Nome do Projeto
EFEITO TÉRMICO DE INTRUSÕES ÍGNEAS COMO MODELO NÃO-CONVENCIONAL DE GERAÇÃO DE HIDROCARBONETOS: ESTUDO DE CASO NA FORMAÇÃO IRATI, PERMIANO DA BACIA DO PARANÁ
Ênfase
PESQUISA
Data inicial - Data final
04/06/2019 - 30/06/2021
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Exatas e da Terra - Geociências - Geoquímica
Resumo
A avaliação da exploração de hidrocarbonetos nas bacias sedimentares brasileiras, especialmente nas paleozoicas, não pode deixar de analisar o impacto dos eventos magmáticos nestas bacias. O magmatismo pode promover mudanças nas propriedades petrofísicas das rochas. Além disso também induz mudanças estruturais e estratigráficas nas bacias consequentemente também atuando na formação dos traps. A baixa permeabilidade das rochas magmáticas permite que estas atuem como barreiras para a migração dos hidrocarbonetos. No entanto, é na interação com as geradores e consequente geração dos hidrocarbonetos que as rochas magmáticas parecem ter um papel muito importante. Neste trabalho propomos estudar o processo de geração atípica (Araújo et al., 2000) ou não-convencional (Rodrigues, 1995) de hidrocarbonetos por intrusão ígnea. Trata-se de um processo ainda pouco estudado e gera muitas discussões no tocante ao efeito térmico da intrusão ígnea básica na rocha encaixante sedimentar no que diz respeito a geração de hidrocarbonetos. Os intervalos imaturos por falta de soterramento em bacias paleozoicas e meso-cenozoicas podem possuir relevantes volumes gerados através de intrusão ígnea.
Thomaz-Filho (1982), Araújo et al. (2005, 2006) e Thomaz-Filho et al. (2008) realizaram pesquisas que enfocaram a influência dos eventos magmáticos em bacias paleozoicas brasileiras e que, de alguma forma, estariam relacionados com a ocorrência de petróleo. A Bacia do Paraná foi melhor estudada pelos autores, tendo em vista as ocorrências dos arenitos asfálticos da Formação Pirambóia que afloram no leste do estado de São Paulo, mais especificamente nas redondezas da cidade de Anhembi. A maior acumulação de arenito asfáltico da borda leste da Bacia do Paraná (Fazenda Betumita) ocorre nesta área e possui um volume estimado de 5,7 milhões de barris de óleo (Thomaz Filho, 1982) A deposição destas sequências foi influenciada por variações climáticas, anomalias termais, tensões horizontais relacionadas com a dinâmica na borda da placa e verticais associadas à evolução mantélica, nesse último caso principalmente durante o evento de ruptura do Gondwana (Araújo et al, 2006). Fulfaro et al. (1982) descrevem, para a transição permotriássica, uma mudança do nível de base regional. Neste período, um mar raso (Teresina/Corumbataí) é ocupado por dunas litorâneas (Pirambóia) e, posteriormente, por dunas de um deserto continental (Botucatu).
Objetivo Geral
O objetivo principal deste trabalho é criar/gerar um modelo matemático baseado em dados reais obtidos em análises do conteúdo orgânico das amostras e das características inorgânicas do material de estudo. Este modelo gerado deverá descrever o efeito térmico gerado por corpo ígneo básico em uma rocha encaixante sedimentar no decorrer do tempo geológico do ponto de vista de geração de hidrocarbonetos, podendo-se assim determinar o alo de influência térmica resultante que auxiliará na identificação de intervalos geradores (janelas de geração de óleo e gás), em modelos de geração não-convencionais ou atípicos. Alguns objetivos específicos devem ser observados, tais como:
(1) Determinar a idade e temperatura da intrusão através de métodos petrográficos, geoquímicos e de geocronologia;
(2) Determinar a condutividade térmica da rocha geradora encaixante e rocha ígnea intrusiva;
(3) Determinar a quantidade, a qualidade e o grau de evolução térmica da matéria orgânica presente nas seções das formações afetadas termicamente pelo corpo ígneo, sendo analisados os comportamentos dos parâmetros organopetrográficos e organogeoquímicos nas zonas afetadas. Estes resultados são imprescindíveis para a determinação do potencial gerador e caracterização do processo de geração de hidrocarbonetos;
(4) Elaboração de um modelo matemático que descreva da melhor maneira possível a influência térmica da intrusão ígnea nas rochas encaixantes para tentativa de determinação precisa das janelas de geração de óleo e gás e dos volumes de hidrocarbonetos gerados neste intervalo;
(5) Utilizar o modelo matemático e calibrá-lo com dados reais de campo, criando assim um modelo robusto para aplicação em quaisquer sistemas petrolíferos análogos.
(1) Determinar a idade e temperatura da intrusão através de métodos petrográficos, geoquímicos e de geocronologia;
(2) Determinar a condutividade térmica da rocha geradora encaixante e rocha ígnea intrusiva;
(3) Determinar a quantidade, a qualidade e o grau de evolução térmica da matéria orgânica presente nas seções das formações afetadas termicamente pelo corpo ígneo, sendo analisados os comportamentos dos parâmetros organopetrográficos e organogeoquímicos nas zonas afetadas. Estes resultados são imprescindíveis para a determinação do potencial gerador e caracterização do processo de geração de hidrocarbonetos;
(4) Elaboração de um modelo matemático que descreva da melhor maneira possível a influência térmica da intrusão ígnea nas rochas encaixantes para tentativa de determinação precisa das janelas de geração de óleo e gás e dos volumes de hidrocarbonetos gerados neste intervalo;
(5) Utilizar o modelo matemático e calibrá-lo com dados reais de campo, criando assim um modelo robusto para aplicação em quaisquer sistemas petrolíferos análogos.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ANDRÉ LIMA DA SILVA | 4 | 14/10/2019 | 31/12/2019 |
INGRID GUALBERTA BARBOSA CHAVES | 2 | 14/10/2019 | 30/06/2021 |