Nome do Projeto
Compostos orgânicos à base de resíduos agrícolas como substrato para produção de mudas
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
20/01/2020 - 10/12/2025
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, servindo como matéria-prima para produção de diversos produtos como o etanol, a aguardente, rapadura e para alimentação animal. Outra espécie bastante utilizada para alimentação animal é o capim-elefante, entre as cultivares da espécie encontram-se a BRS Kurumi e a BRS Capiaçu. Visto que ambas espécies possuem propagação vegetativa, é possível a utilização do sistema de produção via minitoletes, porém esse sistema requer quantidades significativas de substrato. Com base nisso, o projeto tem como objetivo determinar o potencial de três compostos orgânicos na elaboração de substratos para a produção de mudas de cana-de-açúcar e capim-elefante. Neste sentido, será avaliada a eficiência agronômica para produção de mudas das espécies citadas.
Objetivo Geral
Avaliar o potencial agronômico de diferentes misturas para produção de mudas de três diferentes espécies de plantas: Capim-elefante anão BRS Kurumi, Capim-elefante silageiro BRS Capiaçu e Cana-de-açúcar.
Justificativa
Vivemos em uma era de crescente aumento populacional e a demanda por recursos e insumos, principalmente na agricultura, é cada vez maior. Geralmente os insumos utilizados para produção agrícola geram custos adicionais ao produtor, especialmente para o agricultor familiar. Outro problema ocasionado pelo aumento da população e consequentemente das atividades agrícola e pecuária, assim como a indústria de transformação de seus produtos, é a geração de grandes quantidades de resíduos orgânicos, incluindo folhas, palhas, cascas, bagaços, tortas, camas e estercos, carcaças de animais, entre outros. Todos esses resíduos, se não forem devidamente tratados, podem causar poluição do solo e das águas (NUNES, 2010).
Sabe-se que o Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, com cerca de 641 milhões de toneladas processadas na safra 2017/2018, segundo dados divulgados pela Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar). Em virtude da diversidade de materiais produzidos a partir da cana-de-açúcar, como o etanol, açúcar, energia, cachaça, caldo-de-cana, rapadura, esta possui grande importância econômica. Como consequência do processamento industrial da cana, são produzidos coprodutos como o bagaço, que é responsável por 25 a 30% em peso da cana moída, vinhaça, torta de filtro, palha, entre outros. Apesar de ser utilizado principalmente como fonte de energia nas regiões de produção em larga escala, ainda é necessário desenvolver alternativas para dar destino adequado ao mesmo em regiões como o
Sul do Brasil. Devido suas características, esse material encontra um vasto campo de utilização, dentre eles, na produção de ração animal, na produção de energia térmica, na indústria química, na fabricação de papel, papelão e aglomerados, como material alternativo na construção civil, na produção de biomassa microbiana e mais recentemente, na produção de álcool via bagaço e palha de cana (RODRIGUES, 2008).
Porém é possível utilizar esses resíduos, que muitas vezes são vistos como um problema, como substitutos para insumos comerciais, desde que esses atendam normas que garantam sua segurança agrícola e ambiental. Sabe-se que uma parte considerável destes coprodutos é composta por materiais orgânicos ricos em nutrientes, por isso tem se pesquisado alternativas de tratamento e reaproveitamento desses produtos, entre elas a utilização como insumo para substratos de algumas culturas como a alface, mudas de amendoim-bravo, flor de-mel, entre outras (LARANGEIRA et al., 2012; SANTOS et al., 2016; SPIER, et al., 2009), porém há poucos relatos na literatura sobre sua utilização como insumo para produção de substratos para espécies forrageiras. Com base nisso a compostagem apresenta-se como uma opção de tratamento, de baixo custo e boa eficiência.
Os compostos orgânicos tem sido amplamente utilizados para adubação agrícola, assim como na formulação de substratos alternativos, utilizados em sistemas de cultivo sem solo. O capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum.) é uma gramínea perene originária da África que apresenta elevada produção de forragem de ótimo valor nutritivo, entre as cultivares da espécie encontram-se a anão BRS Kurumi e o capim-elefante BRS Capiaçu.
Um dos fatores mais importantes para garantir o sucesso de uma lavoura é a escolha de mudas de qualidade, que apresentem vigor da parte aérea, bom sistema radicular e ausência de anormalidades fisiológicas, para isso alguns fatores são de grande importância, como o substrato, o volume do recipiente, e o manejo das mudas. Dentre esses, um dos mais importantes é a composição dos substratos, uma vez que a germinação de sementes, iniciação radicular e enraizamento de estacas estão diretamente ligados às características químicas, físicas e biológicas do substrato (CALDEIRA et al., 2000).
