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21/02/2019 - 31/12/2019

Ciências Agrárias - Zootecnia - Produção Animal

A pecuária de corte é uma atividade com grande importância na economia brasileira, destacando-se, mundialmente, por ser o segundo maior rebanho (ANUALPEC, 2015)exportador de carne bovina (USDA, 2015). A pecuária de corte caracteriza-se,principalmente, porexploração extensiva, mas coma competitividade de áreas da pecuária com a agricultura tem gerado a necessidade de intensificação da produção, sendo o confinamento uma alternativa eficiente para atingir esta meta de aumentode produtividade e lucro (LOPES et al., 2007). Nosistema de confinamento o custo fixo (valor gasto com a propriedade) é irrisório quando comparado ao sistema extensivo, no qual os custos variáveis são muito maiores, principalmente devido aos gastos com nutrição (SOARES et al., 2015; PACHECO et al., 2014). Contudo, ainda que o aumento no fornecimento de alimentos concentrados possam gerar maiores custos, tornando-o mais oneroso do que o sistema extensivo, o aumento da proporção de concentrado melhora o desempenho animal, aumentando o ganho de peso, reduzindo o tempo de terminação (MISSIO et al., 2009). Logo, a escolha do nível de relação volumoso/concentrado vai variar de acordo com o valoreconômico dos mesmos (SOARES et al., 2015; PACHECO et al., 2014). Entretanto, a inclusão de alimentos ricos em carboidratos de fácil metabolização pode ocasionar o desenvolvimento de alterações metabólicas como a acidose ruminal subclínica (SARA) e afecções podais. A SARA, além de gerar queda acentuada na motilidade ruminal, ingestão e ruminação também pode afetar, secundariamente, o sistema locomotor.Assim, se torna fundamental o acompanhamento clínico e análises anatomopatológicas dos dígitos bovinos bem como do rúmen de animais submetidos à dietas altamente energéticas. Casos de acidose ruminal aguda, induzida experimentalmente provocamhiperemia doscascos, levando a acreditar que existe uma ligação entre nutrição e problemas de casco (MORROWet al., 1973). Segundo Berchielli et al. (2009), isso é causado pelas mudanças na formação do tecido córneo da sola do casco,além de alterações vasculares devido a liberação de mediadores vasoativos durante episódios de acidose ruminal. No entanto, faltam estudos combovinos de corte em condições comerciais de produçãonas quais normalmente ocorre acidose subclínica (PLAIZIER et al., 2009). A etiologia precisa e a patogênese de problemas de casco em ruminantes não é totalmente conhecida (BOOSMAN et al., 1991). A dieta pode ser um fator etiológico de distúrbios