Nome do Projeto
A Ciência do Solo como base para o aprofundamento dos conceitos de agricultura de baixo impacto ambiental
Ênfase
ENSINO
Data inicial - Data final
01/05/2015 - 01/04/2019
Unidade de Origem
Área CNPq
Ciências Agrárias - Agronomia - Gênese, Morfologia e Classificação dos Solos
Resumo
O Solo A pedosfera, isto é, a região da crosta terrestre ocupada pelos solos, é o centro da zona crítica, da qual depende a existência da humanidade. Desde os tempos dos nômades coletores da pré-história até a atualidade, a capacidade humana de explorar a pedosfera foi brutalmente multiplicada. Exemplos variados deste mau uso do solo podem ser colecionados ao longo da história humana. Tais problemas ambientais mostram a importância do trabalho de divulgação de pesquisas e educação da sociedade geral nas questões sobre a ciência do solo e suas interelações com as demais ciências da vida. As rochas e os minerais estão presentes em nosso cotidiano e têm uma importância significativa para a sociedade, uma vez que são utilizados para diversas finalidades, como por exemplo, na área da construção civil, na ornamentação, na fabricação de fertilizantes, na confecção de simples objetos domésticos, etc. Além de serem úteis para o homem, também possuem as informações necessárias para que se possa reconstituir a história geológica de uma região. O solo é um recurso natural encontrado em diferentes posições na paisagem, originado a partir da atuação do clima e dos organismos vivos sobre o material de origem, sendo modificado pelas atividades do homem. É um componente fundamental do ecossistema terrestre, pois exerce múltiplas funções ambientais e antrópicas, tais como: regulação do fluxo hídrico do planeta (armazenamento, escoamento e infiltração das águas da chuva e de irrigação), armazenamento e ciclagem de nutrientes para as plantas, suporte e fonte de nutrientes para as plantas, habitat para organismos, meio para obras de engenharia e descarte de resíduos, fonte de material bruto (material para aterros, fabricação de telhas, tijolos, etc.), além de útil do ponto de vista agrícola, na produção de alimentos, madeira, fibras, etc. O ensino A discussão sobre a situação do ensino de solos no Brasil ganhou novamente destaque com a retomada da realização do Simpósio Brasileiro de Educação em Solos em 2008 (IV SBES). Desse encontro partiu o estímulo e o fortalecimento das ações educativas relativas ao solo, através da produção de textos de divulgação e atuação junto ao Ministério da Educação e Cultura visando à melhoria do tratamento do tema solos nos livros didáticos adotados no Brasil (SBES, 2008). Com o objetivo de discutir o ensino de solos nos cursos superiores, o simpósio buscou abordar o ensino de solos num sentido mais amplo dando ênfase na abordagem de solos na educação básica (SBES, 2008). Essa mudança se deve ao fato de que o ensino de solos está restrito a uma pequena fatia da sociedade, sendo pouca preocupação dispensada ao ensino fundamental e médio (Diniz et al., 2005). Um problema encontrado na Região Sul do Brasil, onde o solo ainda não é reconhecido pelo papel que desempenha na manutenção da qualidade ambiental, mesmo pela pequena fatia da sociedade com acesso ao ensino de Agronomia, são os problemas ambientais ligados à degradação do solo (Muggler et al., 2006). No Estado do Rio Grande do Sul, 25% das instituições de ensino superior com disciplinas que abordam o tema solo são públicas. Esse fato remete em geral que a criação desses cursos, em instituições privadas, não requer o planejamento e o volume de recursos exigido para ampliação da estrutura física em instituições públicas. Os cursos das instituições públicas ofertam maior número de disciplinas em solos, maiores cargas horárias e possuem melhores conceitos no ENADE. Sua distribuição geográfica está relacionada ao potencial agrícola dos solos. A presença de Programas de Pós-Graduação específicos em solos está associada à maior disponibilidade de disciplinas optativas e a melhores conceitos no ENADE. A sequência mais comum de disciplinas obrigatórias é: Fundamentos da Ciência do Solo, seguida por Classificação de Solos, Fertilidade do Solo Manejo e Conservação do Solo. O Ambiente Atualmente, os problemas ambientais que enfrentamos são, em sua grande maioria, o resultado de uma organização social na qual a intervenção da humanidade sobre a natureza nem sempre foi percebida e quantificada. Assim, a sociedade como um todo, desde os detentores de cargos de representação do Estado até o cidadão