Nome do Projeto
OS RISCOS GEOPOLÍTICOS NO SISTEMA-MUNDO ATUAL: ANÁLISE, PERSPECTIVAS E IMPACTOS PARA OS SETORES PÚBLICO E PRIVADO
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
20/10/2025 - 19/10/2029
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Humanas
Resumo
O projeto de pesquisa propõe uma análise crítica e aplicada dos riscos geopolíticos no sistema-mundo contemporâneo. Em um cenário global marcado por volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade — o chamado mundo VUCA —, os autores destacam como disputas entre potências, conflitos híbridos, crises energéticas, avanços tecnológicos e mudanças climáticas configuram um mosaico de riscos sistêmicos que afetam diretamente Estados e corporações.
A pesquisa parte da interseção entre a geopolítica crítica e a teoria do sistema-mundo de Immanuel Wallerstein, reconhecendo que os riscos geopolíticos não são eventos isolados, mas fenômenos interconectados com outras ameaças globais. Exemplos emblemáticos como a guerra na Ucrânia, as tensões no Mar do Sul da China e em Taiwan, e os conflitos cibernéticos ilustram como os riscos se manifestam em múltiplas dimensões — econômicas, tecnológicas, ambientais e informacionais.
O projeto enfatiza que tanto o setor público quanto o privado enfrentam desafios inéditos. Governos lidam com ameaças à soberania e à estabilidade institucional, enquanto empresas enfrentam riscos legais, operacionais e reputacionais. A gestão desses riscos exige estratégias de prevenção, adaptação e resposta, articuladas por meio de políticas públicas resilientes, inteligência estratégica, segurança cibernética e parcerias internacionais.
A revisão teórica é estruturada em três eixos principais: (1) sistema-mundo e geopolítica crítica, com autores como Wallerstein e Ó Tuathail; (2) segurança internacional e sociedade de risco, com Ulrich Beck e Barry Buzan; e (3) estratégia, geoeconomia e inteligência geopolítica, com Edward Luttwak e Parag Khanna. Relatórios de instituições como o World Economic Forum, Eurasia Group e RAND Corporation complementam a análise empírica.
A metodologia combina abordagens qualitativas e quantitativas, incluindo análise documental, estudos de caso (Ucrânia, Taiwan, Oriente Médio, Sahel), entrevistas com especialistas e aplicação de matrizes de risco geopolítico. O software INTERISK será utilizado para integrar dados e apoiar a gestão de riscos conforme normas internacionais como a ISO 31000:2018 e o COSO ERM.
A justificativa do projeto reside na necessidade urgente de compreender os mecanismos que produzem e amplificam os riscos geopolíticos, oferecendo subsídios práticos para sua mitigação. A geopolítica crítica é valorizada como ferramenta analítica que permite desconstruir narrativas hegemônicas e compreender os riscos como construções sociais e políticas. Ao mesmo tempo, o projeto mantém o compromisso com a análise estratégica e aplicada.
Por fim, o projeto busca construir pontes entre o conhecimento acadêmico e as demandas reais dos setores público e privado, contribuindo para a formação de profissionais capacitados e para o fortalecimento da soberania nacional, da segurança corporativa e da governança global. Em um mundo interdependente e competitivo, a capacidade de antecipar e responder aos riscos geopolíticos torna-se uma vantagem estratégica essencial.
Objetivo Geral
Investigar os principais riscos geopolíticos no sistema-mundo contemporâneo, decorrentes do declínio relativo dos EUA, da ascensão da China e do ressurgimento da Rússia, analisar seus impactos para os setores público e privado e propor soluções estratégicas para a gestão desses riscos.
