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O projeto "Filosofia no Buteco" justifica-se pela necessidade da filosofia no âmbito social em geral tendo em vista o seu caráter crítico-reflexivo sobre os nossos preconceitos e crenças, atitudes que, muitas vezes, não são colocadas à prova ou questionadas, sendo tomadas como verdades absolutas. Com efeito, umas das "tarefas" da filosofia consiste em sua capacidade de fazer com que os sujeitos reflitam sobre a sua condição no mundo e no seu contexto sócio-cultural, sobre as suas crenças, etc, para que possa intervir e atuar de uma forma mais livre, responsável e crítica. Neste sentido, a velha definição da filosofia como aquela ciência com a qual ou sem a qual o mundo permanece igual acaba por manifestar a sua ingenuidade e apego aos ideais positivistas. Por outro lado, parece-nos que só a partir de filósofos pós-modernidade e romantismo, como Nietzsche, Marx, Heidegger, Sartre, só para citar alguns, é que a filosofia passa a apontar para a necessidade de justificar-se como uma disciplina transformada da realidade. Nesta direção, pensamos na construção de um projeto de extensão como "Filosofia no Buteco" para tentar promover o debate filosófico sério e com rigor argumentativo na inserção com a comunidade em geral a partir de temas e problemas de relevância social. Além disso, o projeto prevê que em tais debates participem profissionais e pessoas externos à filosofia, bem como de acadêmic@s de graduação e de pós-graduação. Por último, o projeto pretende ser itinerante, de modo que temos a pretensão de "levar" a Filosofia para "butecos" na periferia da cidade de Pelotas, portanto, não se limitando a ambientes próximos dos estudantes e do centro da cidade, como, por exemplo, em bairros como a Z3, Dunas, Getúlio Vargas, etc.

O projeto prevê, pelo menos, a realização de uma atividade mensal, mas pelas experiências de anos anteriores, a ideia é que ocorra três edições mensais, incluindo bares próximos à UFPel e outros nos bairros da cidade.

Promover a reflexão crítica, a participação política e a autonomia dos sujeitos enquanto sujeitos ético-polítcos.