Com base nisso, o projeto terá como objetivo produzir composto orgânico a partir de resíduos agrícolas e
avaliar sua aptidão como insumo para formulação de substratos para produção de mudas de Capim- elefante anão BRS Kurumi, Capim-elefante silageiro BRS Capiaçu e Cana-de-açúcar.
Sabe-se que o Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, com cerca de 641 milhões de toneladas processadas na safra 2017/2018, segundo dados divulgados pela Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar). Em virtude da diversidade de materiais produzidos a partir da cana-de-açúcar, como o etanol, açúcar, energia, cachaça, caldo-de-cana, rapadura, esta possui grande importância econômica. Como consequência do processamento industrial da cana, são produzidos coprodutos como o bagaço, que é responsável por 25 a 30% em peso da cana moída, vinhaça, torta de filtro, palha, entre outros. Apesar de ser utilizado principalmente como fonte de energia nas regiões de produção em larga escala, ainda é necessário desenvolver alternativas para dar destino adequado ao mesmo em regiões como o
Sul do Brasil. Devido suas características, esse material encontra um vasto campo de utilização, dentre eles, na produção de ração animal, na produção de energia térmica, na indústria química, na fabricação de papel, papelão e aglomerados, como material alternativo na construção civil, na produção de biomassa microbiana e mais recentemente, na produção de álcool via bagaço e palha de cana (RODRIGUES, 2008).
Porém é possível utilizar esses resíduos, que muitas vezes são vistos como um problema, como substitutos para insumos comerciais, desde que esses atendam normas que garantam sua segurança agrícola e ambiental. Sabe-se que uma parte considerável destes coprodutos é composta por materiais orgânicos ricos em nutrientes, por isso tem se pesquisado alternativas de tratamento e reaproveitamento desses produtos, entre elas a utilização como insumo para substratos de algumas culturas como a alface, mudas de amendoim-bravo, flor de-mel, entre outras (LARANGEIRA et al., 2012; SANTOS et al., 2016; SPIER, et al., 2009), porém há poucos relatos na literatura sobre sua utilização como insumo para produção de substratos para espécies forrageiras. Com base nisso a compostagem apresenta-se como uma opção de tratamento, de baixo custo e boa eficiência.
Os compostos orgânicos tem sido amplamente utilizados para adubação agrícola, assim como na formulação de substratos alternativos, utilizados em sistemas de cultivo sem solo. O capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum.) é uma gramínea perene originária da África que apresenta elevada produção de forragem de ótimo valor nutritivo, entre as cultivares da espécie encontram-se a anão BRS Kurumi e o capim-elefante BRS Capiaçu.
Um dos fatores mais importantes para garantir o sucesso de uma lavoura é a escolha de mudas de qualidade, que apresentem vigor da parte aérea, bom sistema radicular e ausência de anormalidades fisiológicas, para isso alguns fatores são de grande importância, como o substrato, o volume do recipiente, e o manejo das mudas. Dentre esses, um dos mais importantes é a composição dos substratos, uma vez que a germinação de sementes, iniciação radicular e enraizamento de estacas estão diretamente ligados às características químicas, físicas e biológicas do substrato (CALDEIRA et al., 2000).
Com base nisso, o projeto terá como objetivo produzir composto orgânico a partir de resíduos agrícolas e
avaliar sua aptidão como insumo para formulação de substratos para produção de mudas de Capim- elefante anão BRS Kurumi, Capim-elefante silageiro BRS Capiaçu e Cana-de-açúcar.
Metodologia
O presente trabalho será realizado na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, localizada na BR 392, km 78, 9° Distrito de Pelotas/RS, em latitude 52°26'25" Oeste, 31°40'41" Sul e altitude de 60 m, e no Laboratório de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia Ambiental, localizado no prédio da Cotada, que abriga o Centro de Engenharias da UFPel.
Serão montadas três leiras de compostagem em ambiente protegido do tipo telado coberto, com diferentes resíduos.
Durante o processo de compostagem serão acompanhados os parâmetros de umidade, temperatura e aeração. Serão realizadas análises químicas e microbiológicas de todos os resíduos utilizados no processo de compostagem, assim como dos compostos orgânicos finais.
Para a avaliação do potencial desses compostos como misturas de substratos, estes serão combinados individualmente com diferentes matérias-primas em diferentes proporções.
