Nome do Projeto
ÌMÒ JÉ - Grupo de estudo, pesquisa e extensão de Filosofia Africana
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
08/11/2019 - 24/12/2022
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Humanas
Eixo Temático (Principal - Afim)
Direitos Humanos e Justiça / Educação
Linha de Extensão
Metodologias e estratégias de ensino/aprendizagem
Resumo
Sabemos que, filosofia, etimologicamente significa amor à sabedoria. Obenga nos diz que a experiência humana é a base inescapável para um começo rumo a sabedoria. Onde quer que haja um ser humano, há também a experiência humana. Todos os seres humanos adquiriram, e continuam a adquirir sabedoria ao longo de diferentes rotas nutridas pela experiência e nela fundadas. Neste sentido, a filosofia existe em todo lugar. Ela seria onipresente e pluriversal, apresentando diferentes faces e fases decorrentes de experiências humanas particulares (Obenga, 2006; 49). De com Ramose e com este raciocínio a Filosofia Africana nasceu em tempos imemoriais e continua florescendo em nossos dias. É importante mensurar, que da mesma forma que o espanto levou os gregos naturalistas a filosofarem, pensarem no arqué, também levou outros povos a pensarem no princípio de todas as coisas, nos questionamentos ontológicos, nas questões metafisicas, incipiente buscar dar sentido às coisas. Outros povos já refletiam antes dos gregos chamarem de filosofia a pratica de uma reflexão profunda sobre o todo.

Objetivo Geral

O ponto de chegada do Ensino de Filosofia consiste na formação de mentes ricas de teorias, hábeis no uso do método, capaz de propor e desenvolver de modo metódico os problemas e de ler, de modo crítico, a complexa realidade que as circunda[...] criar nos estudos uma razão aberta[...]. E a razão aberta é a razão que sabe ter em si o corretivo de todos os erros que (enquanto razão humana) comete, passo a passo, forçando-a a recomeçar itinerários sempre novos. (REALE, ANTISIERE,1986,p7). Filosofia Africana tem em seu caráter de libertação, pensar a filosofia a partir de uma Afroperspectiva pode contribuir para uma conscientização e agencia dos povos africanos, assim como de povos africanos em diáspora no combate do racismo estrutural e desigualdades sociais com a realização de trabalhos de extensão para promover a troca de experiências entre os acadêmicos e a comunidade proporcionando uma melhor compreensão da realidade dos envolvidos. Os acadêmicos colocam em prática os conhecimentos teóricos adquiridos nos seus respectivos cursos e refletem sobre os problemas sócio-econômicos-ambientais.

Justificativa

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (art. 26-A), determina que em todo o currículo dos ensinos fundamental e médio brasileiros estejam presentes conteúdos de história e cultura africana e afro-brasileira, em todos os componentes curriculares incluindo, dessa forma, a Filosofia. Desenvolver um grupo de estudo e pesquisa de Filosofia Africana é uma forma de executar o que está posto na LDB art. 26-A. O grupo de Estudos, Pesquisas e Extensão de Filosofia Africana advém de uma demanda de alunos que, além do estudo e pesquisa, pretende valorizar escritos de intelectuais africanos africanas, assim como intelectuais africanos e africanas em diáspora. O Núcleo de Estudos e Pesquisas, É’LÉÉKO/UFPEL/UFRGS coordenado pela Profa. Dra. Miriam Alves e o Laboratório de Pesquisa GERU MAÃ/UFRJ coordenado pela Profa. Mestra Katiuscia Ribeiro, Projeto Buteco da Filosofia/IFISP/UFPEL coordenado pela Profa.Dra Flavia Chagas se apresentam como colaboradores e concedem apoio a realização do grupo de Estudo, Pesquisa e Extensão de Filosofia Africana no Instituto de Filosofia, Sociologia e Política, IFISP/UFPEL. Realizar de forma interdisciplinar estudos e pesquisas com outras áreas do conhecimento, como educação, sociologia, antropologia, história, artes, entre outras, atendendo ao aspecto multidisciplinar que muitas vezes permeia o debate filosófico contribui para o crescimento e avanço deste trabalho.

Metodologia

O grupo se reunirá uma vez por semana para ler as obras de filósofos e filósofas africanas realizando pesquisas, debates e reflexões sobre problemas filosóficos.

Indicadores, Metas e Resultados

Indicadores:Oferecer ao participante um espaço de debate sobre os temas explorados nas obras, oferecer ao participante uma outra forma de pensar filosofia e de filosofar, oferecer materiais que possam subsidiar pesquisas sobre a filosofia africana e afro-brasileira, oferecer o trabalho de extensão como auxílio nas tarefas de professores e professoras do ensino fundamental e médio e promover integração da universidade e comunidade. Espera-se que os participantes do grupo possam ter os subsídios básicos para a leitura de um texto filosófico africano, a fim de saber que o conhecimento africano, é uma filosofia. Também espera-se contribuir a um conhecimento filosófico africano resultando como disciplina curricular e trazer à Universidade Federal de Pelotas livros através de possíveis parcerias, deste modo enriquecendo a biblioteca da Universidade com obras de Filosofia Africana.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
Charlene da Costa Bandeira
Elisangela Faria Gambetá
FLAVIA CARVALHO CHAGAS2
GABRIELE COSTA PEREIRA
HIGOR LUAN SANTOS CAMARGO
IDELGIR DE SOUZA PEREIRA
JAYRO PEREIRA DE JESUS
JULIANE ANDRÉIA LUCIO SOARES
Jean Bosco Kakosi
Jessica Xavier Camargo
Josoe Silva do Amaral
LUCAS FERREIRA SALGADO
Luis Thiago Freire Dantas
MIRIAM CRISTIANE ALVES4
Maíra Amaro de Sousa
SILVIA BARRETO SOARES

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