Nome do Projeto
Aprendendo com o usuário. Estratégias de transformação do espaço habitacional.
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
09/03/2020 - 24/12/2021
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Sociais Aplicadas
Eixo Temático (Principal - Afim)
Meio ambiente / Tecnologia e Produção
Linha de Extensão
Desenvolvimento urbano
Resumo
Nos assentamentos precários a autoconstrução têm sido a única solução em larga escala para fornecer moradia para pessoas de baixa renda. Para ter uma casa, sem poder acessar o mercado imobiliário, o morador a constrói, muitas vezes junto com os outros habitantes, mas sem a ajuda de pessoal especializado, dedicando seu tempo livre à sua realização. As casas resultam precárias e criadas com materiais e componentes de baixa qualidade. Muitas vezes o edifício ocupa todo o lote causando um crescimento compacto, em que as casas são próximas umas das outras, sem qualquer espaço de ventilação e iluminação entre elas. As condições climáticas dentro das casas geralmente pioram, também devido a uma distribuição espacial não planejada. A falta de aberturas suficientes não apenas causa falta de ventilação interna, como também agrava a relação das casas com o espaço externo, que muitas vezes é percebido como um lugar hostil e inseguro.
O presente Projeto de Extensão é relativo a área do loteamento Anglo, no bairro da Balsa, localizada na região Leste da cidade de Pelotas/RS, Zona Bioclimática 2, Sul do Brasil. O projeto avalia a qualidade térmico-energética das unidades habitacionais do loteamento, a maioria delas sendo habitações de interesse social promovidas pelo Programa PAC, através da coleta de dados de campo, e propõe soluções para mitigar os problemas detectados. A proposta é usar a estratégia de adição - uma intervenção que prevê o enxerto de volumes em arquiteturas já existentes – como uma ferramenta para transformar as casas: elementos auto construídos podem ser adicionados às habitações que podem melhorar o microclima, o espaço e a percepção estética.
Objetivo Geral
O objetivo desta proposta é melhorar a qualidade de vida da comunidade do loteamento Anglo. Reconhecendo que o processo de autoconstrução do espaço privado é muito difundido no Brasil, o trabalho tem como objetivo dar assistência técnica e conscientizar os moradores do Loteamento PAC/Anglo que o conforto e bem-estar espacial deve ser levado em consideração nesse processo. O trabalho será focado em uma listagem de elementos para anexar às casas, ampliando os espaços, protegendo da radiação, captando a luz e o ar. Eles devem ser fáceis de construir, replicáveis e adaptáveis às diferentes situações e modos de vida. A intenção é definir um método de projeto que forneça modelos funcionais, visíveis, fáceis e baratos de implementar. Uma das finalidades desse trabalho é esclarecer para a comunidade de moradores da validade dessas intervenções, tornando-as visíveis para que outros moradores as tomem como exemplo.
Justificativa
Na área, o programa PAC entregou casas padrões com cerca de 37 m² de área útil, constituídas por dois dormitórios, sala com cozinha, um banheiro e um pátio. Geralmente estes projetos padronizados geram insatisfação no habitante.
A partir disso foi constatado que, na maioria dos casos, os moradores reformaram em autoconstrução a casa original, ocupando o pátio para acrescentar cômodos e aumentar os espaços de serviço. Nessas casas, os usuários percebem condições climáticas inadequadas. Os hábitos dos usuários influenciam o conforto térmico. Os habitantes tendem, dentro de suas possibilidades econômicas, a resolver os problemas climáticos abrindo as janelas para ventilação, usando cortinas para se proteger do frio. Outros hábitos pioram as condições internas da casa: em particular, a tendência de acumular objetos e roupas, ocupando todo o espaço livre, aumentando a percepção de calor durante o verão e limitando a passagem de ar. Os dispositivos propostos, que têm com o objetivo de melhorar as moradias existentes, deverão transmitir exemplos de construção adequada que possam ser facilmente replicados pela comunidade do bairro. A troca de experiências, entre morador e profissionais e discentes em formação, é uma oportunidade pra entender as verdadeiras necessidades do habitante, especialmente em localidades de interesse social, e intervir de maneira participativa.
A partir disso foi constatado que, na maioria dos casos, os moradores reformaram em autoconstrução a casa original, ocupando o pátio para acrescentar cômodos e aumentar os espaços de serviço. Nessas casas, os usuários percebem condições climáticas inadequadas. Os hábitos dos usuários influenciam o conforto térmico. Os habitantes tendem, dentro de suas possibilidades econômicas, a resolver os problemas climáticos abrindo as janelas para ventilação, usando cortinas para se proteger do frio. Outros hábitos pioram as condições internas da casa: em particular, a tendência de acumular objetos e roupas, ocupando todo o espaço livre, aumentando a percepção de calor durante o verão e limitando a passagem de ar. Os dispositivos propostos, que têm com o objetivo de melhorar as moradias existentes, deverão transmitir exemplos de construção adequada que possam ser facilmente replicados pela comunidade do bairro. A troca de experiências, entre morador e profissionais e discentes em formação, é uma oportunidade pra entender as verdadeiras necessidades do habitante, especialmente em localidades de interesse social, e intervir de maneira participativa.
