Nome do Projeto
Implementação de um sistema de exaustão de gases residuais anestésicos no Hospital veterinário da UFPel
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
20/01/2020 - 31/12/2021
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
A anestesia inalatória é a modalidade anestésica mais empregada em medicina veterinária devido a sua segurança e eficácia. Contudo, por utilizar a via aérea para absorção e excreção dos anestésicos de forma inalterada, pode gerar resíduos de gases na sala cirúrgica. Estes gases, juntamente com os demais presentes na atmosfera fechada do centro cirúrgico são riscos ocupacionais aos anestesistas. A forma mais empregada para exaustão destes gases é um sistema de vácuo no hospital acoplado ao aparelho de anestesia, mais precisamente na saída de gases expiratórios. Contudo, esse sistema é empregado em grandes centros, principalmente humanos, devido ao elevado custo de implementação. Uma alternativa de baixo custo é a adaptação da saída de gases anestésicos à tubos abertos ao ambiente exterior e que possam expurgar os gases. O presente estudo vai adaptar um sistema de exaustão de gases de baixo custo para redução do risco ocupacional dos anestesistas veterinários do HCV - UFPel. Serão utilizados os centros cirúrgicos do hospital veterinário. Em cada centro será acoplada na válvula exalatória (Pop-Off) um tubo flexível de tamanho adequado à saída da válvula (3-5 cm de diâmetro). Este tudo será acoplado a um registro de PVC (aproximadamente 10 cm após a válvula) capas de liberar ou ocluir o fluxo de ar, para os casos onde se necessite ocluir a válvula exalatória (o que ocorre durante uma parada respiratória, para insuflação pulmonar). Após o registro, o mesmo tubo será utilizado (aproximadamente 1,5 metros) para conectar o aparelho à uma abertura de mesmo diâmetro na parede, próximo ao rodapé inferior. Esta abertura se comunicará com o meio exterior. A eficácia do sistema será testada com a utilização de fumaça colorida não tóxica, verificando-se a adequada exaustão. Caso a exaustão seja ineficiente prosseguir-se-á com a montagem de um sistema venturi para aumentar a eficiência da exaustão, que consiste na inserção de uma estrutura bi-cônica de metal na extremidade exterior do tubo, o que faz com que o vento que adentra a estrutura acelere pelo principio de venturi e acabe reduzindo a pressão na estrutura e sugando o ar presente no tubo. Também serão realizados questionários com os profissionais que habitam o centro a cerca de cheiros e sintomas característicos de exposição ao anestésicos como irritabilidade, desatenção e dores de cabeça.
Objetivo Geral
Implementar um sistema de exaustão de gases anestésicos do centro cirúrgico do HCV da UFpel
Justificativa
A anestesia inalatória é a modalidade anestésica mais empregada em medicina veterinária devido a sua segurança e eficácia. Contudo, por utilizar a via aérea para absorção e excreção dos anestésicos de forma inalterada, pode gerar resíduos de gases na sala cirúrgica. Estes gases, juntamente com os demais presentes na atmosfera fechada do centro cirúrgico são riscos ocupacionais aos anestesistas.
Estudos mostram que anestesistas expostos ocupacionalmente a anestésicos inalatórios possuem maiores danos no DNA e alteração no sistema de defesa antioxidante. Os anestésicos podem ainda ocasionar alterações hematopoiéticas, hepáticas e renais, alterações neurocomportamentais, além de irritabilidade, fadiga e cefaléia (PAES, 2013).
É recomendado pelo Instituto Nacional de Segurança Ocupacional e Saúde (NIOSH), dos Estados Unidos, o valor de 2 partes por milhão(ppm) como limite deexposição ocupacional aos anestésicos inalatórios halogenados, embora em alguns países este valor possa chegar até 50ppm. Porém, um estudo em salas operatórias em um hospital brasileiro, mostrou que estes valores podem chegar a 20 ppm em salas sem sistema de exaustão (BRAZ et. Al 2017).
No Brasil não se tem valores definidos e normas para exposição a gases anestésicos, todavia, toda tentativa de redução ao risco ocupacional é válida e recomendada.
BRAZ, Leandro Gobbo, José Reinaldo Cerqueira Braz, Guilherme Aparecido Silva Cavalcante, Kátina Meneghetti Souza, Lorena Mendes de Carvalho Lucio, Mariana Gobbo Braz. Comparison of waste anesthetic gases in operating rooms with or without an scavenging system in a Brazilian University Hospital. Brazilian Journal of Anesthesiology (English Edition), Volume 67, Issue 5, September–October 2017, Pages 516-520
PAES, Ellen Regina da Costa. Avaliação de genotoxicidade e estresse oxidativo em profissionais recém-expostos aos resíduos de gases anestésicos. 69 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho,Faculdade de Medicina de Botucatu, 2013.
Estudos mostram que anestesistas expostos ocupacionalmente a anestésicos inalatórios possuem maiores danos no DNA e alteração no sistema de defesa antioxidante. Os anestésicos podem ainda ocasionar alterações hematopoiéticas, hepáticas e renais, alterações neurocomportamentais, além de irritabilidade, fadiga e cefaléia (PAES, 2013).
É recomendado pelo Instituto Nacional de Segurança Ocupacional e Saúde (NIOSH), dos Estados Unidos, o valor de 2 partes por milhão(ppm) como limite deexposição ocupacional aos anestésicos inalatórios halogenados, embora em alguns países este valor possa chegar até 50ppm. Porém, um estudo em salas operatórias em um hospital brasileiro, mostrou que estes valores podem chegar a 20 ppm em salas sem sistema de exaustão (BRAZ et. Al 2017).
