensino, mostras universitárias e outros da mesma natureza, especialmente o Congresso de Ensino de Graduação (CEG).

• Redução dos níveis de reprovação e retenção;
• Aumento do interesse dos estudantes pelos componentes curriculares relacionados à área de recursos hídricos e de engenharia rural;
• Intensificação do uso de ferramentas como o ambiente Moodle da UFPel, para apoio ao processo de ensino-aprendizagem;
• Ampliação do uso monitorado dos Laboratórios de Recursos Hídricos da FAEM, para o ensino de graduação.

O grupo de professores envolvidos possui experiência na orientação de estudantes em diversos níveis e realiza encontros periódicos da área, para a discussão das questões relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem. Um dos professores do grupo faz parte do Colegiado de Curso, enquanto outro é membro do Núcleo Docente Estruturante (NDE) do Curso.

O coordenador do projeto, durante seu período como estudante de graduação, foi monitor, durante um semestre, da disciplina de Cálculo Avançado (IFM) e, durante seis semestres, da disciplina de Hidrologia (CEA), tendo participado de ações promovidas pela, na época, Coordenadoria de Monitorias. Possui especialização na área de ensino e foi tutor do grupo PET Agronomia, durante sete anos.