comum, tem negligenciado o significado e a extensão dos conceitos relacionados à ideia de desenvolvimento, social, econômico e ambiental. A explosão populacional, a pobreza e mortalidade infantil, a dívida mundial, a perda da biodiversidade, a escassez de todo tipo de recursos naturais através do modelo de desenvolvimento da sociedade, vigente desde a Revolução Industrial demonstram isso. É esta percepção quase hegemônica de desenvolvimento que se tem nos dias atuais, independentemente da construção do pensamento de sociedade, seja ela ocidental ou oriental o que dá a esta concepção uma potencialidade tanto destrutiva quanto caótica. Contudo, está na própria sociedade a potencialidade primeira de encaminhamento à resolução dos problemas ambientais. Vários cientistas sociais e econômicos apontam inúmeros sinais de que este modelo, baseado no crescimento ilimitado e na intensificação do livre mercado, não está nos levando a uma sociedade sustentável. Ao contrário, esses sinais indicam que se precisa mudar a racionalidade social, econômica e ambiental modificando o conceito atual de desenvolvimento, tendo em vista a capacidade finita do planeta. A ética da sustentabilidade e os pressupostos de cidadania são as principais armas contra esta situação ambiental caótica em que estamos vivenciando nos dias atuais. Dessa maneira, é através da educação que poderá ser desenvolvido um conjunto de procedimentos formais para a resolução pacífica de conflitos, assim como à construção e ao aprimoramento de ações socioambientais para a melhoria da qualidade de vida no planeta. Dentro deste contexto as Instituições de Ensino Superior, principalmente as federais, precisam desempenhar um papel mais efetivo no auxilio a mitigação destes problemas. É de extrema importância que se busquem meios para inserir alunos e professores na sociedade como difusores dos conhecimentos gerados em tais locais. A região Sul do Estado do Rio Grande do Sul tem uma importante e histórica universidade federal. A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) possui o segundo curso de Agronomia mais antigo do Brasil, fundado em 1883 pertencente a antiga Universidade Federal Rural do Rio Grande do Sul. Essa instituição bem como suas instalações precisa trabalhar nessa integração da sociedade com o meio acadêmico. Isso por vez, somente poderá ser possível através de atividades especificas de extensão. O município de Pelotas, localizado na Região Sul do Estado do Rio Grande do Sul, caracteriza-se por ser o principal pólo educacional do interior do estado, com uma qualidade superior de ensino em todos os níveis, quer no âmbito municipal, estadual, federal e particular. O município conta com uma grande rede de escolas que atendem desde o Pré-escolar até o ensino médio, com dois centros tecnológicos reconhecidos pelo Ministério da Educação como referência nacional em ensino técnico de nível médio, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Riograndense – IFSUL e o Campus Pelotas Visconde da Graça - CAVG. Conta ainda, com cinco instituições que oferecem cursos de nível superior. São aproximadamente 30% da população total ou 105.000 estudantes da educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, ensino profissionalizante ou ensino superior. Nesse sentido, passa-se a vislumbrar como meta uma educação ambiental para a sustentabilidade. Buscando um processo de transformação do meio natural que, por meio de técnicas apropriadas, impede desperdícios e realça as potencialidades deste meio, cuidando da satisfação das necessidades de todos os membros da sociedade, dada a diversidade dos meios naturais e dos contextos culturais. Para tal, denota-se de extrema importância a participação efetiva de todos os atores sociais, para que cada vislumbre, através da educação ambiental, sua visão de futuro, e que entenda que cada desafio, sucesso ou fracasso de percurso, tem parte de sua responsabilidade. Pode-se, portanto, considerar que a gestão ambiental consiste na administração do uso dos recursos ambientais, por meio de ações ou medidas econômicas, investimentos e providências institucionais e jurídicas, com a finalidade de manter ou recuperar a qualidade do meio ambiente, assegurar a produtividade dos recursos e o desenvolvimento social. É importante, porém, salientar que a gestão deve ter um caráter integrador das diferentes atividades humanas, sendo, portanto multidisciplinar e envolvida tanto na complexidade ecossistêmica, como na organização da sociedade e o que a caracteriza.

