Nome do Projeto
Delineamento de uma Teoria da Ciência Aplicada à Sociologia
Ênfase
PESQUISA
Data inicial - Data final
05/03/2015 - 05/03/2018
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Humanas - Sociologia
Resumo
A sociologia desenvolveu-se fundada em tradições (a alemã, a francesa, a inglesa, a italiana, a norte-americana etc.) que se desdobraram em escolas, correntes, vertentes, autores; fazendo com que emergissem os conhecidos “ismos” (marxismo, weberianismo, positivismo, estruturalismo etc.). Esta é uma peculiaridade das ciências sociais dada justamente a sua origem. Conclui-se daí que se as teorias científicas devem ser vistas como modelos explicativos (representativos ou descritivos) de uma determinada realidade empírica, factual, então, tem-se que admitir que a teoria do conhecimento, proposta por Kuhn, não conseguiu explicar, representar ou descrever a dimensão empírica da produção do conhecimento científico sociológico. Este foi o principal motivo pelo qual os cientistas sociais, e os sociólogos, em particular, não conseguiram aplicar a epistemologia kuhniana a sua a sua própria ciência e fazerem uma sociologia do conhecimento científico sociológico. Ao se partir dessa constatação, poder-se-ia levantar algumas questões pertinentes: como funcionam, então, as ciências sociais – ou cada uma delas, tais como a sociologia, a ciência política, a antropologia em termos das suas práticas de produção de conhecimento? Como se organiza e se desenvolve o conhecimento nas ciências sociais? Como se dá o consenso, o dissenso, o debate nas ciências sociais, considerando-se que, por se tratar de uma Ciência, é composta e articulada por teorias e por conceitos? Tem havido revoluções na produção de conhecimento científico nas ciências sociais? Se não, então, como ela avança (se avança)?

Objetivo Geral

As diferentes disciplinas que constituem a Ciência, contemporaneamente, parecem ter esquecido que o conhecimento científico “disciplinar”, não é um “dado natural”, isto é, as disciplinas não se encontram dadas na natureza, mas, sim, constituem-se numa “invenção” (construção) social. Portanto, a atual cartografia do conhecimento pode – em muitos casos deve – ser reorientada. Ciências da natureza e ciências sociais, no último século (e cada vez mais), têm apresentado um grau de complexidade muito semelhante, isto é, seus objetos não conseguem (e cada vez menos) ser afrontados por uma epistemologia exclusivamente analítica e linear.
É mister que se atenda à necessidade de se recartografar o conhecimento disciplinar com a construção de sínteses cada vez mais necessárias, tornando borrados os limites demarcatórios entre uma e outra ciência, sobretudo, no que se refere às questões de fundamentação/epistemológica, teóricas e de métodos. É necessário que se avance, também, com relação a certos “marcos epistemológicos”, hoje canonizados e pouco revisitados que, de certo modo, foram erigidos levando em conta estritamente a ciências da natureza tais como: “lógica da pesquisa científica”, “refutacionismo”; “revolução científica”, “paradigma”, “obstáculos epistemológicos, “duas culturas” ciências naturais” e ciências sociais” e que já não atendem a “lógica” da pesquisa contemporânea como atendia há meio século atrás.
Esboçar e propor que se repense aspectos epistemológicos para o conhecimento social à luz da noção de plataforma cognitiva ou plataforma de conhecimento, sobre as quais é possível construir, expressar distintos modelos explicativos: as teorias. Tais plataformas cognitivas constituem-se, em uma primeira aproximação, em “espaços” analíticos, portanto abstratos, oriundos da atividade cognitiva voltada à Ciência, nos quais as construções teóricas e tudo o mais que isto implica: fundamentação epistemológica, conceitos, métodos, etc., são erigidas, ganham “substância” discursiva. Portanto a noção de plataforma cognitiva, como conceito epistemológico, permite comportar e dar sentido à complexa dinâmica contemporânea do conhecimento, como uma dimensão (espaço?) atemporal, de disputas agônicas que podem se desenvolver considerando-se, inclusive, diferentes âmbitos do debate acerca do conhecimento. Neste sentido é possível que se avance em questões que são cruciais ao desenvolvimento da própria reflexão epistemológica, isto é, dos fundamentos da Sociologia....



Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
BRUNA KUCHARSKI WAGNER406/05/201505/03/2018
CAMILA BOTELHO SCHUCK406/05/201505/03/2018
FLÁVIA TEIXEIRA CORRÊA406/05/201505/03/2018
GABRIEL BANDEIRA COELHO406/05/201505/03/2018
JULIO MARINHO FERREIRA406/05/201505/03/2018
MURILO PAIOTTI DIAS406/05/201505/03/2018
ÉVERTON GARCIA DA COSTA405/03/201505/03/2018

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