Nome do Projeto
Comparação cardiovascular, respiratória e analgésica da infusão contínua de dexmedetomidina ou xilazina na anestesia com propofol em fêmeas caninas submetidas a ovário-histerectomia
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
01/04/2020 - 20/12/2022
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
A anestesia total intravenosa com propofol está em crescimento devido a seus inúmeros benefícios e diversos fármacos são estudados para somar a esta modalidade para proporcionar maior segurança. Dentre estes fármacos estão os agonistas alpha-2 adrenérgicos que promovem sedação e analgesia dose-dependentes. Porém, a dexmedetomidina é o mais recente fármaco deste grupo o que pode indicar um efeito mais eficaz e com menos efeitos colaterais. Já a xilazina em doses elevadas apresenta insegurança para o sistema cardiovascular, mas com custo reduzido e mais fácil acesso aos veterinários. Assim, acredita-se que com doses menores a xilazina possa ter efeitos semelhantes a dexmedetomidina e com menos efeitos colaterais. Serão castradas cadelas hígidas oriundas de ONGs e anestesiadas com a associação de propofol, cetamina e lidocaina. Os animais serão alocados em 3 grupos sendo grupo controle com o protocolo anterior e outros dois grupos com a associação de xilazina ou dexmedetomidina. Serão avaliados os parâmetros cardiorespiratórios e estabilidade anestésica transoperatória, bem como a analgesia e eficácia do protocolo tanto trans como pós operatório.

Objetivo Geral

Avaliar os efeitos da dexmedetomidina e da xilazina na anestesia intravenosa de cães realizada com propofol, lidocaina e cetamina.

Justificativa

A anestesia total intravenosa vem crescendo nos ultimos anos principalmente por sua elevada segurança se equivalendo à anestesia inalatória. Contudo, a anestesia inalatória gera residuos no ambiente que podem ser tóxicos para a equipe de trabalho e meio ambiente por dispersão aérea.
Com o crescente avanço, diversos fármacos são associados ao propofol para elevar a segurança do procedimento e melhorar a analgesia dos pacientes.
Os agonistas alpha-2 adrenérgicos como dexmedetomidina e xilazina causam sedação e analgesia em cães, contudo, a dexmedetomidina é a mais recente e mais específica para receptores alpha-2, o que poderia indicar maior segurança e eficiência. Contudo, devido ao baixo custo, acredita-se que a xilazina possa se comportar de forma semelhante em baixas doses, sendo alternativa eficaz.

Metodologia

erão realizadas castrações de cães fêmeas com o objetivo de avaliar a anestesia e analgesia proporcionadas pela dexmedetomidina e xilazina administradas por infusão intravenosa contínua sob anestesia geral com propofol. Os cães serão oriundos de organizações não governamentais, antes do procedimento cirúrgico, serão realizados exame físico, hemograma, eletrocardiograma e escalas de dor. No dia da cirurgia, os cães serão medicados com acepromazina como medicação pré-anestésica e já no centro cirúrgico, serão induzidos e mantidos sob anestesia geral com propofol, intubados e sob oferta de oxigênio a 100%. Nesse momento, serão paramentados para monitoração anestésica, os cães serão monitorados pelo plano anestésico e parâmetros vitais de eletrocardiograma, frequência respiratória, pressão parcial de gás carbônico expirado, saturação de oxigênio no sangue periférico, pressão arterial média (invasiva) e sistólica (Doppler). Após paramentação, serão iniciadas as infusões continuas de lidocaína e cetamina no grupo CON, associadas a dexmedetomidina no grupo DEX ou a xilazina no grupo XIL. Então, iniciará o procedimento cirúrgico e serão realizados resgates anestésicos e analgésicos quando forem necessários. No pós-operatório, os cães serão avaliados pelas escalas de dor e eletrocardiograma, a partir de uma hora do termino da cirurgia até seis horas a cada duas horas, 1h, 2h, 4h e 6h, respectivamente. Espera-se avaliar a infusão contínua da xilazina que é pouco relatada frente a dexmedetomidina que já é largamente estudada e propor um protocolo de anestesia livre de opioides.

Indicadores, Metas e Resultados

Comparar a anestesia por infusão continua intravenosa da xilazina frente a dexmedetomidina.
Avaliar a analgesia transoperatória e pós-operatória imediata dos protocolos.
Avaliar o traçado eletrocardiográfico durante a anestesia e no pós-anestésico.
Avaliar as alterações nos sistemas cardiovasculares e respiratórios durante a anestesia.
Avaliar a alteração hemogasométrica e eletrolítica dos protocolos anestésicos.
Comparar as mensurações de pressão invasiva e não invasiva.
Propor um protocolo anestésico com infusão contínua livre de analgésicos opioides.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
ALAN CARLOS DE SANTANA
ANA CRISTINA KALB
CAROLINA OLIVEIRA DA SILVA
DANIELE WEBER FERNANDES
ELIEZER MONTEIRO DA COSTA
GIOVANNI ORLANDI SUZIN
GUSTAVO ANTÔNIO BOFF
KEWELIN SCHIMMELPFENNIG BONATO
LILIANE CRISTINA JERONIMO DOS SANTOS
LUÃ BORGES IEPSEN
MARCIA DE OLIVEIRA NOBRE2
MARTIELO IVAN GEHRCKE2
MIRIANE MENDES PEREIRA

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