Objetivo Geral

Integrar alunos de graduação nos trabalhos acadêmicos através do acompanhamento das disciplinas do Departamento de Solos na qualidade de bolsistas de monitoria.

Justificativa

Para aprofundamento teórico deste projeto de ensino, são consideradas algumas categorias que embasam o objeto em questão, tais como, agricultura de baixo impacto ambiental ou desenvolvimento sustentável, educação ambiental e ciência do solo. Nesse processo de articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão, para o desenvolvimento local e a inovação de tecnologias socioambientais.
Hoje, o conceito de desenvolvimento sustentável indica claramente o tratamento dado à natureza como um recurso ou matéria-prima destinado aos objetivos de mercado, cujo acesso é priorizado a parcelas da sociedade que detêm o controle do capital. Este paradigma mantém o padrão de desenvolvimento que produz desigualdades na distribuição e no acesso a esses recursos, produzindo a pobreza e a falta de identidade cidadã.
A literatura oficial sobre desenvolvimento sustentável apresenta um conjunto de conceitos ou de significados que, muitas vezes, são contraditórios entre si. Assim, podem-se encontrar referências a Desenvolvimento, Desenvolvimento Sustentável, Sustentabilidade e ainda Capacidade Suporte, entre outros. O contexto apresentado pelo presente projeto refere-se a esse termo como Agricultura de Baixo Impacto Ambiental.
Todos esses termos podem ser usados como sinônimos. O conceito proposto pela ONU, através de seus fóruns específicos, e mais tarde pela Conferência Rio 92, é considerado por muitos como sendo um dos mais específicos, mas não o único. Cada um pode emitir o seu próprio conceito, ou ainda adaptá-lo conforme suas necessidades ou interesses.
As diferentes concepções do conceito de Desenvolvimento Sustentável são encontradas em diferentes autores. Segundo Quintas (1996), o Desenvolvimento Sustentável para os ambientalistas, ainda engloba “um conjunto de mudanças chaves na estrutura de produção e consumo, invertendo o quadro de degradação ambiental e miséria social a partir de suas causas”. Para Carvalho

[...] esta concepção ambientalista estaria sendo adulterada na medida em que é interpretada por diferentes atores sociais, passando a ser percebida ora como porta de entrada no país de mecanismos internacionais de controle sobre o nosso patrimônio natural ora como uma e de expansão de mercado e do lucro (CARVALHO, apud Quintas, 1996).

Para o Coordenador do Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, no Brasil, em 1991, Sr. Márcio Fortes, Desenvolvimento Sustentável significa:

[...] uma nova ordem econômica mundial e uma revolução ambiental envolvendo a integração de critérios econômicos à prática ecológica: é alcançada pela aceleração do desenvolvimento, uma vez que o que polui é a miséria (CARVALHO, apud Quintas, 1996).

A Comissão Econômica para a América Latina diz que o Desenvolvimento Sustentável é:

Entendido como progresso técnico em um sistema de competitividade internacional do qual o meio ambiente é um meio econômico para assegurar o alcance do objetivo do desenvolvimento, que passa a ser a pessoa, vista, também, como capital humano (Carvalho, citado por Quintas, 1996).

Para Carvalho, o Desenvolvimento Sustentável é um conceito que tem sua matriz no projeto desenvolvimentista liberal aplicado ao meio ambiente e que surge a partir do fracasso desta promessa. Segundo a autora,

Há certo tom de farsesco no uso dessa expressão, que é utilizada como denotadora de um consenso que na verdade não existe e que sugere a superação da degradação ambiental e humana através do crescimento econômico e de políticas de cooperação internacional que na verdade reafirmam o atual modelo de desenvolvimento (Quintas 1996).

Na concepção de Carvalho, há múltiplas possibilidades de conceituação de Desenvolvimento Sustentável,

No conceito de Desenvolvimento Sustentável cabem todos os significados: é sinônimo de sociedade racional do terceiro milênio, de indústrias limpas, de crescimento econômico, de forma disfarçada da continuação imperialista sobre o Terceiro Mundo, de utopias românticas... tudo nele parece caber. (Quintas, 1996).

