Nome do Projeto
SÁBIO AMIGO
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
01/08/2019 - 31/07/2021
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências da Saúde
Eixo Temático (Principal - Afim)
Saúde / Saúde
Linha de Extensão
Terceira Idade
Resumo
O envelhecimento, mesmo sendo uma vitória da vida sobre a morte, traz consigo diversas perdas, entre elas de vínculos sociais, antes representados por amizades, companheirismo amoroso, trabalho, comunidade e família, gerando sensação de acentuada solidão e contribuindo, entre outros, para ocorrência de depressão, demência e perda de qualidade de vida em idosos, principalmente os institucionalizados. O projeto visa atuar junto a uma Instituição de Longa Permanência de Idosos (ILPI) da cidade de Pelotas, com intuito de agir sobre questões relacionadas ao envelhecimento que, ao nosso ver, merecem maior atenção, visando melhorar o bem-estar das idosas residentes. Para isso, reune estudantes vinculados ao curso de Medicina e a outras áreas da saúde, com o fim de levar a essas idosas o benefício das relações sociais, do diálogo, do contato humano, com a convicção de que, como indivíduos biopsicossociais, merecem atenção e cuidados integrais, muito além do puro aspecto biológico com que muitas vezes são tratadas no sistema de saúde.
Objetivo Geral
- Criar um ambiente agradável e ativo para as idosas que residem na Instituição de Longa Permanência de Idosos (ILPI) Vila Vicentina (Pelotas, RS), através da realização de atividades saudáveis, recreativas, educativas e cognitivas, buscando melhorar sua qualidade de vida.
- Proporcionar aos alunos participantes a oportunidade de entrar em contato com pessoas dotadas de vivências e experiências variadas, verdadeiros "sábios amigos", contribuindo também para desenvolver habilidades necessárias para lidar com essa faixa etária.
- Proporcionar aos alunos participantes a oportunidade de entrar em contato com pessoas dotadas de vivências e experiências variadas, verdadeiros "sábios amigos", contribuindo também para desenvolver habilidades necessárias para lidar com essa faixa etária.
Justificativa
A queda nas taxas de mortalidade e fecundidade, bem como o aumento da expectativa de vida, estabelecem o panorama do envelhecimento populacional e constituem o fenômeno da transição demográfica. No Brasil, idosos já constituem parcela importante da população. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 1970 a 2010, a razão entre a população com 60 anos ou mais e a população com idade inferior a 15 anos, conhecida como índice de envelhecimento (IE), aumentou 268%. De acordo com projeções das Nações Unidas, a variação do IE entre 2000 e 2050 será de 338%, evidenciando a transição demográfica que vem ocorrendo e trazendo à tona questões ligadas ao envelhecimento.
Conforme pesquisa realizada no período 2007 a 2009 pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), cerca de 0,5% (83.870) da população idosa brasileira vive em alguma das 3548 ILP's existentes; é baixo o número de instituições e o número de residentes vivendo nelas, evidenciando que, em geral, a institucionalização do idoso costuma ocorrer quando não há um entorno familiar capaz de proporcionar cuidados adequados. O conceito abrangente de saúde, estabelecido em 1948 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), "estado de bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doenças'', cria um horizonte a perseguir, uma visão de integralidade, contrapondo-se ao modelo biomédico que entende saúde como ''a vida no silêncio dos órgãos''.
