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Por meio de ações de conscientização linguística, acredita-se que o aprendiz de línguas adicionais ou o falante de uma língua minoritária possa obter condições de reconhecer e respeitar que várias línguas podem coexistir e estar aberto à aprendizagem de novas línguas (ALTENHOFEN; BROCH, 2011). Ainda, ações de conscientização linguística podem fomentar a desconstrução de concepções errôneas, a diminuição de preconceitos sobre variedades linguísticas e o aprimoramento do processo de aprendizagem de línguas. Por essas razões, recomenda-se que essa prática poderia ser somada ao ensino de competências, como vocabulário, gramática, pronúncia, cultura, tradução e as quatro habilidades, tornando-se um componente da educação bilíngue/multilíngue.

Serão desenvolvidas, juntamente com alunos de graduação, oficinas e ações de conscientização linguística para a comunidade, especialmente escolar. As oficinas são baseadas na teoria sobre conscientização linguística (ALTENHOFEN; BROCH, 2011; GARCÍA, 2008; HAWKINS, 1999), sobre línguas minoritárias (p. ex. ALTENHOFEN, 1996, 2013; GRENOBLE; ROTH SINGERMAN, 2014; ROMAINE, 1995) e multilinguismo (p. ex. CENOZ, 2013; HUFEISEN, 2003; JESSNER, 2008) e em relatos práticos (HORST; KRUG; FORNARA, 2017; PUPP SPINASSÉ; KÄFER, 2017).
Para aumentar o leque de escolas (ou projetos) onde as oficinas serão ministradas, a equipe entrará em contato com professores de línguas e/ou com a direção e agendará oficinas de acordo com o interesse. A ações são destinadas a alunos das séries finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, podendo ser adaptadas para outros níveis e outros perfis. Será ministrada, no mínimo, uma oficina por mês em escolas da região de Pelotas e da região metropolitana de Porto Alegre.

Espera-se que os alunos das escolas possam adquirir percepção consciente e sensível da aprendizagem e do uso das línguas envolvidas na sua comunidade. Para tanto, desenvolveremos oficinas específicas para cada população linguística (comunidades hunsriqueanas, pomeranas, fronteiriças, de aprendizagem de alemão como língua adicional e demais comunidades interessadas). Visamos também produzir materiais autoexplicativos que objetivam também conscientizar alunos de escolas sobre variedades linguísticas e, ainda, preparar materiais de registro das línguas minoritárias.