No Brasil não se tem valores definidos e normas para exposição a gases anestésicos, todavia, toda tentativa de redução ao risco ocupacional é válida e recomendada.
BRAZ, Leandro Gobbo, José Reinaldo Cerqueira Braz, Guilherme Aparecido Silva Cavalcante, Kátina Meneghetti Souza, Lorena Mendes de Carvalho Lucio, Mariana Gobbo Braz. Comparison of waste anesthetic gases in operating rooms with or without an scavenging system in a Brazilian University Hospital. Brazilian Journal of Anesthesiology (English Edition), Volume 67, Issue 5, September–October 2017, Pages 516-520
PAES, Ellen Regina da Costa. Avaliação de genotoxicidade e estresse oxidativo em profissionais recém-expostos aos resíduos de gases anestésicos. 69 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho,Faculdade de Medicina de Botucatu, 2013.
Metodologia
Cada centro cirúrgico será adaptado para receber o sistema de exaustão de gases.
Cada aparelho de anestesia de cada centro terá a válvula de exaustão (POP-OFF) removida ou ficando permanente aberta, visto que a mesma é por vezes ocluida durante a anestesia para insuflação pulmonar e respiração artificial manual.
Após, será acoplada na saída da válvula um tubo transparente, flexivel, e de diâmetro adequado ao perfeito encaixe na válvula. Para garantir o funcionamento correto do aparelho caso haja necessidade de oclusão do fluxo (fechamento da POP-OFF) será acoplado ao tubo um registro simples de PVC utilizado em sistemas hidráulicos.
Após o registro, será seguido o mesmo tubo transparente flexivel por aproximadamente 1, 5 metros até o rodapé inferior da parede atrás do aparelho de anestesia ou parede mais próxima que faça divisão com o meio externo. Esta parede será previamente perfurada e acoplado um cano de pvc de diâmetro compativel com o tubo flexivel e que permite a comunicação do tubo acoplado ao aparelho de anestesia com o meio externo.
Para se testar a eficácia do sistema exaustor será utilizada fumaça colorida não tóxica administrada no aparelho de anestesia no local onde ficaria o sistema respiratório do paciente.
Caso a exaustão não seja eficiente, e também para avaliar a necessidade de utilização do sistema, também será contruido um sistema venturi para exaustão de gases. O sistema consiste de uma estrutura bi-cônica, por onde o ar (vento) atravessa e devido ao formato cônico acaba por acelerar no interior da estrutura, gerando diferença de pressão e criando a exaustão do tubo que será conectado ao centro da estrutura bi-cônica. Esses sistema venturi é citado na literatura, porém, por acarretar em maior custos e complexidade da implementação, será avaliado a necessidade do mesmo para exaustão simples.
Também será aplicados questionários à equipe cirúrgica com o sistema em funcionamento e sem funcionamento, para avaliar o impacto do mesmo em relação a odores, cefaleia e cansaço.
Cada aparelho de anestesia de cada centro terá a válvula de exaustão (POP-OFF) removida ou ficando permanente aberta, visto que a mesma é por vezes ocluida durante a anestesia para insuflação pulmonar e respiração artificial manual.
Após, será acoplada na saída da válvula um tubo transparente, flexivel, e de diâmetro adequado ao perfeito encaixe na válvula. Para garantir o funcionamento correto do aparelho caso haja necessidade de oclusão do fluxo (fechamento da POP-OFF) será acoplado ao tubo um registro simples de PVC utilizado em sistemas hidráulicos.
Após o registro, será seguido o mesmo tubo transparente flexivel por aproximadamente 1, 5 metros até o rodapé inferior da parede atrás do aparelho de anestesia ou parede mais próxima que faça divisão com o meio externo. Esta parede será previamente perfurada e acoplado um cano de pvc de diâmetro compativel com o tubo flexivel e que permite a comunicação do tubo acoplado ao aparelho de anestesia com o meio externo.
Para se testar a eficácia do sistema exaustor será utilizada fumaça colorida não tóxica administrada no aparelho de anestesia no local onde ficaria o sistema respiratório do paciente.
Caso a exaustão não seja eficiente, e também para avaliar a necessidade de utilização do sistema, também será contruido um sistema venturi para exaustão de gases. O sistema consiste de uma estrutura bi-cônica, por onde o ar (vento) atravessa e devido ao formato cônico acaba por acelerar no interior da estrutura, gerando diferença de pressão e criando a exaustão do tubo que será conectado ao centro da estrutura bi-cônica. Esses sistema venturi é citado na literatura, porém, por acarretar em maior custos e complexidade da implementação, será avaliado a necessidade do mesmo para exaustão simples.
Também será aplicados questionários à equipe cirúrgica com o sistema em funcionamento e sem funcionamento, para avaliar o impacto do mesmo em relação a odores, cefaleia e cansaço.
Indicadores, Metas e Resultados
Espera-se que o custo e a facilidade de implementação do sistema simples (sem o sistema venturi) seja funcional e eficiente. Isso será um incentivador para a implementação nos hospitais e clínicas veterinárias.
Também espera-se menor exposição da equipe reduzindo o cansaço após grandes cirurgias.
Também espera-se menor exposição da equipe reduzindo o cansaço após grandes cirurgias.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ANA CRISTINA KALB | |||
CAROLINE JEDE DE MARCO | |||
EDUARDO SANTIAGO VENTURA DE AGUIAR | 1 | ||
FILIPE COSTA DA SILVA | |||
JOSEANA DE LIMA ANDRADES | |||
LUÃ BORGES IEPSEN | |||
MARTIELO IVAN GEHRCKE | 2 | ||
MÁRIO DE CASTRO MAGALHÃES FILHO | |||
THOMAS NORMANTON GUIM | 1 |