Regulamentos importantes, como o Estatuto do Idoso, deixam claro que saúde, cultura e lazer são direitos dos idosos e, como comunidade, temos o dever de assegurar-lhes isso. Comparando a saúde mental de idosos em ILP's com idosos em domicílios, percebemos uma drástica diferença. Análise realizada em Maringá (PR), comparando a prevalência de sintomas depressivos entre três grupos de idosos (hospitalizados, asilados e domiciliados), utilizando escala para avaliação de depressão, revelou maior prevalência de depressão grave e muito grave no grupo dos asilados e maior prevalência de sintomatologia depressiva muito grave nas mulheres. Paralelamente, estudos sugerem que a rede social de um idoso tem relação inversa com sua saúde mental e que o apoio social ao idoso institucionalizado é essencial para sua adaptação à instituição, sobretudo em casos de fragilidade física, nos quais uma rede social fracamente estruturada constitui grande risco para ocorrência de sintomas depressivos. Estudo de BORGES et al., em lar de idosos de Belo Horizonte (MG), comparou estados de equilíbrio, depressão e cognição de idosas institucionalizadas e não institucionalizadas através de testes globalmente utilizados. A conclusão reforça a importância desse projeto: idosas institucionalizadas apresentaram menor preservação de aspectos cognitivos e maior risco de depressão. Achados justificados pelo fato desses idosos, ao serem transferidos para essas instituições, sofrerem alteração de estilo de vida, projetos pessoais, autonomia, redução no nível de atenção que recebem, na autoconfiança e pelo sentimento de abandono. Assim, a proposta de estabelecer uma rede de apoio social a idosas asiladas se mostra necessária e atua no âmbito da saúde e do bem-estar.
Conforme pesquisa realizada no período 2007 a 2009 pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), cerca de 0,5% (83.870) da população idosa brasileira vive em alguma das 3548 ILP's existentes; é baixo o número de instituições e o número de residentes vivendo nelas, evidenciando que, em geral, a institucionalização do idoso costuma ocorrer quando não há um entorno familiar capaz de proporcionar cuidados adequados. O conceito abrangente de saúde, estabelecido em 1948 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), "estado de bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doenças'', cria um horizonte a perseguir, uma visão de integralidade, contrapondo-se ao modelo biomédico que entende saúde como ''a vida no silêncio dos órgãos''.
Regulamentos importantes, como o Estatuto do Idoso, deixam claro que saúde, cultura e lazer são direitos dos idosos e, como comunidade, temos o dever de assegurar-lhes isso. Comparando a saúde mental de idosos em ILP's com idosos em domicílios, percebemos uma drástica diferença. Análise realizada em Maringá (PR), comparando a prevalência de sintomas depressivos entre três grupos de idosos (hospitalizados, asilados e domiciliados), utilizando escala para avaliação de depressão, revelou maior prevalência de depressão grave e muito grave no grupo dos asilados e maior prevalência de sintomatologia depressiva muito grave nas mulheres. Paralelamente, estudos sugerem que a rede social de um idoso tem relação inversa com sua saúde mental e que o apoio social ao idoso institucionalizado é essencial para sua adaptação à instituição, sobretudo em casos de fragilidade física, nos quais uma rede social fracamente estruturada constitui grande risco para ocorrência de sintomas depressivos. Estudo de BORGES et al., em lar de idosos de Belo Horizonte (MG), comparou estados de equilíbrio, depressão e cognição de idosas institucionalizadas e não institucionalizadas através de testes globalmente utilizados. A conclusão reforça a importância desse projeto: idosas institucionalizadas apresentaram menor preservação de aspectos cognitivos e maior risco de depressão. Achados justificados pelo fato desses idosos, ao serem transferidos para essas instituições, sofrerem alteração de estilo de vida, projetos pessoais, autonomia, redução no nível de atenção que recebem, na autoconfiança e pelo sentimento de abandono. Assim, a proposta de estabelecer uma rede de apoio social a idosas asiladas se mostra necessária e atua no âmbito da saúde e do bem-estar.
Metodologia
Seleção de alunos interessados em participar do projeto;
Quatro alunos auxiliarão no planejamento e organização das atividades;
Alunos participantes divididos em dois grupos que se alternarão para, semanalmente, realizar atividades na ILPI durante uma tarde. Os encontros promoverão atividades recreativas (como bailes de dança), que estimulem a mente, a capacidade de concentração e a criatividade (como bingo, artesanato), entre outras. Além disso, será reservado um tempo para dialogar, desenvolvendo a vinculação afetiva com as idosas e oportunizando espaço para falarem de si. Como algumas residentes situam-se acamadas na enfermaria, os voluntários serão organizados e treinados de modo a inclui-las nas atividades propostas, adaptando-as às necessidades dessas idosas.