Justificativa
A justificativa deste projeto reside na urgência de compreender os riscos geopolíticos em sua complexidade, bem como de oferecer um processo estruturado de gestão desses riscos, isto é, um framework baseado nas melhores práticas de mercado e alinhado aos padrões internacionais, como a ISO 31000:2018 e o COSO ERM, para seu enfrentamento. Em um mundo marcado pela incerteza, pela competição estratégica e pela interdependência, a capacidade de antecipar, mitigar e responder aos riscos torna-se um imperativo para Estados e empresas. Este projeto, ao propor uma análise crítica e aplicada, pretende ser uma contribuição relevante para esse esforço coletivo de construção de segurança, resiliência e sustentabilidade no sistema-mundo contemporâneo.
Metodologia
A pesquisa será qualitativa e quantitativa, com abordagem exploratória e analítica. Os procedimentos metodológicos incluem:
Análise documental: Relatórios, artigos acadêmicos, documentos oficiais.
Estudo de caso: Ucrânia, Taiwan, Oriente Médio, Sahel.
Entrevistas semiestruturadas: Especialistas em geopolítica, segurança e economia.
Análise de risco: Aplicação de matrizes de risco geopolítico para setores público e privado.
Utilização do software INTERISK: apoio à gestão de riscos geopolíticos, integrando análise qualitativa e quantitativa em conformidade com normas internacionais (ISO 31000:2018 e COSO ERM).
A triangulação de dados garantirá maior robustez às conclusões.
Análise documental: Relatórios, artigos acadêmicos, documentos oficiais.
Estudo de caso: Ucrânia, Taiwan, Oriente Médio, Sahel.
Entrevistas semiestruturadas: Especialistas em geopolítica, segurança e economia.
Análise de risco: Aplicação de matrizes de risco geopolítico para setores público e privado.
Utilização do software INTERISK: apoio à gestão de riscos geopolíticos, integrando análise qualitativa e quantitativa em conformidade com normas internacionais (ISO 31000:2018 e COSO ERM).
A triangulação de dados garantirá maior robustez às conclusões.
Indicadores, Metas e Resultados
Propõem-se indicadores, metas e resultados esperados que estejam alinhados aos objetivos estratégicos e à metodologia adotada. Os indicadores servirão para mensurar o progresso e a efetividade das ações previstas, enquanto as metas estabelecem parâmetros temporais e quantitativos para a execução das atividades. Já os resultados esperados refletem os impactos e contribuições que o projeto pretende alcançar no campo acadêmico e na prática institucional.
Entre os principais indicadores, destacam-se o número de estudos de caso concluídos sobre regiões geopolíticas críticas, como Ucrânia, Taiwan, Oriente Médio e Sahel; o número de entrevistas realizadas com especialistas em geopolítica, segurança internacional e inteligência estratégica; a produção científica gerada, incluindo artigos em periódicos qualificados, capítulos de livros e apresentações em eventos acadêmicos; a aplicação da matriz de risco geopolítico desenvolvida junto a organizações públicas e privadas; o uso do software INTERISK em simulações e diagnósticos; o número de parcerias institucionais firmadas com órgãos governamentais, empresas e centros de pesquisa; e a quantidade de eventos de disseminação de conhecimento, como cursos, workshops e seminários.
As metas estabelecidas para o projeto incluem a finalização de quatro estudos de caso em um prazo de 24 meses, a realização de pelo menos dez entrevistas com especialistas nos primeiros seis meses, a publicação de três artigos científicos em até dezoito meses, o desenvolvimento e validação da matriz de risco geopolítico em nove meses, a aplicação do software INTERISK em cinco simulações ao longo de um ano, o estabelecimento de três parcerias institucionais nos primeiros seis meses e a realização de dois eventos de disseminação de conhecimento em até doze meses, sendo um voltado ao setor público e outro ao setor privado.