Para Martins (1997),

O Desenvolvimento Sustentável não é um conceito acabado: trata-se de uma ideia força, pró-ativa e positiva, que necessita ser esclarecida quanto ao significado dos vocábulos que lhe compõe, e construída no contexto em que as pessoas com eles se relacionam. Tanto como profissionais cujas atividades vinculam-se direta ou indiretamente no trato com a natureza e, portanto, por ela são responsáveis, mas especialmente como cidadãos que constroem no seu cotidiano as distintas dimensões do desenvolvimento - sociais, econômicas, ambientais, culturais, científicas e tecnológicas, jurídicas, políticas e espirituais - com direitos e deveres para com as demais pessoas e para com a natureza.

Existem, portanto, diferentes concepções para o conceito em questão, isto é, o mesmo pode apresentar diferentes sentidos. Assim, em nosso entendimento, o Desenvolvimento Sustentável é o desenvolvimento que atenda as desigualdades sociais, com justiça e equidade social.
Não podemos falar de educação ambiental sem compreendermos o meio ambiente a partir da concepção de que homem e natureza fazem parte de um mesmo processo. Ocorre que, no mundo moderno e contemporâneo, o homem consagra sua capacidade de dominar a natureza, esquecendo-se de que é parte integrante dela.
Nessa perspectiva, questões sociais, políticas e éticas apontam para a necessidade de pensarmos novas formas de sentir e agir, sobre as ações do homem sobre a natureza. Determinados comportamentos irresponsáveis e criminosos têm sido motivo de preocupações, por provocarem a degradação do meio natural e social.
Em decorrência disso, a EA surge como o despertar de uma consciência solidária, em que o indivíduo e a coletividade não apenas constroem valores político-sociais, mas ainda adquirem conhecimentos, bem como atitudes voltadas para a manutenção do meio ambiente ecologicamente equilibrado.
Neste sentido, devemos buscar o equilíbrio do meio, através de ações educativas que desenvolvam laços de cooperação e solidariedade que permitam preparar o cidadão para o complexo mundo atual e futuro.
Nascida dos movimentos sociais, a EA discute o modelo de desenvolvimento antropocêntrico, dominador e predador do ambiente, e opressor das classes sociais. Questionar esse modelo, libertando os sujeitos de uma vida reprodutora das estruturas deste, ampliando a percepção de que podem construir com relação à sua realidade, é o papel que a política de EA desempenha na construção da Escola Democrática, Popular e Emancipatória. Construir novas atitudes na sociedade de consumo e tecnológica, como consequências de construções individuais e coletivas mais responsáveis com relação ao meio social e natural, articuladas a um projeto de desenvolvimento sustentável é compromisso assumido pelos educadores ambientais.
Segundo LAYRARGUES, existem três possibilidades para mudança ambiental: "a mudança cultural associada à estabilidade social; a mudança social associada à estabilidade cultural; a mudança cultural concomitante à mudança social” (2003, p.11) e completa dizendo que:

[...] apesar de a complexidade ambiental envolver múltiplas dimensões, verifica-se, atualmente, que muitos modos de fazer e pensar, a EA enfatizam ou absolutizam a dimensão ecológica da crise ambiental, como se os problemas ambientais fossem originados independentemente das práticas sociais (LAYRARGUES, 2003, p. 11).

De acordo com seu pensamento, é necessário contextualizarmos as dinâmicas pedagógicas nas práticas sociais, considerando as interfaces existentes entre as dimensões econômicas, culturais, sociais, políticas, éticas, ideológicas. O importante é esclarecermos de que forma essas várias dimensões se influenciam, se conectam, se interpenetram.
Não podemos esquecer o ser humano no seu contexto social, negando sua existência como sujeito histórico e sua práxis. Através do ponto de vista de REIGOTA:

[...] é por intermédio das interações inter subjetivas e comunicativas entre as pessoas com diferentes concepções de mundo e relações cotidianas com o meio natural e construídas; características de vida social e afetiva; acesso a diferentes produtos culturais; formas de manifestarem as suas idéias; conhecimento e cultura; dimensões de tempo e expectativas de vida; níveis de consumo e de participação política que poderemos estabelecer diretrizes mínimas para a solução dos problemas ambientais que preocupam a todos (1998, p. 28).

