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25/06/2018 - 31/12/2019

Ciências Humanas - Educação - História da Educação

O projeto propõe um estudo sobre a formação de professores primários para o ensino dos saberes matemáticos implementada nas escolas normais ou complementares do Rio Grande do Sul, no período 1889-1970. São enfocados os processos e as práticas formativas no âmbito de três estabelecimentos com importância destacada no cenário regional: a Escola Normal de Porto Alegre, criada no tempo do Império, atual Instituto Estadual de Educação General Flores da Cunha; a Escola Complementar de Pelotas, atual Instituto Estadual de Educação Assis Brasil; a Deutsches Evangeliches Lehrerseminar, atual Escola Normal Evangélica de Ivoti, vinculada ao Sínodo Rio-Grandense. No âmbito da UFPel, o projeto possui enfoque prioritário na Escola Complementar de Pelotas, atual Instituto Estadual de Educação Assis Brasil. Considera-se que, em função da identificação de novas fontes, pode-se extrapolar o contexto de interesse inicial e analisar outras instituições, bem como seus personagens, que atuaram na formação das normalistas no período definido pelo Projeto, em Pelotas e outras cidades do Rio Grande do Sul. Em linhas gerais, a pesquisa é orientada pelas seguintes questões: qual o papel dos saberes matemáticos na formação do professor para o ensino primário? Como as instituições formadoras concebiam e praticavam essa formação? Quais representações de escola, de professor e de formação eram evocados ou orientavam a ação dos formadores? Como os atores dessas instituições interpretaram o ideário de movimentos como o escolanovismo e a Matemática Moderna, e que proposições construíram para o ensino dos saberes matemáticos nas escolas primárias? A investigação ancora-se na inventariação de fontes no âmbito das instituições supramencionadas, com especial atenção aos documentos escolares tais como atas, cadernos de classe, cadernos de apontamentos, correspondência oficial, exames, fotografias, gravuras, livros didáticos, “mapas”, quadros, planos, programas e publicações; na constituição de fontes orais, a partir de entrevistas com antigos professores ou estudantes das instituições; na análise de documentos que integram os arquivos pessoais dos entrevistados, tais como certificados, correspondência pessoal, diários, cadernetas de apontamentos; no confronto entre essas fontes e outras que nos falam sobre as ideias pedagógicas em circulação, como as revistas pedagógicas e os documentos oficiais, produzidos nas instituições ou para as instituições.