Nome do Projeto
CONSERVAÇÃO DO SOLO E DA ÁGUA EM ÁREAS DE BOVINOCULTURA LEITEIRA NA REGIÃO SUL DO RIO GRANDE DO SUL
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
14/03/2017 - 31/12/2019
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Eixo Temático (Principal - Afim)
Meio ambiente / Tecnologia e Produção
Linha de Extensão
Desenvolvimento regional
Resumo
Áreas com elevada declividade, solos rasos e frágeis e/ou manejo inadequado à capacidade de uso da terra fazem parte da realidade de muitas unidades produtivas da região sul do Rio Grande do Sul. Esta situação representa um risco para a sustentabilidade dos sistemas de produção leiteira local, cuja alimentação do gado se baseia principalmente no uso de ração e de pasto verde e conservado na forma de silagem. A ração, adquirida pronta ou preparada no local, representa dependência de insumos externos e um custo importante para o produtor de leite. As espécies predominantemente usadas para pastoreio na unidade produtiva são culturas anuais de inverno e verão, principalmente azevém, trevos, aveia preta, capim sudão, sorgo e milheto sob preparo de solo convencional (aração e gradagens); enquanto que milho e sorgo são as culturas preferidas para ensilagem e podem ser cultivadas sem preparo do solo, mas com pouca deposição de palha. Por esta razão, tanto a produção de pasto como de milho podem levar ao desbalanço de nutrientes do solo, principalmente potássio e nitrogênio, à compactação pelo pisoteio do gado e trânsito de máquinas, redução de cobertura vegetal, exposição e perdas de matéria orgânica do solo, perda do horizonte fértil do solo por erosão hídrica e, consequentemente, ao aporte de sedimentos para os corpos d'água. A presente proposta objetiva: i) identificar e avaliar o estado de conservação do solo em áreas produtoras de leite da região; ii) estimar as perdas de solo por erosão hídrica nas propriedades produtoras de leite da região e iii) definir estratégias para as tomadas de decisão sobre o uso e manejo adequado do solo, visando controlar os impactos ambientais já mencionados. Desta forma, torna-se necessária a efetiva participação dos produtores em todas as etapas do processo, visando que as ações propostas sejam ambientalmente sustentáveis, socialmente justas e economicamente vantajosas e que representem melhoria na qualidade de vida do homem do campo e de sua família.
Objetivo Geral
Caracterizar áreas de bovinocultura leiteira na região sul do Rio Grande do Sul visando identificar o estado de conservação do solo e o planejamento do uso e manejo adequado da terra.
Justificativa
O projeto está vinculado às ações do Programa de Desenvolvimento da Bovinocultura de Leite da Metade Sul do Rio Grande do Sul Competitividade e Sustentabilidade da Pecuária Leiteira Familiar (PDBL), que vem sendo desenvolvido por professores da FAEM e FAVET (UFPEL), em conjunto com equipes da Embrapa, Emater e IFSUL, e com apoio da Azonasul, desde 2008. Este projeto está de acordo com as linhas de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Manejo e Conservação do Solo e da Água (MACSA) e, portanto, envolverá a participação de estudantes de graduação e pós-graduação.
Áreas com elevada declividade, solos frágeis e/ou manejo inadequado do solo e da produção fazem parte da realidade de muitas propriedades da região sul do Rio Grande do Sul, o que representa uma situação crítica para o desenvolvimento das pastagens e, consequentemente, para a produtividade leiteira local. O processo de produção leiteira é intensivo no uso da terra e não pode prescindir da segurança alimentar do gado, uma vez que os animais demandam alimento de qualidade todos os dias do ano. Este se constitui num dos principais desafios das propriedades familiares da região: garantir a oferta de pasto e milho para silagem na unidade de produção sem degradar o solo e a água, com limitações de área física e de mão de obra. Em relação a impactos ambientais, o sistema de produção leiteira tem apresentado problemas com a compactação do solo e ravinamento em áreas de trânsito intenso dos animais de cria, incorrendo em perdas de solo por erosão hídrica e aporte de sedimentos para os corpos d'água. Além disso, muitas propriedades têm adotado culturas e sistemas de manejo que não condizem com a capacidade de uso da terra (CUT). Neste sentido, para evitar ou minimizar estes problemas, torna-se necessário desenvolver alternativas e sugestões para o uso e manejo adequado da terra, visando o controle do processo de degradação existente nas áreas de produção de leite.