As espécies testadas serão: Capim-elefante anão BRS Kurumi, Capim-elefante silageiro BRS Capiaçu e Cana-de-açúcar, as quais serão avaliadas diferentes variáveis respostas. O delineamento experimental será em blocos casualizados com três repetições, será utilizado como tratamento testemunha um substrato comercial de ampla utilização (Turfa fértil®) e os demais tratamentos serão constituídos por três compostos orgânicos misturados de forma homogênea com casca de arroz carbonizada e cinza de casca de arroz em três diferentes proporções.
As mudas das três espécies estudadas serão produzidas a partir de mini-toletes individualizados de colmos.
Serão avaliados: Índice de Velocidade de Brotação (IVB), serão registradas o número de mudas brotadas (até a estabilização da emergência), para determinação do Índice de Velocidade de Emergência (IVE), aqui chamado de Índice de Velocidade de Brotação (IVB).
Aos 50 dias após o plantio, momento em que as mudas estarão aptas ao transplante, serão feitas as seguintes avaliações agronômicas: Número de folhas por planta, número de perfilhos, diâmetro do colo da planta, altura da planta e comprimento de raiz com auxílio de régua graduada em milímetros, a partir dos pontos extremos encontrados na planta, área superficial específica das raízes (ASE) e teor de clorofila.
Serão montadas três leiras de compostagem em ambiente protegido do tipo telado coberto, com diferentes resíduos.
Durante o processo de compostagem serão acompanhados os parâmetros de umidade, temperatura e aeração. Serão realizadas análises químicas e microbiológicas de todos os resíduos utilizados no processo de compostagem, assim como dos compostos orgânicos finais.
Para a avaliação do potencial desses compostos como misturas de substratos, estes serão combinados individualmente com diferentes matérias-primas em diferentes proporções.
As espécies testadas serão: Capim-elefante anão BRS Kurumi, Capim-elefante silageiro BRS Capiaçu e Cana-de-açúcar, as quais serão avaliadas diferentes variáveis respostas. O delineamento experimental será em blocos casualizados com três repetições, será utilizado como tratamento testemunha um substrato comercial de ampla utilização (Turfa fértil®) e os demais tratamentos serão constituídos por três compostos orgânicos misturados de forma homogênea com casca de arroz carbonizada e cinza de casca de arroz em três diferentes proporções.
As mudas das três espécies estudadas serão produzidas a partir de mini-toletes individualizados de colmos.
Serão avaliados: Índice de Velocidade de Brotação (IVB), serão registradas o número de mudas brotadas (até a estabilização da emergência), para determinação do Índice de Velocidade de Emergência (IVE), aqui chamado de Índice de Velocidade de Brotação (IVB).
Aos 50 dias após o plantio, momento em que as mudas estarão aptas ao transplante, serão feitas as seguintes avaliações agronômicas: Número de folhas por planta, número de perfilhos, diâmetro do colo da planta, altura da planta e comprimento de raiz com auxílio de régua graduada em milímetros, a partir dos pontos extremos encontrados na planta, área superficial específica das raízes (ASE) e teor de clorofila.
Indicadores, Metas e Resultados
Espera-se que os compostos orgânicos produzidos apresentem alto potencial agronômico para as espécies avaliadas.
Os resultados obtidos serão divulgados na forma de apresentações em reuniões técnicas, seminários e
congressos. Serão ainda publicados artigos em periódicos.
Os resultados obtidos serão divulgados na forma de apresentações em reuniões técnicas, seminários e
congressos. Serão ainda publicados artigos em periódicos.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ANA LÚCIA CHAVES MACHADO | |||
ANA RITA DE ALMEIDA CANIELA | |||
ARTHUR JOANELLO CEMIN | |||
Ana Paula Rosso Balbinotti | |||
CAROLINA MORAES DE SOUZA | |||
CENILDA MEDEIROS DE MELO | |||
CHARLE COSTA DOS SANTOS | |||
DANIELA VELLAR HEPP | |||
ELISA CRISTINA LEAL BORGES | |||
GABRIELLE PEDROSO SEVEZYNSKI | |||
LUIZE SILVA MASCARENHAS | |||
SÉRGIO DELMAR DOS ANJOS E SILVA | |||
THAÍS WACHOLZ KOHLER | |||
VANESSA SACRAMENTO CERQUEIRA | 2 |
Fontes Financiadoras
Sigla / Nome | Valor | Administrador |
---|---|---|
CAPES / Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior | R$ 5.000,00 | Coordenador |