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01/10/2019 - 28/02/2021

Ciências da Saúde - Saúde Coletiva

Considerando que, nos últimos anos ocorreram transformações no estilo de vida e no comportamento alimentar da população brasileira, a alimentação inadequada é preocupante, devido à grande influência que exerce sobre a saúde das pessoas. A literatura tem mostrado desvantagens relacionadas a uma alimentação baseada em alimentos com alto grau de processamento e ao consumo frequente destes. A maior frequência de consumo de refeições prontas é um dos fatores que leva ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis como obesidade, hipertensão, diabetes tipo 2 e demais doenças cardiovasculares (BOUTELLE et al., 2007; DUBUISSON et al., 2010; MONTEIRO et al., 2011). Esse conjunto de doenças é responsável por 63% das mortes e incapacidade em todo o mundo. No Brasil, as DCNT correspondem atualmente a, pelo menos, dois terços de todas as causas de morte (GOULART, 2011). O presente estudo justifica-se pela falta de estudos avaliando a prevalência do consumo de alimentos ultraprocessados na população de Pelotas e pela importância já mencionada de conhecer a frequência do consumo desses alimentos, visto que há uma forte relação entre a qualidade de alimentação e as doenças crônicas não transmissíveis, principais causas de morbimortalidade na atualidade. O conhecimento sobre o consumo de alimentos ultraprocessados pode contribuir para a definição de medidas preventivas, ações de educação nutricional mais efetivas, de forma a melhorar a qualidade de alimentação da população e diminuir as doenças crônicas.