Metodologia
Nas etapas finais do projeto “Aprendendo com o usuário. Estratégias de transformação do espaço habitacional”de 2017 a 2019, já foram feitas as seguintes ações:
● Escolha do bairro objeto de estudo;
● Definição das famílias participantes através de uma ação de extensão realizada no bairro em maio de 2019: oito famílias foram escolhidas;
● Estudo da história do bairro, com intuito de entender as evoluções e transformações que ocorreram na área;
● aplicação de questionários que investiga perfil familiar, iniciativas de reforma já realizadas, usos, percepção dos espaços e sensação térmica;
● Levantamentos físicos e fotográficos das unidades habitacionais, com comparação entre o projeto original da casa, com as modificações realizadas pelos próprios moradores ao longo dos anos, além de uma avaliação funcional dos espaços;
● Digitalização da informação gráfica: criação de planta-baixas, cortes esquemáticos, planta de cobertura e outros produtos gráficos;
● Criação de fichas com os dados coletados nas fases anteriores: estas fichas visam estabelecer uma relação de confiança entre o usuário e o pesquisador: colocando o habitante a par das etapas da investigação, aumentando o interesse e as chances de realizar o trabalho com êxito;
● Modelagem das zonas térmicas com o programa Sketch Up, plug in Euclid;
● Verificação das questões críticas climáticas e espaciais dessas moradias, através da simulação computacional: a variável de saída nas análises de conforto térmico é a temperatura externa e a temperatura operativa de cada umas das zonas térmicas. Como índice térmico para a definição da zona de conforto térmico foi utilizado o Conforto Adaptativo da ASHRAE 55 de 2017. O software utilizado foi o EnergyPlus, versão 8.7;
● Análises dos dados obtidos na simulação;
● Geração de gráficos dos resultados da simulação;
A partir de agora, as etapas do projeto serão:
● projeto arquitetônico (Ação 1);
● apresentação do projeto aos habitantes e discussão (Ação 1);
● possível revisão do projeto (Ação 1);
● projeto dos dispositivos bioclimáticos (Ação 1);
● apresentação do projeto aos habitantes (Ação 1);
● simulação computacional do projeto (Ação 2);
● coleta dados e possível revisão (Ação 2);
● criação de uma listagem dispositivos bioclimáticos (Ação 2);
● oficina de auto-construção pela criação dos dispositivos (Ação 3).
● Escolha do bairro objeto de estudo;
● Definição das famílias participantes através de uma ação de extensão realizada no bairro em maio de 2019: oito famílias foram escolhidas;
● Estudo da história do bairro, com intuito de entender as evoluções e transformações que ocorreram na área;
● aplicação de questionários que investiga perfil familiar, iniciativas de reforma já realizadas, usos, percepção dos espaços e sensação térmica;
● Levantamentos físicos e fotográficos das unidades habitacionais, com comparação entre o projeto original da casa, com as modificações realizadas pelos próprios moradores ao longo dos anos, além de uma avaliação funcional dos espaços;
● Digitalização da informação gráfica: criação de planta-baixas, cortes esquemáticos, planta de cobertura e outros produtos gráficos;
● Criação de fichas com os dados coletados nas fases anteriores: estas fichas visam estabelecer uma relação de confiança entre o usuário e o pesquisador: colocando o habitante a par das etapas da investigação, aumentando o interesse e as chances de realizar o trabalho com êxito;
● Modelagem das zonas térmicas com o programa Sketch Up, plug in Euclid;
● Verificação das questões críticas climáticas e espaciais dessas moradias, através da simulação computacional: a variável de saída nas análises de conforto térmico é a temperatura externa e a temperatura operativa de cada umas das zonas térmicas. Como índice térmico para a definição da zona de conforto térmico foi utilizado o Conforto Adaptativo da ASHRAE 55 de 2017. O software utilizado foi o EnergyPlus, versão 8.7;
● Análises dos dados obtidos na simulação;
● Geração de gráficos dos resultados da simulação;
A partir de agora, as etapas do projeto serão:
● projeto arquitetônico (Ação 1);
● apresentação do projeto aos habitantes e discussão (Ação 1);
● possível revisão do projeto (Ação 1);
● projeto dos dispositivos bioclimáticos (Ação 1);
● apresentação do projeto aos habitantes (Ação 1);
● simulação computacional do projeto (Ação 2);
● coleta dados e possível revisão (Ação 2);
● criação de uma listagem dispositivos bioclimáticos (Ação 2);
● oficina de auto-construção pela criação dos dispositivos (Ação 3).
Indicadores, Metas e Resultados
Promover a troca de experiências entre moradores e futuros profissionais;
Criar uma listagem de dispositivos bioclimáticos para orientar futuras reformas e novos projetos;
Transmitir exemplos de construção adequada que possam ser facilmente replicados pela comunidade do bairro.
Criar uma listagem de dispositivos bioclimáticos para orientar futuras reformas e novos projetos;
Transmitir exemplos de construção adequada que possam ser facilmente replicados pela comunidade do bairro.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
Andressa Viviane Dumke Noviski | |||
CAROLINA DE MESQUITA DUARTE | |||
EDUARDO GRALA DA CUNHA | 3 | ||
FELIPE PEREIRA DA SILVA | |||
GUSTAVO BENEDETTI SANTIAGO | |||
LUANA HELENA LOUREIRO ALVES DOS SANTOS | |||
LUÍSA AMARAL RÉGIO | |||
LUÍSA DE AZEVEDO DOS SANTOS | |||
NAURIENNI DUTRA FREITAS | |||
NIRCE SAFFER MEDVEDOVSKI | 24 | ||
RAFAELA BORTOLINI | 18 | ||
RAUL BALBINOTI RODRIGUES | |||
RODRIGO KARINI LEITZKE | |||
SARA PARLATO | |||
STEFAN POLACK | |||
TALITA MARINI BRANDELLI | |||
THALITA DOS SANTOS MACIEL |