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A LEI Nº 10.639/03 11.645/2008 incluiu no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados. Mesmo não sendo de cumprimento obrigatório,
constam nas leis que o conteúdo programático deverá incluir diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população
brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no
Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas
social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil (Lei Direto, 2009). A Lei 10.639 foi promulgada em 2003 e, na época, incluiu no currículo
oficial da rede de ensino somente a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira.
Esta é uma das propostas do grupo Design + Escola + Arte (D.E.A.) tendo em vista que, o cumprimento da lei tem proporcionado resultados
bastante positivos no que se refere à auto-estima das crianças negras e indígenas a partir de atividades realizadas abordando de forma direta e
indireta os diversos componentes curriculares. A Universidade Federal de Pelotas, da qual faz parte a maioria dos membros do grupo D.E.A., tem
seu trabalho pautado em três áreas de atuação: o ensino, a pesquisa e a extensão. Na atividade extensionista os graduandos trabalham e
exercitam o conhecimento construído ao atuarem na sociedade, passando a perceber a importância das informações e conceitos desenvolvidos na Universidade. Nesta conjuntura afloram a iniciativa, a autoconfiança e o
espírito de cidadania enfraquecendo as forças do materialismo puro. A comunidade, por sua vez também é favorecida nesta relação de cooperação,
pois as crianças, jovens e estudantes adultos desta pátria miscigenada passam a valorizar a sua cultura em detrimento dos valores importados.
Como, por exemplo, ao conhecerem personalidades importantes no desenvolvimento político, econômico e social brasileiros e as contribuições do
povo africano e indígena nas mais diversas áreas do conhecimento.
Assim o Grupo D.E.A., através do Projeto XIX SECONEP, consciente da importância do direcionamento de um trabalho que vise reduzir as
diferenças sociais já descritas e da busca pela valorização de todos os indivíduos, especialmente os alunos cotistas dos cursos de graduação e
pós-graduação desta Universidade propõe um seminário abordando temas que podem se adequar as diversas realidades regionais. Partindo de um
leque de opções, que contemplam artes, saúde, cultura, trabalho voluntário, segurança e educação almejando ter por resultado produções
intelectuais e novas formas de pensamento e ideais, não apenas dos colaboradores do projeto, mas da comunidade atingida.
O grupo de coordenadores do projeto, composto por profissionais das áreas: Engenharia, Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas e Artes,
faz com que seja possível a realização, por parte do grupo, de um trabalho riquíssimo no que se refere ao ganho de conhecimentos nas 04 áreas,
contemplando a interdisciplinaridade na sala de aula e uma melhor formação profissional dos graduandos além de contribuir para a construção da
cidadania de todos os elementos envolvidos neste processo educativo não-formal.
O conteúdo programático assimilado pelos alunos de Design Gráfico e Artes Visuais, no que se refere ao conhecimento de Perspectiva e Sombras,
Construções Geométricas, Desenho Técnico e Introdução a Computação Gráfica, serão utilizados na proposição e desenvolvimento da Identidade
Visual do seminário.
A tendência desta proposição é a de que se abram espaços e oportunidades, para então criar um ambiente de auto-valorização e reconhecimento
de suas raízes e potencialidades.

O Grupo DEA juntamente com a Secretaria Municipal de Educação e o Clube Fica Ahí Pra Ir Dizendo pretende realizar XIX Seminário da
Consciência de Pelotas. O seminário já em sua nona edição tem por objetivo proporcionar um espaço de discussão e construção de proposta para
o surgimento de uma nova sociedade.
O trabalho se desenvolverá em dois dias no Clube Fica Ahí e na Universidade Federal de Pelotas, caracterizando-se por apresentar debates
intensos na busca da compreensão dos temas abordados e construção de propostas concretas.
As etapas a serem seguidas:
- Diálogo com o responsável pela Secretaria Municipal de Educação e representantes de entidades não governamentais interessados para
definições dos temas a serem abordados, bem como a escolha dos palestrantes do evento.
- Entrevista com a família dos homenageados deste ano após votação pelas redes sociais.
- Geração de esboço do evento, organização dos temas a serem abordados e definição do material de apoio e de divulgação a ser elaborado;
- Apresentação da proposta ao grupo que fará parte da primeira etapa do processo;
- Confecção do material de apoio e da programação visual do evento com colaboração de estudantes do Design Gráfico, Artes, Gestão Hospitalar,
Educação Física, Letras e Direito pertencentes ao projeto de extensão Grupo DEA.
- Convidar aos seminaristas (palestrantes), sugeridos;
- Convidar Centros assistenciais, entre outros para contribuir com o evento, considerando o conhecimento a ser gerado e divulgação do trabalho
coordenado por cidadãos da região sul do país.
- Divulgar na imprensa a realização do Seminário.

Aumentar o número de participantes e dispertar nos mesmos o interesse na busca da educação de nível superior pleiteando a ascensão intelectual,
social e a maior participação nos destinos do país.
Articular-se com outras instituições que tenham por meta a divulgação do patrimônio material e imaterial afrobrasileiro,
Melhor qualificar os graduandos e pós graduandos da Ufpel vista a participação dos mesmos a nível de ensino, pesquisa e extensão universitária.
Viver e divulgar a cultura negra brasileita;
Prestigiar as personalidades negras locais, protagonizadores de mudanças sociais e políticas na região sul do Brasil.