Nome do Projeto
As representações sociais sobre a riqueza e a pobreza na cidade de Pelotas
Ênfase
PESQUISA
Data inicial - Data final
02/07/2014 - 01/07/2015
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Humanas - Sociologia
Resumo
Pretende-se estudar as representações sociais sobre a riqueza e a pobreza, construídas pelas classes e grupos sociais moradores da cidade de Pelotas. A análise privilegia captar, através das representações dos grupos sociais, as práticas que produzem e reproduzem a vida social. Concebe-se os grupos ou classes também como atores/agentes econômicos e sociológicos, tais como a família, o grupo de vizinhos e das relações de amizades distribuídos no espaço urbano no qual estão projetadas as relações sociais, a divisão de trabalho, os produtos, capitais, obras e símbolos, moradia e solo, bem como o espaço urbano é o lugar onde as estratégias de distribuição de bens privados e públicos se confrontam (Cf. Lefebvre, 2008).

Objetivo Geral

A cidade de Pelotas possui um centro que polariza a rede urbana do Sul do estado do Rio Grande do Sul, com predomínio do setor agroindustrial o qual se destaca no beneficiamento de arroz e no setor de produção de conservas. Na década de 1980, o setor agroindustrial foi responsável pelo emprego de 15 mil trabalhadores (SOARES, 2011, p. 224). Hoje, como informa Soares (2008, p.224), “ a industria de transformação concentra 16,33% da força de trabalho e a economia da cidade está ancorada no setor comercial e de serviços, o qual agrupa 74,29% da força de trabalho e contribui com cerca de 60% do valor adicional do município [é um indicador que expressa a composição do PIB]”. A renda apropriada pelas camadas da população revela uma acentuada desigualdade social e caracteriza a permanência de um centro regional de formação social e econômica agropastorial, cuja produção se baseia no domínio da média e grande propriedade. Segundo indicadores socioeconômicos do Indice de Desenvolvimento Humano (IDH) da cidade de Pelotas, 20% da população mais pobre participam de 2,42 da renda do município, 40% mais pobres, 8,43, 20% mais ricos, 63,99 e 10% mais ricos, 47,87 (Atlas do IDH no Brasil (2000), PNUD, apud SOARES, 2011, p. 225). Com essa objetivação do “real” mediante o quadro da diferença socioeconômica acentuada pela concentração de renda, se pretende estudar o processo de centralidade, segmentação, fragmentação e segregação dos grupos e classes sociais no espaço urbano. Também compreender as mudanças das relações sociais através da ressignificação e reconsideração do nível global da política do espaço, quanto aos aspectos estratégicos, econômicos, tecnológicos, ideológicos e culturais, que ocorrem no interior dos processos de interação (socialização e sociabilidade) no espaço urbano. Por fim, analisar-se-á as classes e grupos sociais que estão assentados em espaços diferenciais e desiguais na cidade de Pelotas, em virtude da distribuição desigual de bens coletivos a qual reproduz o sistema de produção do urbano. A partir desse fenômeno realiza-se-á a leitura das representações sociais sobre a riqueza e a pobreza na cidade de Pelotas, construídas pelos atores/agentes em diferentes lugares de moradia das classes médias altas, classes medias e classes trabalhadora. Este estudo procura interpretar a possibilidade de mudança das relações sociais, com base no processo de gestão da cidade através de políticas públicas que reconsiderem a ação dos atores/agentes sociais.

Equipe do Projeto

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