Áreas com elevada declividade, solos frágeis e/ou manejo inadequado do solo e da produção fazem parte da realidade de muitas propriedades da região sul do Rio Grande do Sul, o que representa uma situação crítica para o desenvolvimento das pastagens e, consequentemente, para a produtividade leiteira local. O processo de produção leiteira é intensivo no uso da terra e não pode prescindir da segurança alimentar do gado, uma vez que os animais demandam alimento de qualidade todos os dias do ano. Este se constitui num dos principais desafios das propriedades familiares da região: garantir a oferta de pasto e milho para silagem na unidade de produção sem degradar o solo e a água, com limitações de área física e de mão de obra. Em relação a impactos ambientais, o sistema de produção leiteira tem apresentado problemas com a compactação do solo e ravinamento em áreas de trânsito intenso dos animais de cria, incorrendo em perdas de solo por erosão hídrica e aporte de sedimentos para os corpos d'água. Além disso, muitas propriedades têm adotado culturas e sistemas de manejo que não condizem com a capacidade de uso da terra (CUT). Neste sentido, para evitar ou minimizar estes problemas, torna-se necessário desenvolver alternativas e sugestões para o uso e manejo adequado da terra, visando o controle do processo de degradação existente nas áreas de produção de leite.
Metodologia
Localização da área de estudo
A área em estudo localiza-se na Metade sul do Rio Grande do Sul, pertencente à região da Azonasul e já contemplada no PDBL.
Estratégias:
- Seleção de propriedades de produção leiteira que sejam representativas na região sul do estado;
- Reuniões para apresentação, discussão, montagem e monitoramento das ações do projeto com todos os envolvidos;
- Caracterização das unidades participativas;
- Georreferenciamento das propriedades produtoras de leite;
- Levantamento com caracterização inicial de cada unidade de produção: do tipo de solo, relevo, pastagens existentes e sistema de manejo dos animais de produção leiteira;
- Caracterização física e química do solo;
- Elaboração de planos de uso e manejo para as áreas de bovinocultura leiteira;
- Acompanhamento e avaliações periódicas do estado de conservação das áreas;
- Elaboração de Diretrizes Técnicas impressas e de fácil acesso à comunidade;
- Divulgação das ações por meio de reuniões com a comunidade.
Estratégias a serem potencialmente empregadas para minimizar a degradação do solo e das pastagens
Conforme a realidade e necessidade de cada propriedade leiteira poderão ser realizadas e/ou sugeridas as seguintes ações alternativas:
- Manejar a fertilidade do solo visando o uso eficiente dos recursos disponíveis na propriedade rural, bem como das práticas de adubação e calagem;
- Visualizar junto com o agricultor, no campo, de forma simples e prática, alguns dos indicadores da degradação do solo;
- Estimar as perdas de solo por erosão, por meio da Equação Universal de Perdas de Solo, em escala de glebas e para cada propriedade;
- Adequar as terras à sua capacidade de uso;
- Incentivar e acompanhar o cultivo de cordões de vegetação permanente, para minimizar os processos erosivos e o aporte de sedimentos para os corpos d’água;
- Eliminar o revolvimento do solo ou reduzi-lo por meio de escarificação com alternância de profundidade de preparo;
- Controlar do tráfego de máquinas e animais, conforme o limite de plasticidade do solo;
- Planejar, em parceria com os produtores, os caminhos (trajetos) dos animais em nível;
- Evitar o super pastejo;
- Incentivar o maior aproveitamento de áreas de pastagens por meio do manejo rotativo racional (Voisin), visando à preservação da cobertura e aproveitamento e distribuição dos resíduos gerados (esterco e cama);
- Propor o aumento da matéria orgânica do solo por meio da adubação orgânica ou do uso de plantas de cobertura;
- Sugerir e monitorar a implantação de pastagens adequadas a cada sistema de produção, tendo como base a correção dos solos, sua fertilização e o uso da irrigação;
- Incentivar o aumento da cobertura do solo e a perenização de pastagens. Dar prioridade ao uso de espécies com ressemeadura farta, boa produção de biomassa, sistema radicular abundante e plantas estoloníferas e rizomatosas. Estas alternativas poderão ser necessárias para evitar problemas de degradação dos solos, reduzir perdas de matéria orgânica do solo e, consequentemente, fornecer alimento de qualidade adequado à produção dos animais, bem como reduzir a necessidade de mão de obra e a dependência de insumos externos.
A área em estudo localiza-se na Metade sul do Rio Grande do Sul, pertencente à região da Azonasul e já contemplada no PDBL.
