Nome do Projeto
Jornada de Estudos sobre a Pedagogia triangular: bipolaridades em questão
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
05/07/2018 - 30/10/2018
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Humanas
Eixo Temático (Principal - Afim)
Educação / Educação
Linha de Extensão
Formação de professores
Resumo
O evento parte do diagnóstico de uma sociedade com crescente conflituosidades, cujo debate tem alcançado consideráveis níveis de bipolarizações. Esse grau de tensão entre diferentes compreensões de mundo tem levado a extremismos nada saudáveis. Por isso, a necessidade de um espaço para debate e reflexões sobre alternativas teórico-práticas na elaboração de uma agenda voltada a reconstruir as dimensões de um projeto emancipador, sem homogeneizar as distintas perspectivas de compreensão de mundo. O ponto de partida está em problematizar a abordagem educacional em torno das matizes etno-históricas e geoculturais que perfazem a diversidade de mundos e de concepções de vida inerentes ao atual contexto afro-ibérico e americano. Esse aporte visa reconstruir a base de um projeto político-pedagógico, suas composições originárias e, então, poder reorganizar as perspectivas teórico-filosóficas dos nossos mundos. Sua fundamentação não deriva de uma perspectiva alicerçada em bipolarizações, mas de complementaridade, cujas condições intersubjetivas exige o reconhecimento das distintas perspectivas de compreensão de mundo. Por um lado, essa noção abre caminho para o resgate descolonizador da racionalidade ontologizada pela perspectiva científico-monolinguista. Por outro, a nova proposta trata de consolidar uma pedagogia triangular, cuja perspectiva fenomenológica possibilita compreender as matizes afro-luso e ameríndias das Américas, reorganizando as matizes desde uma racionalidade comunicativa.
Objetivo Geral
Delinear a possibilidade de superação da dicotomia opressor versus oprimido estabelecendo como parâmetro a dimensionalidade triangular, considerando as matizes etno-históricas e geoculturais das matizes latino-americanas.
Justificativa
O debate sobre a noção de “américa” ganha novos patamares quando a temática se relaciona com a categoria geoculturalidade. Por isso, a necessidade de coerentizar as matizes histórico-culturais que perfazem a diversidade de mundos e de concepções de vida inerentes ao atual contexto das américas. Além do ponto de vista europeu, cresce e se consolida o entendimento em vistas a ampliar essa compreensão e, então, entender o papel de coautoria as demais raízes etnoculturais das gentes norte, centro e sul-americanas. Deste modo, é possível admitir e empoderar as contribuições indígenas (ou povos originários) e afrodescendentes, cujo leque perfaz uma variedade extraordinária de representações do atual contexto americano. Não poucas vezes, essa multiplicidade se defronta a conflitos e seu teor é motivo de violência dos mais variados tipos. O estudo salienta o fecundo contexto sócio-cultural desde uma epistemologia para o mundo da vida afro-ibérico-ameríndio. Nessa perspectiva, as considerações geoculturais remetem a um horizonte que interconecta três continentes: África, Europa e as Américas. Ao mesmo tempo, pretende-se subsidiar a proposta relativa aos cursos universitários brasileiros no que concerne às exigências de incorporação dos estudos afro- e indígenas, seja do ponto de vista histórico e/ou cultural. Não se trata de estudar apenas a história e a cultura das três vertentes de nossas raízes, mas compreender também as lutas e reivindicações intrínsecas ao movimento geocultural da modernidade ocidental, cujo processo de reconhecimento da diversidade possibilitaria uma convivência harmoniosa. Nesse processo, a diversidade não significa apenas a certificação de mundos e estilos de vida diferenciados, mas também a desconstrução das colonialidades e, ao mesmo tempo, a preocupação com as alternativas para o diálogo intercultural e a convivência hospitaleira na multiplicidade. Em vista disso, o texto procura salientar uma gramática pluridimensional das tradições americanas, sem desprender-se das matizes étnico-culturais do pensar e do filosofar ocidental. A alternativa pós-colonial indica, pois, uma compreensão epistemológica capaz de entender a composição dessas matizes, insistindo também em “outras” perspectivas, atitude voltada a renovar a compreensão das gentes norte, centro e sul americanas.
Metodologia
Uma jornada de estudos, com apresentação conceitual da Pedagogia Triangular, seguida de experiências práticas e debate.
Indicadores, Metas e Resultados
Garantir um espaço para estudar a noção de pedagogia triangular no horizonte de uma compreensão epistemológica de concepções mundos diferenciados;
Elaborar uma base teórica voltada a ampliando as discussões sobre pedagogia triangular;
Elaborar um site, blog ou outro canal de comunicação interativa para ampliar as reflexões sobre pedagogia triangular.
Fortalecer o grupo de estudos sobre o tema em questão a partir de novos estudos e possibilidades de diálogos
Divulgar a pedagogia triangular como um novo ponto de partida para se compreender e reconstruí nossas matizes pedagógicas...
Elaborar uma base teórica voltada a ampliando as discussões sobre pedagogia triangular;
Elaborar um site, blog ou outro canal de comunicação interativa para ampliar as reflexões sobre pedagogia triangular.
Fortalecer o grupo de estudos sobre o tema em questão a partir de novos estudos e possibilidades de diálogos
Divulgar a pedagogia triangular como um novo ponto de partida para se compreender e reconstruí nossas matizes pedagógicas...
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
CLARICE FRANCO DE SOUZA | |||
ELBIO GERARDO SILVEIRA RAMOS | |||
FERNANDO AMARAL | |||
JOVINO PIZZI | 4 | ||
LUCIANA DE SOUZA VARGAS | |||
MARIBEL DA ROSA ANDRADE | |||
RICHÉLE TIMM DOS PASSOS DA SILVA | |||
VALÉRIA FONTOURA NUNES |