Nome do Projeto
SEMENTES NATIVAS DO RIO GRANDE DO SUL COMO FONTE DE NOVAS LECTINAS
Ênfase
PESQUISA
Data inicial - Data final
31/07/2016 - 31/07/2018
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Biológicas - Bioquímica
Resumo
A sistemática vegetal é uma área de estudo que permite aprofundar os conhecimentos científicos relacionados a origem e manutenção da biodiversidade. Estudos na taxonomia precisa utilizar fontes independentes de dados, como marcadores moleculares, caracteres morfológicos e dados ecológicos, entre outros, para aumentar a acurácia e a confiabilidade na delimitação de espécies (DAYRAT, 2005; PADIAL et al., 2010).Marcadores bioquímicos de proteínas e enzimas também são produtos de expressão dos genes, podendo ser utilizados como descritores para a caracterização das espécies. Por meio destes marcadores é possível obter resultados de forma rápida. Uma destas proteínas encontradas nos vegetais e que podem ser utilizadas como marcadores são as lectinas. O Rio Grande do Sul é incontestavelmente um dos estados brasileiros onde a taxonomia apresenta grande avanço e, em função disto, surgem grandes dúvidas do ponto de vista fenotípico na identificação de espécies. Por outro lado, este estado apresenta uma grande e suigeneris biodiversidade de espécies vegetais, que devem ser estudadas não só para se aumentar o conhecimento do nosso patrimônio genético, mas também como uma forma de se aprender a manipular nossas espécies com o intuito de preservação e de avaliação da potencialidade destas espécies como fonte de moléculas biologicamente ativas. Estudos já realizados nesta linha pesquisa permitiram o isolamento, caraterização e aplicações biológicas de novas lectinas das espécies de Dioclea violacea, Canna limbata, Acacia farnesiana e Canavalia bonariensis (BEZERRA et al., 2013; ARAUJO et al., 2012; SANTI-GADELHA et al. 2012; CAVADA et al., 1996). Em função do exposto, o presente projeto apresenta não só a importância de estabelecer novos parâmetros taxonômicos utilizando estas proteínas vegetais como marcadores, mas também a peculiaridade de continuar a encontrar, purificar e caracterizar, novas biomoléculas vegetais, principalmente entre espécies nativas e introduzidas na região sul do Rio Grande Sul, investigando suas aplicações como marcadores taxonômicos bem como estudos das ações destas glicoproteínas em vários processos biológicos.

Objetivo Geral

- Coletas periódicas de sementes e respectivas exsicatas (para identificação botânica) de espécies nativas e introduzidas na região Sul do Brasil, especialmente da região sul do Rio Grande do Sul;
- Elaboração das farinhas das sementes coletadas, previamente delipidadas quando for o caso;
- Extração de proteínas a diferentes valores de pH durante 3 horas, centrifugação e análise dos extratos;
- Realização sistemática de avaliação da capacidade de hemaglutinação de extratos proteicos (obtidos a diferentes pH) destas sementes;
- Determinação do teor de proteínas nos diferentes extratos;
- Ensaio de inibição da atividade hemaglutinante com açúcares simples e glicoproteínas a fim de se determinar a especificidade da (s) lectina (s) presente (s);
- Isolamento, purificação e caracterização química, físico-química, imunoquímica de novas lectinas;
- Confecção de perfis eletroforético das farinhas das espécies estudadas para estabelecimento de possíveis correlações quimiotaxonômicas;
- Isolamento e caracterização, a partir do extrato hexânico da farinha de cada espécie estudada, dos lipídeos insaponificáveis e saponificáveis, determinando na última fração o tipo e os teores de ácidos graxos. Com os dados obtidos estabelecer possíveis correlações quimiotaxonômicas;
- Confecção de dendogramas para estabelecimento das correlações filogenéticas.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
ALDO GIRARDI POZZEBON1201/04/201630/03/2018
RUGGÉRO MENDES CERETTA1201/04/201630/03/2018
VALDONEI ROQUE MENEZES1201/04/201630/03/2018

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