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01/04/2018 - 01/03/2023

Ciências Exatas e da Terra - Geociências - Geodésia

O cálculo do geoide/quasegeoide é a chave para a conversão de altitudes derivadas dos sistemas de navegação por satélites artificiais em altitudes com significado físico. Deve ser lembrado que a maior parte do efeito geoidal é derivado dos longos comprimentos de onda, associados normalmente a graus de desenvolvimento do geopotencial inferiores a 360. Os curtos comprimentos de onda, correspondentes aos graus superiores a 360, fornecem o grau de detalhamento necessário aos levantamentos de alta resolução. Por exemplo, o EGM2008 (grau de desenvolvimento 2190) aponta para uma resolução espacial de aproximadamente 8 km. Os longos comprimentos de onda são obtidos tradicionalmente por rotinas instaladas em servidores externos (vide, por exemplo, http://icgem.gfz-potsdam.de/home) e ou por algoritmos desenvolvidos em Fortran (e.g Gravsoft) ou, ainda, disponibilizados exclusivamente em cursos com este cunho específico, enquanto os curtos comprimentos de onda são obtidos em função de modelos digitais de elevação, cuja resolução espacial disponível hoje é da ordem de 30 m. O entendimento, portanto, das componentes de curto e longo comprimento de onda no cálculo do geoide quasegeoide depende da compreensão plena de como são ajustados e utilizados os coeficientes do Geopotencial, derivados de soluções que são função de quantidades vinculadas ao potencial perturbador/anômalo da gravidade. Neste trabalho, propõe-se a desenvolver funções do Geopotencial a partir de técnicas alternativas e verificar os efeitos de tais implementações. As rotinas serão escritas principalmente em códigos Matlab® e Octave®.