Diante disso, percebemos que o grande desafio da EA é propor alternativas político-sociais levando em consideração a complexidade das relações humanas e estes com o ambiente.
Sendo a EA uma educação política, deve ter como objetivo formar cidadãos críticos com liberdade de ação, tendo como base o diálogo entre as culturas e os conhecimentos de diferentes etnias.
Para LOUREIRO:

[...] a Educação Ambiental é promotora e resultante de várias relações em cada contexto histórico e, o mesmo tempo que permite a mudança, pela ação problematizadora, pode dependendo de como está estruturada e de qual finalidade cumpre na sociedade, ser um meio de reprodução de forma excludentes opressoras e dicotômicas de se viver (2004, p. 277).

Segundo esse autor, a EA caracteriza-se por ser transformadora e procura a realização humana em sociedade, e quanto forma de organização coletiva de nossa espécie, e não pela simples "cópia" de uma natureza deslocada do movimento total.
Na verdade, a EA deve ter como finalidade revolucionar os indivíduos no seu modo de pensar e agir, estabelecendo processos educativos que favoreçam a realização do movimento de constante construção de um ser dinâmico de modo emancipatório, atuando criticamente na superação das relações sociais vigentes, na formação de uma ética ecológica.
Todos os objetivos da EA estão interligados; assim, é possível iniciarmos com qualquer um deles, percebendo que um leva ao outro e que todos convergem. A partir dos conhecimentos, desenvolve–se uma habilidade, a qual pode nos sensibilizar e nos levar a tomar uma iniciativa. Essa participação traz novos conhecimentos e desenvolve, assim, novas habilidades. Um objetivo sempre tem a ver com o outro, como um sistema em que todos estão interligados. Segundo DIAS,“os objetivos de um programa ou projeto de EA devem sempre estar em sintonia com as diferentes realidades sociais, econômicas, políticas, culturais e ecológicas de uma região ou localidade” (2003, p. 112).
A EA, ao problematizar o modelo de desenvolvimento, considera não apenas a degradação ambiental, mas também as vítimas dos seus efeitos.
O desenvolvimento do debate e da consciência ambiental tem sido um fato marcante nos últimos anos e tem-se constituído uma nova visão e concepção homem-natureza. No entanto, esse movimento ainda não alcançou maior impacto.
Nesse contexto, a EA, dentro das diversas vertentes do ecologismo, deve trabalhar a pluralidade e a diversidade do envolvimento sócio-político, buscando alternativas que sejam ambientalmente sadias e socialmente justas.
Vale ainda lembrarmos que a EA é fundamental na construção de um novo tipo de sociedade sustentável, onde se busca a construção da cidadania mediante projetos de transformações sociais e ambientais, espelhadas nas diversas culturas e suas respectivas identidades. É preciso educar e acreditar que a educação ética faz a diferença, para a capacidade de escolher e fazer opções de valores. Para a liberdade, autonomia, responsabilidade, para a queda dos mecanismos de alienação social que impedem que o homem possa optar pelo que é melhor para si e para a sua comunidade.
A EA deve proporcionar aos indivíduos e aos grupos sociais a oportunidade de participarem responsável e eficazmente na prevenção e na solução de problemas ambientais e na gestão da qualidade do ambiente.
A partir do momento que nos vemos como sujeitos históricos e sociais, percebemos que temos responsabilidades, a cumprir. Não conseguimos mais nos omitir. Ao cumprirmos esta tarefa, ou seja, ao tomarmos uma posição, comprometemo-nos com a ação e com a nossa ideologia.
O desafio está em repensar a educação em sua totalidade, enfrentando a fragmentação do conhecimento. Educar ambientalmente pressupõe investigar as complexas relações socioambientais existentes e refletir sobre ações possíveis, à luz da realidade concreta e presente.
A EA evidencia-se como elemento articulador, assumindo um papel político, podendo colaborar no processo de mobilização crítica da sociedade em relação, às questões propostas pelo projeto, na busca por um modelo de desenvolvimento que seja mais compatível com as necessidades locais. Enfim, lutar por uma sociedade menos excludente, mais igualitária e equitativa consiste em formar cidadãos comprometidos eticamente com ações sustentáveis, para isto é necessário pensarmos que educação temos e que educação precisamos oferecer.
Interligado aos preceitos de sustentabilidade e educação ambiental está o estudo da ciência do solo. O solo é um importante recurso natural que suporta a flora a fauna, as atividades agropastoris, o armazenamento da água e as edificações do homem. O solo é considerado um componente vital para os agroecossistemas no qual ocorrem os processos e ciclos de transformações físicas, biológicas e químicas, sendo que quando mal manejado poderá degradar todo o agroecossistema (Streck et al. 2008). Segundo Doran e Parkin (1994), o solo é o principal componente na manutenção da qualidade ambiental com efeitos a nível local, regional e mundial.
A FAO (1994) define o conceito de terra como um segmento da superfície do globo terrestre definido no espaço, compreendidas pelos atributos da biosfera envolvendo o clima, o solo, o relevo, o substrato geológico, a hidrologia, as populações de plantas e animais e assentamentos humanos e resultados da interação passada e presente do homem com o meio ambiente. Um dos problemas mais evidentes relacionado à ciência do solo é a degradação das terras. Essa degradação é freqüentemente induzida por atividades humanas sendo que de acordo com De Bie et al. (1996), os principais contribuintes para a degradação ambiental são as práticas agrícolas inadequadas, incluindo aí o pastoreio intensivo, a super-utilização com culturas anuais, o desmatamento entre outras. Portanto, a degradação dos recursos naturais ocorre devido ao uso não sustentável das terras.
Entende-se por sustentabilidade o sistema que envolve o manejo e a conservação dos recursos naturais que conserve a terra, água, plantas e animais sendo economicamente viável e socialmente aceitável e que assegure a satisfação continuada das necessidades humanas para as gerações presentes e futuras (FAO, 1991). Conceito semelhante é descrito por Dumanski (1993) e Greenland (1994), na qual o manejo sustentável das terras é um sistema que protege o potencial dos recursos naturais prevenindo a degradação do solo e da água e combina tecnologias e atividades que integrem os princípios sócio-econômicos com a preocupação ambiental enquanto propiciam suporte necessário para a vida humana. A busca da sustentabilidade da exploração agrícola passa necessariamente pelo manejo adequado dos solos, sendo que as práticas agrícolas adotadas vêm sempre acompanhadas de alterações no meio ambiente, em menor ou maior intensidade (Resende, 1996).

