Nome do Projeto
Discurso de ódio: mídia, redes e movimentos sociais
Ênfase
PESQUISA
Data inicial - Data final
04/04/2016 - 04/04/2018
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Linguística, Letras e Artes - Linguística - Teoria e Análise Linguística
Resumo
O discurso de ódio, comumente definido como aquele que incita a discriminação de indivíduos ou grupos de indivíduos devido à raça, ao gênero, à religião, à nacionalidade, à orientação sexual etc., vem, desde as manifestações de junho de 2013, tomando lugar de destaque nas discussões políticas do país. De um lado, vemos a ascensão de grupos centrados na promoção do ódio de raça, como é o caso de grupos neonazista (Cf. Avila, 2013), de gênero, de classe etc. Por outro lado, vemos a ascensão de movimentos que rechaçam tal cenário e opõem-se frontalmente a ele. O acirramento da disputa entre grupos contrários é sintoma de uma reconfiguração do espaço dos possíveis (Cf. Rancière, 2009) que resta, ainda, investigar no Brasil.Žižek (2008) prevê a existência de dois tipos de violência: a violência subjetiva, aquela que se realiza efetivamente em atos fisicamente violentos, a qual é percebida pelos sujeitos como algo que se dá sem que haja um pano de fundo violento; e a violência objetiva, aquela menos evidente que subjaz a todo ato violento. A violência objetiva, para o autor, pode ser sistêmica, ou seja, aquela prevista no funcionamento ordinário dos sistemas econômicos e políticos, ou simbólica, isto é, aquela violência efetivada na imposição de um universo logicamente estabilizado de sentido(s) aos sujeitos. Nesse sentido, podemos supor que o discurso de ódio pode ser caracterizado, conforme a definição de Žižek, como violência simbólica, o que, longe de afastá-lo da violência subjetiva, faz que seja um de seus motores. Como violência simbólica, o discurso de ódio manifesta-se nas mais variadas condições locais de produção, desde manifestações de rua e eventos religiosos até redes sociais e redes de discussão na internet. No desenvolvimento desta pesquisa, acreditamos ser possível (re)conhecer, sob os pressupostos teóricos da Análise de Discurso (AD), os processos discursivos de produção de sentidos que regem o discurso de ódio tal como se apresenta no cenário brasileiro. Para tanto, lançaremos mão do referencial teórico da AD e da Linguística Aplicada, bem como de áreas conexas, como a psicanálise, a história, a filosofia e a sociologia. Para tal empreendimento, são centrais os conceitos de discurso, como efeito de sentidos entre interlocutores (Cf. Pêcheux, 1990), ideologia, na concepção materialista de Althusser (1985), sujeito, na concepção psicanalítica que atravessa todo o referencial da AD, violência, como já citado.

Objetivo Geral

Objetivo geral:
- compreender os processos de produção de sentidos engendrados no/sobre o discurso de ódio.
Objetivos específicos:
- promover a reflexão acerca dos discursos contemporâneos que engendram o tema da violência;
- identificar processos discursivos recorrentes que subjazem ao discurso de ódio;
- produzir conhecimento a respeito do fenômeno contemporâneo da violência discursiva.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
ARIADNE SIQUEIRA DE MEDEIROS402/05/201604/04/2018
Diegne Alexandre Ferreira de Brito Cardoso302/06/201701/08/2017
GABRIELA JORGE CAVA402/05/201606/02/2017
HELENA MACEDO DE FREITAS302/06/201703/06/2017
JEFFERSON FONSÊCA DE SOUZA401/12/201704/04/2018
Jenifer da Silva Dias521/03/201704/04/2018
KARINA GIACOMELLI221/03/201722/03/2017
LAÍS SILVA GARCIA404/04/201622/07/2016
LETÍCIA SILVEIRA DE OLIVEIRA401/12/201704/04/2018
LUCIANA IOST VINHAS321/09/201604/04/2018
Luiza Siqueira Katrein401/12/201704/04/2018
MARIA PIA MENDOZA SASSI421/03/201704/04/2018
PAOLA MARIE VITACA RODRIGUES402/05/201606/02/2017
RAPHAELA PALOMBO BICA DE FREITAS402/05/201604/04/2018
SHAIANE DA SILVA NEVES402/05/201604/04/2018
TAMIRES GUEDES DOS SANTOS302/05/201606/02/2017
THALYTA BRUNA COSTA DO LAGO401/12/201704/04/2018
ÂNDRIA PINTADO DOS SANTOS401/12/201704/04/2018
ÉRIX BARROS MIRANDA421/03/201722/03/2017

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