Nome do Projeto
Relação entre Índice de Oscilação Antártica e Temperatura Mínima no Rio Grande do Sul
Ênfase
PESQUISA
Data inicial - Data final
01/07/2013 - 30/06/2014
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Exatas e da Terra - Geociências - Meteorologia
Resumo
No sul do Brasil, os períodos prolongados de anomalias positivas de temperatura estão fortemente relacionados pela formação dos bloqueios atmosféricos. O bloqueio atmosférico ocorre com o afastamento das correntes de jato polar e subtropical, a primeira formando uma crista em direção ao sul (até 65˚S) e a última formando um cavado em torno dos 20˚S. Tal padrão impede o deslocamento de oeste dos sistemas frontais, forçando-os a se desviarem para NE ou SE. Esse tipo de evento é mais comum no período de outono e inverno e pode levar ao aumento da temperatura em áreas atuantes dos sistemas frontais (Linacre e Geerts, 1997). Veranico é uma expressão regional, utilizada principalmente no Rio Grande do Sul, para designar a sucessão de dias mais quentes e que ocorrem com maior freqüência nos meses de maio e agosto. Existem diversos padrões de oscilação, tantos atmosféricos como oceânicos que variam em diferentes escalas de tempo, contribuindo também de forma diferente nas variações climáticas. As relações mais claras das interações entre oceano e atmosfera aparecem nos grandes eventos do fenômeno El Niño Oscilação Sul (ENOS). No sentido de identificar as possíveis relações das grandes oscilações, muitos índices climáticos têm sido propostos. Estes índices são gerados a partir de observações de oceano, de atmosfera e na combinação destes. Entre estes Índices atmosféricos, destaca-se QBO (Quase- Biennial Oscillation) e SOI (Southern Oscillation Index). Entre os índices oceânicos, SST (Sea Surface Temperature) no Pacifico equatorial, PDO (Pacific Decadal Oscillation), TNA (Tropical Northern Atlantic Index) e TSA (tropical Southern Atlantic Index). Entre os índices combinados destaca-se o MEI (Multivariete Enso Índex). Pesquisas têm mostrado que entre estes, os mais importantes são os derivados da temperatura na superfície do mar. Estes principais índices fazem uso de informações tropicais, no entanto, com o avanço das observações nas regiões polares, um novo índice climático foi proposto pelo CPC/NOAA, definido de índice AAO (Antarctic Oscillation Index), o qual é o foco desta pesquisa. Este índice é representado pelas variações mensais da espessura da camada média da troposfera (700mb) na parte inferior do Hemisfério Sul, centrada na região da Antártica. Acredita-se que este índice tenha forte correlação com a formação dos bloqueios e conseqüentemente com as grandes variações térmicas no RS, especialmente no período de outono-inverno.

Objetivo Geral

Esta pesquisa tem por proposta principal verificar as variações mensais da temperatura mínima no Rio Grande do Sul, a freqüência de ocorrência de dias mensais nas classes quente e muito quente relacionando estas variáveis as variações mensais da espessura da camada média da troposfera (700mb) na parte inferior do Hemisfério Sul, centrada na região da Antártica. As Anomalias da espessura atmosférica são representadas pelo padrão de oscilação principal, denominado de índice AAO. A correlação entre as séries temporais do índice AAO e as séries de temperatura mínima das diversas estações meteorológicas distribuídas no RS podem servir de parâmetro para futuras inferências estatísticas.
Para alcançar o objetivo principal, são definidas algumas metas específicas, tais como, definição do numero de estações meteorológicas no RS em função da consistência espacial e temporal dos dados de temperatura mínima, compor a série temporal do índice, identificação das tendências temporais da temperatura e do índice AAO, por fim gerar as correlações temporais identificando as estações meteorológicas de maior sinal e testar o nível de significância das relações.
Espera-se no final do trabalho obter uma analise da relação da temperatura mínima regional e a variação do índice AAO, especialmente nos períodos de maior freqüência de ocorrer veranicos no Rio Grande do Sul. Os resultados destas relações serão comparados aos resultados publicados na bibliografia de outros trabalhos. Acredita-se que por este índice representar alteração atmosférica fora das regiões tropicais possa vir a contribuir significativamente na modelagem da temperatura mínima, visto que o RS sofre constante influencia da massa antártica ao longo do ano.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
LUCAS BARBIER BRAGA SEABRA801/07/201328/02/2014

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