Nome do Projeto
Impacto da laminite crônica na gestação da égua e respectivos potros
Ênfase
PESQUISA
Data inicial - Data final
01/03/2019 - 01/03/2023
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias - Medicina Veterinária - Obstetrícia Animal
Resumo
Em equinos, a laminite caracteriza-se como uma importante enfermidade relacionada a quadros hipertensivos. Os efeitos deletérios da laminite crônica na gestação de éguas é um tema ainda pouco explorado na clínica de equinos, porém trata-se de um problema de grande importância nos criatórios de equinos no Brasil. O efeito da vasoconstrição a nível placentário já foi descrito em mulheres e éguas. Em éguas com laminite crônica foi comprovada a presença de hipertensão, com consequente fibrose de microcotilédones e espessamento da parede de arteríolas da região de transição do alantocórion. Além disso, estas éguas apresentaram menor tempo de gestação e placentas mais leves. Mesmo apresentando padrões placentários distintos, hemocorial em mulheres e epiteliocorial em éguas, a resposta do tecido placentário a agressão apresenta similaridade. Assim, éguas com síndrome laminite podem vir a serem utilizadas como modelos experimentais para a preeclampsia em mulheres. Alterações útero-placentárias nas éguas podem levar a redução do aporte nutricional dos fetos, com consequente nascimento de neonatos com baixo peso, que podem ser prematuros ou dismaturos. Assim, o estudo da patogênese das alterações útero-placentárias em éguas com laminite crônica é essencial para o entendimento da síndrome na gestação, além de possibilitar relacionar a viabilidade dos potros provenientes dessas gestações. A produção de potros debilitados ou de risco representa um ponto de estrangulamento da criação. Uma vez que o criador/produtor investe 11 meses em nutrição, sanidade e infra-estrutura para a manutenção de uma gestação que não produzirá um produto economicamente viável. A relação da interferência das alterações clínicas hipertensivas e sistêmicas da laminite crônica na gestação ainda é insipiente. Assim, a definição de métodos de diagnóstico que possam predizer a relação dessas alterações sistêmicas em relação à gestação é fundamental. Auxiliando assim na seleção das matrizes da propriedade e evitando o descarte desnecessário de éguas de alto valor zootécnico. Como objetivo geral do projeto pretende-se identificar alterações útero-placentárias em éguas gestantes com laminite crônica, relacionando com as alterações hormonais e de viabilidade e desenvolvimento dos potros provenientes dessas gestações.
Objetivo Geral
Objetivo geral:
Identificar alterações útero-placentárias em éguas gestantes com laminite crônica, relacionando com as alterações hormonais, viabilidade dos neonatos e desenvolvimento dos potros provenientes dessas gestações.
Objetivos específicos
- Avaliar alterações de peso da placenta e peso dos potros provenientes de éguas com laminite crônica;
- Avaliar a maturidade dos potros neonatos, baseado em características clínicas, hematológicas e bioquímicas;
- Avaliar as alterações nas dosagens séricas dos hormônios progesterona, estradiol 17β e relaxina em éguas gestantes com laminite crônica;
- Avaliar a histomorfometria das placentas provenientes de éguas com laminite crônica;
- Avaliar a presença e quantificar o fator de crescimento VEGF e do receptor para VEGF na placenta de éguas com laminite crônica;
- Avaliar a biometria dos potros ao nascimento e a relação de seu peso e altura com potros provenientes de éguas sadias;
- Avaliar o desenvolvimento destes potros até os seis meses de vida.
Identificar alterações útero-placentárias em éguas gestantes com laminite crônica, relacionando com as alterações hormonais, viabilidade dos neonatos e desenvolvimento dos potros provenientes dessas gestações.
Objetivos específicos
- Avaliar alterações de peso da placenta e peso dos potros provenientes de éguas com laminite crônica;
- Avaliar a maturidade dos potros neonatos, baseado em características clínicas, hematológicas e bioquímicas;
- Avaliar as alterações nas dosagens séricas dos hormônios progesterona, estradiol 17β e relaxina em éguas gestantes com laminite crônica;
- Avaliar a histomorfometria das placentas provenientes de éguas com laminite crônica;
- Avaliar a presença e quantificar o fator de crescimento VEGF e do receptor para VEGF na placenta de éguas com laminite crônica;
- Avaliar a biometria dos potros ao nascimento e a relação de seu peso e altura com potros provenientes de éguas sadias;
- Avaliar o desenvolvimento destes potros até os seis meses de vida.