Metodologia

A metodologia inicial consiste em adaptar as disciplinas para o trabalho juntamente com o auxilio de um bolsista de monitoria.
A partir desse ponto, se faz necessária a estruturação de um plano de trabalho vinculado as atividades propostas pelo professor responsável pela disciplina.
Também será necessário um treinamento para que o aluno possa atuar como monitor dentro do ambiente virtual de aprendizagem (AVA) no qual será disponibilizado um módulo da disciplina a distância.

Resultados Esperados

Com a realização do projeto será possível incluir alunos nas atividades mais voltadas a docência das disciplinas do Departamento de Solos na condição de monitores.
Isso resultará em um acréscimo acadêmico para o aluno pelo fato de poder acompanhar algo que irá se diferenciar do que ele acompanha dentro da sala de aula.
Resultará também um ganho em qualidade de ensino para as disciplinas do próprio departamento de solos onde será possível uma maior diversificação das modalidades de ensino e do processo de ensino-aprendizagem.

Indicadores, Metas e Resultados

As disciplinas de graduação que esse projeto busca contemplar são: Edafologia (segundo semestre); Gênese, Levantamento e Classificação de Solos (quarto semestre) (obrigatórias); Microbiologia do Solo e Minhocultura (optativas).

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
ADÃO PAGANI JUNIOR2002/05/201716/12/2017
ANA PAULA KNAPP2001/05/201831/12/2018
ANA PAULA ROZADO GOMES2001/05/201616/12/2016
ARIEL LEONARDO BIANCHINI2002/05/201616/12/2016
ELIANA APARECIDA CADONÁ202/05/201701/04/2019
JÉFERSON DIEGO LEIDEMER201/05/201501/04/2019
LUCAS FURTADO DE OLIVEIRA202/05/201701/04/2019
LUIZ FERNANDO SPINELLI PINTO401/05/201501/04/2019
MAURÍCIO SILVA DE OLIVEIRA202/05/201701/04/2019
PABLO MIGUEL801/05/201501/04/2019
RENATA PINTO ALBERT206/02/201601/04/2019
TAINARA VAZ DE MELO202/05/201701/04/2019
TANIA BEATRIZ GAMBOA ARAUJO MORSELLI401/05/201501/04/2019

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