Os resultados esperados incluem o mapeamento dos principais riscos geopolíticos que afetam o Brasil e o sistema-mundo, com foco nos impactos estratégicos para governos e empresas; a criação de uma ferramenta de análise e gestão de riscos geopolíticos adaptada à realidade brasileira, com potencial de aplicação em políticas públicas e planejamento corporativo; o fortalecimento da capacidade analítica nacional em temas de segurança internacional, inteligência estratégica e geoeconomia; a integração entre a academia e os setores decisórios, promovendo uma cultura de antecipação e resposta a riscos complexos; a contribuição teórica e metodológica para os campos da geopolítica crítica, teoria do sistema-mundo e gestão de riscos; e a formação de profissionais capacitados para atuar em ambientes de alta complexidade geopolítica, com visão sistêmica e estratégica.
Esses elementos visam garantir que o projeto não apenas avance no campo da pesquisa acadêmica, mas também gere impactos concretos na formulação de políticas públicas, na tomada de decisão empresarial e na construção de uma cultura de segurança e resiliência diante dos desafios geopolíticos contemporâneos.
Entre os principais indicadores, destacam-se o número de estudos de caso concluídos sobre regiões geopolíticas críticas, como Ucrânia, Taiwan, Oriente Médio e Sahel; o número de entrevistas realizadas com especialistas em geopolítica, segurança internacional e inteligência estratégica; a produção científica gerada, incluindo artigos em periódicos qualificados, capítulos de livros e apresentações em eventos acadêmicos; a aplicação da matriz de risco geopolítico desenvolvida junto a organizações públicas e privadas; o uso do software INTERISK em simulações e diagnósticos; o número de parcerias institucionais firmadas com órgãos governamentais, empresas e centros de pesquisa; e a quantidade de eventos de disseminação de conhecimento, como cursos, workshops e seminários.
As metas estabelecidas para o projeto incluem a finalização de quatro estudos de caso em um prazo de 24 meses, a realização de pelo menos dez entrevistas com especialistas nos primeiros seis meses, a publicação de três artigos científicos em até dezoito meses, o desenvolvimento e validação da matriz de risco geopolítico em nove meses, a aplicação do software INTERISK em cinco simulações ao longo de um ano, o estabelecimento de três parcerias institucionais nos primeiros seis meses e a realização de dois eventos de disseminação de conhecimento em até doze meses, sendo um voltado ao setor público e outro ao setor privado.
Os resultados esperados incluem o mapeamento dos principais riscos geopolíticos que afetam o Brasil e o sistema-mundo, com foco nos impactos estratégicos para governos e empresas; a criação de uma ferramenta de análise e gestão de riscos geopolíticos adaptada à realidade brasileira, com potencial de aplicação em políticas públicas e planejamento corporativo; o fortalecimento da capacidade analítica nacional em temas de segurança internacional, inteligência estratégica e geoeconomia; a integração entre a academia e os setores decisórios, promovendo uma cultura de antecipação e resposta a riscos complexos; a contribuição teórica e metodológica para os campos da geopolítica crítica, teoria do sistema-mundo e gestão de riscos; e a formação de profissionais capacitados para atuar em ambientes de alta complexidade geopolítica, com visão sistêmica e estratégica.
Esses elementos visam garantir que o projeto não apenas avance no campo da pesquisa acadêmica, mas também gere impactos concretos na formulação de políticas públicas, na tomada de decisão empresarial e na construção de uma cultura de segurança e resiliência diante dos desafios geopolíticos contemporâneos.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
CHARLES PEREIRA PENNAFORTE | 4 | ||
EDGAR AVILA GANDRA | 4 | ||
EDUARDO GRECCO CORREA | |||
IZAN REIS DE ARAÚJO | |||
JOAO LEONARDO SILVA CAMPOS | |||
KAROLAINE CAPUA | |||
LEONARDO SILVA AMARAL | |||
LISA MARIE BATISTA BASTOS | |||
MARIA EDUARDA MOTTA DE CASTRO | |||
MARIANA VALLEJO COSTA | |||
MATEUS JOSÉ DA SILVA SANTOS | |||
PATRÍCIA SCHNEID ALTENBURG | |||
VITORIA MARQUES ACOSTA |