Nome do Projeto
Liberdade Humana e Graça Divina no Pensamento Ético de Santo Anselmo
Ênfase
PESQUISA
Data inicial - Data final
01/08/2018 - 31/07/2019
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
Resumo
Santo Anselmo de Aosta (1033 – 1109) escreveu, muito provavelmente entre os anos de 1080 e 1086, três pequenos tratados, todos em forma de diálogo, nos quais encontramos os fundamentos do que poderíamos considerar como seu pensamento ético. É, de fato, no De Veritate, no De libertate arbitrii e no De casu diaboli que transparece o vínculo entre as noções de verdade, justiça, liberdade e retidão. A justiça, com efeito, é definida como “a retidão da vontade, observada por causa de si mesma”. Antes dos referidos escritos, o autor já tratara de questões relativas à moral, principalmente no Monologion, obra em que está descrita, em ampla medida, a ideia de que tudo o que existe tem sua origem primeira em um criador que é sumamente bom e que tudo o que dele procede é, necessariamente, bom. O homem, criatura racional, detém um lugar especial na obra da criação, sendo que o sentido e o destino da sua vida estão intrinsecamente marcados pela sua relação com o criador. O presente estudo toma como pressupostos tudo o que Anselmo apresentou no Monologion e na trilogia moral, a fim de enfocar o papel da Graça divina na orientação da vontade da criatura racional. Anselmo faz afirmações fortes sobre a condição do homem pecador e o papel da Graça. Diz, por exemplo, que a nenhuma criatura é possível alcançar a retidão sem a Graça, pois a vontade não é reta porque assim deseja ser; sua retidão é devida à Graça (cf. DC III,3). Afirma, igualmente, que o homem caiu por sua própria vontade, mas só poderá reerguer-se através da Graça (cf. DC III,8). Desse modo, cabe perguntar sobre o papel do livre-arbítrio diante da Graça. Seria a Graça uma espécie de determinação divina? Se assim fosse, não haveria propriamente livre-arbítrio. Ciente do problema, Anselmo afirma, no De Concordia, que a retidão é fruto da Graça; a vontade de conservá-la, no entanto, cabe ao livre-arbítrio. A fim de melhor compreender as relações entre a Graça divina e a liberdade humana, buscaremos investigar de que forma Anselmo consegue sustentar o papel decisivo, ainda que não determinante da primeira, sem ir de encontro à segunda. A chave para a resolução do problema parece estar no papel adjutório da Graça. Ela, com efeito, adiuvet liberum arbitrium a conservar a retidão da vontade.

Objetivo Geral

Compreender as relações entre vontade livre e graça no pensamento de Santo Anselmo;
Analisar a noção anselmiana de retidão moral e sua relação com a graça e a liberdade.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
DOUGLAS CHAVES DE SOUZA501/08/201831/07/2019
JEAN MARCEL DA COSTA CARDOSO DUARTE501/08/201831/07/2019
JOAO CARLOS DA SILVEIRA TONDOLO501/08/201831/07/2019

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