Reuniões de equipe para discussão das atividades, com supervisão e orientação do coordenador.
Quatro alunos auxiliarão no planejamento e organização das atividades;
Alunos participantes divididos em dois grupos que se alternarão para, semanalmente, realizar atividades na ILPI durante uma tarde. Os encontros promoverão atividades recreativas (como bailes de dança), que estimulem a mente, a capacidade de concentração e a criatividade (como bingo, artesanato), entre outras. Além disso, será reservado um tempo para dialogar, desenvolvendo a vinculação afetiva com as idosas e oportunizando espaço para falarem de si. Como algumas residentes situam-se acamadas na enfermaria, os voluntários serão organizados e treinados de modo a inclui-las nas atividades propostas, adaptando-as às necessidades dessas idosas.
Reuniões de equipe para discussão das atividades, com supervisão e orientação do coordenador.
Indicadores, Metas e Resultados
Quantos às residentes da ILPI, espera-se uma melhora das condições físicas, cognitivas e psicossociais, ou seja, uma valorização da qualidade de vida de todas.
Quanto aos estudantes, espera-se que desenvolvam suas habilidades para lidar com idosos e também sua capacidade de escuta, tão importante para futuros profissionais da saúde.
A mensuração do impacto gerado pelas atividades será realizada por meio de um questionário, aplicado diretamente aos alunos participantes do projeto a fim de verificar o aprendizado adquirido por eles a partir das vivências propostas. Será aplicado no encontro de feedback.
Quanto aos estudantes, espera-se que desenvolvam suas habilidades para lidar com idosos e também sua capacidade de escuta, tão importante para futuros profissionais da saúde.
A mensuração do impacto gerado pelas atividades será realizada por meio de um questionário, aplicado diretamente aos alunos participantes do projeto a fim de verificar o aprendizado adquirido por eles a partir das vivências propostas. Será aplicado no encontro de feedback.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ANDRESSA SOUZA HILLAL | |||
ARIEL LACERDA DE LIMA | |||
BEATRIZ FRANCK TAVARES | 1 | ||
BIANCA LEOCADIO DUARTE | |||
CAROLINA BARILI BRANDI | |||
CAROLINA CURCIO SESSEGOLO | |||
DAIANI CORREA GONCALVES | |||
DOMINGOS ALVES DE SANTANA NETO | |||
FABIANA FALLEIRO VINCIPROVA | |||
FERNANDA DA SILVA KASPARY | |||
FERNANDA RAFAELA BIERHALS PRANDO | |||
FILIPE PEREIRA DE MORAIS | |||
FRANCIANE AMARAL RIBEIRO | |||
GABRIELLA MANGUCCI GODINHO | |||
GISELLE DOS SANTOS RADTKE DE OLIVEIRA | |||
GUSTAVO BASÍLIO CARDOSO | |||
IOLANDA RAMALHO MAZZOCCHI | |||
ISADORA SPIERING | |||
KAMILA ZILLE COELHO | |||
LAURA FREITAS OLIVEIRA | |||
LEONARDO DA SILVA SILVEIRA | |||
LORENZO PETEFFI ROESE | |||
LUANA DE OLIVEIRA RODRIGUES | |||
LUANA KELLEMANN PEREIRA | |||
LUCIANA DE OLIVEIRA MARQUES | 2 | ||
LUIZ PAULO DE OLIVEIRA FERREIRA | |||
LUIZA GUTIERREZ LEMOS | |||
LUIZE DA PORCIUNCULA CORREA | |||
MARCELO VITORIA REINEHR | |||
MARIANA PARRON PAIM | |||
MARINA SOARES DE OLIVEIRA | |||
PEDRO HENRIQUE EVANGELISTA MARTINEZ | |||
VANESSA LUANA KOETZ | |||
VERA LUCIA AVILA MELLO | 1 | ||
VITOR DIAS FURTADO | |||
YGOR TORRES PINTO |