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09/05/2016 - 25/12/2017

Engenharias - Engenharia Sanitária - Estudos e Caracterização de Efluentes Industriais

A indústria de conservas vegetais e animais tem uma grande tradição em Pelotas, RS, representando uma fonte importante de recursos e empregos para a região. A indústria de conservas despeja nos corpos receptores de 4 a 10 L de água residuária por kg de matéria-prima processada. Dentro deste contexto o emprego de cianbactérias no tratamento de efluentes associado a produção de biocompostos é uma alternativa viável frente aos tratamentos convencionais de tratamentos, uma vez que, da biomassa gerada podem ser extraídos importantes compostos de interesse comercial. Aphanothece microscopica Nägeli caracteriza-se pela propriedade de desenvolver-se na ausência de luz e vêm sendo estudada como elemento removedor de compostos de efluentes e produção de proteína unicelular da indústria de alimentos, com importantes resultados de pesquisas gerenciadas a nível piloto. Embora muitos trabalhos enfatizem a importância da biomassa gerada nos tratamentos de efluentes ou em meios de cultivos, existem lacunas a serem preenchidas, para um real aproveitamento desta matéria-prima, tal é o caso da quantificação de proteína. Em face disso o trabalho tem por objetivo estudar a cianobactéria Aphanothece microscopica Nägeli no tratamento do efluente do processamento de conservas bem como avaliar a produção de proteína na biomassa gerada. Para isso serão realizados cultivos com a cianobactéria Aphanothece microscopica Nägeli conduzidos heterotroficamente usando o efluente de conservas como meio de cultura em biorreatores de coluna de bolhas nas condições de concentração celular inicial de 0,2g.L-1, pH ajustado a 7,6, reator isotérmico a temperaturas de 20ºC, ausência de luz e aeração contínua de 1VVM. Os parâmetros cinéticos de crescimento celular e consumo de substratos limitantes serão monitorados a cada 4h durante as fases de crescimento do microrganismo. Ao final dos cultivos a biomassa gerada será caracterizada quanto a produção de proteína e será avaliada a possibilidade de reuso conforme os parâmetros descritos na Portaria 518 do Ministério da Saúde/2004 para potabilidade de água.