Estratégias:
- Seleção de propriedades de produção leiteira que sejam representativas na região sul do estado;
- Reuniões para apresentação, discussão, montagem e monitoramento das ações do projeto com todos os envolvidos;
- Caracterização das unidades participativas;
- Georreferenciamento das propriedades produtoras de leite;
- Levantamento com caracterização inicial de cada unidade de produção: do tipo de solo, relevo, pastagens existentes e sistema de manejo dos animais de produção leiteira;
- Caracterização física e química do solo;
- Elaboração de planos de uso e manejo para as áreas de bovinocultura leiteira;
- Acompanhamento e avaliações periódicas do estado de conservação das áreas;
- Elaboração de Diretrizes Técnicas impressas e de fácil acesso à comunidade;
- Divulgação das ações por meio de reuniões com a comunidade.
Estratégias a serem potencialmente empregadas para minimizar a degradação do solo e das pastagens
Conforme a realidade e necessidade de cada propriedade leiteira poderão ser realizadas e/ou sugeridas as seguintes ações alternativas:
- Manejar a fertilidade do solo visando o uso eficiente dos recursos disponíveis na propriedade rural, bem como das práticas de adubação e calagem;
- Visualizar junto com o agricultor, no campo, de forma simples e prática, alguns dos indicadores da degradação do solo;
- Estimar as perdas de solo por erosão, por meio da Equação Universal de Perdas de Solo, em escala de glebas e para cada propriedade;
- Adequar as terras à sua capacidade de uso;
- Incentivar e acompanhar o cultivo de cordões de vegetação permanente, para minimizar os processos erosivos e o aporte de sedimentos para os corpos d’água;
- Eliminar o revolvimento do solo ou reduzi-lo por meio de escarificação com alternância de profundidade de preparo;
- Controlar do tráfego de máquinas e animais, conforme o limite de plasticidade do solo;
- Planejar, em parceria com os produtores, os caminhos (trajetos) dos animais em nível;
- Evitar o super pastejo;
- Incentivar o maior aproveitamento de áreas de pastagens por meio do manejo rotativo racional (Voisin), visando à preservação da cobertura e aproveitamento e distribuição dos resíduos gerados (esterco e cama);
- Propor o aumento da matéria orgânica do solo por meio da adubação orgânica ou do uso de plantas de cobertura;
- Sugerir e monitorar a implantação de pastagens adequadas a cada sistema de produção, tendo como base a correção dos solos, sua fertilização e o uso da irrigação;
- Incentivar o aumento da cobertura do solo e a perenização de pastagens. Dar prioridade ao uso de espécies com ressemeadura farta, boa produção de biomassa, sistema radicular abundante e plantas estoloníferas e rizomatosas. Estas alternativas poderão ser necessárias para evitar problemas de degradação dos solos, reduzir perdas de matéria orgânica do solo e, consequentemente, fornecer alimento de qualidade adequado à produção dos animais, bem como reduzir a necessidade de mão de obra e a dependência de insumos externos.
Indicadores, Metas e Resultados
A avaliação será realizada por meio da comparação entre resultados de fotos e análises físicas e/ou químicas do solo, obtidos antes e depois das ações do projeto. Será avaliada também, por meio de reuniões, a opinião dos produtores de leite e de técnicos da área, sobre as melhorias na conservação do solo e das pastagens.
Ao final do período de execução desse projeto (24 meses), espera-se atender e ter resultados de pelo menos 10 propriedades de produção leiteira da região.
Os resultados obtidos poderão servir de base para a indicação de uso e manejo mais adequado do solo para as propriedades da região, contribuindo para melhorar a qualidade de vida dos produtores, bem como para a recuperação ou conservação do solo.
Ao final do período de execução desse projeto (24 meses), espera-se atender e ter resultados de pelo menos 10 propriedades de produção leiteira da região.
Os resultados obtidos poderão servir de base para a indicação de uso e manejo mais adequado do solo para as propriedades da região, contribuindo para melhorar a qualidade de vida dos produtores, bem como para a recuperação ou conservação do solo.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
DIOVAN FONSECA GOULART | |||
ELIANA APARECIDA CADONÁ | |||
FLAVIA FONTANA FERNANDES | 13 | ||
MARGARETH ANDRADE DOS REIS TAVARES | |||
MARIA BERTASO DE GARCIA FERNANDEZ | |||
MARIA CANDIDA MOITINHO NUNES | 14 | ||
MAYARA ZANCHIN | |||
NISCHA MAENO SILVA | |||
PABLO MIGUEL | 12 | ||
ROGERIO OLIVEIRA DE SOUSA | 1 | ||
VANESSA NERVIS |